terça-feira, 28 de abril de 2009

Salvem o Domingo: Dia do Senhor!

Cardeal Martínez Sistach pede «salvar o domingo»
Elogia uma iniciativa do Parlamento Europeu para proteger esse dia de descanso

Por Patrícia Navas
BARCELONA, segunda-feira, 27 de abril de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, elogiou a iniciativa em curso no Parlamento Europeu para proteger o domingo como um dia de descanso semanal na legislação dos Estados membros e comunitária da União Europeia.
Em sua carta pastoral deste domingo, titulada «Salve o domingo», adverte sobre a incidência negativa que teria sobre a família a perda do domingo como um dia festivo e a ampliação dos horários comerciais.
«O benefício econômico e o progresso técnico, frio e nem sempre um progresso autêntico da pessoa humana e do bem comum, não nos deve fazer perder o riquíssimo valor do domingo, o qual tem uma longa tradição em nossa cultura e cujas múltiplas manifestações foram criando cultura e dando sentido e alegria à vida das pessoas e das famílias», assinala.
O cardeal qualifica a iniciativa que está em curso no Parlamento Europeu como «uma moção muito importante que considero que é preciso apoiar».
Com relação à Espanha, recorda que a constituição «garante a proteção social, econômica e jurídica da família».
O cardeal destaca a importância do matrimônio e da família na sociedade: «a promoção de uma autêntica relação, encontro e comunhão dos membros da família traz uma aprendizagem fundamental e insubstituível da vida social», assinala.
Também recorda que «os membros da família precisam do tempo suficiente para conviver e crescer no amor e na ajuda mútua».
Sobre os efeitos da perda do domingo como dia festivo, assinala que «dificultaria que toda a família pudesse se reunir em alguns momentos do dia, especialmente nos dias festivos».
Também que «teria de diminuir a dedicação de muitas pessoas à sua família, especialmente durante as festas» e que dificultaria a coincidência de horários entre os membros de uma família.
Assinala que «o domingo é, para todos os cidadãos, um importante dia de descanso, de alegria e de solidariedade» e acrescenta que «para os cristãos, o domingo é também o dia do Senhor, o qual está em perfeita harmonia com o dia do homem».
A questão do «desaparecimento do domingo» ocupou há alguns meses a atenção dos bispos da França, que publicaram o documento «O domingo, em risco na vida atual» diante de um projeto de lei francês sobre o trabalho no domingo.
Naquela ocasião, os bispos explicaram as razões sociais e antropológicas da importância do dia de descanso semanal na cultura ocidental e para o bem-estar das famílias.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Padre Pedro Fenech


Estimados irmãos Bispos Auxiliares,
Padres, Diáconos, Religiosas/os e leigos


Com pesar, comunico o falecimento do Rev.mo Padre Pedro Fenech, Cura da Catedral da Sé, Vigário Geral da Região Sé e Diretor espiritual no Seminário, aos 73 anos de idade, ocorrido nesta madrugada, de 14 de abril às 03h45, vítima de câncer.
O corpo do Padre Pedro será velado na cripta da Catedral da Sé a partir de hoje, às 15hs.
A Missa de corpo presente será celebrada amanhã, 15 de abril, às 08h30, na Catedral.


Convido padres, religiosos e o povo a participarem.
Rezemos para que Deus acolha o Pe. Pedro na vida eterna e lhe dê o prêmio dos bons e fiéis discípulos e missionários de Jesus Cristo, servidores do reino de Deus.


Card. D.Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Há uma articulação contra o Papa?

Este artigo, redigido pelo Professor Olavo de Carvalho, expõe algumas de uma série de ações que frequentemente tentam macular a Igreja Católica, valendo-se de posturas do Papa Bento XVI. Não sou “fã inconteste” do Sr Olavo, mas pela ótica deste artigo, precisamos avaliar e, talvez, adotar postura mais firme contra determinadas ações da imprensa “manipulada” por grupos anti-católicos.

Articulação mundial contra o Papa

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 7 de abril de 2009

Tão logo o Papa Bento XVI anunciou a reintegração da Igreja tradicionalista na ordem pós-conciliar – o que de si já é uma ironia, pois a novidade não pode reintegrar em si a tradição, e sim ao contrário –, desencadeou-se contra ele uma das mais maliciosas campanhas de ódio já vistas na mídia mundial.

Três episódios marcaram os seus pontos altos.

Primeiro veio o bispo Williamson – um factóide na mais plena acepção do termo. Até a véspera, ninguém o conhecia. Quando o descobriram entre os milhares de sacerdotes e fiéis beneficiados pela suspensão de uma pena eclesiástica coletiva, saiu do anonimato e tornou-se repentinamente um perigo para a espécie humana, por ter emitido numa igreja de bairro, ante umas poucas dezenas de fiéis se tanto, uma opinião antijudaica. Por toda parte ergueram-se gritos de escândalo, significativamente voltados não contra o bispo, mas contra o Papa. Como se a revogação do castigo não viesse do simples reconhecimento de um erro judicial velho de quatro décadas, e sim do endosso papal às convicções pessoais do bispo – até então ignoradas não só do Vaticano, mas do mundo – sobre matéria alheia ao seu sacerdócio, à fé católica, às razões da penalidade e às da respectiva suspensão. Forçando a inculpação por osmose até o último limite do artificialismo, lançava-se sobre toda a Igreja tradicionalista e, de quebra, sobre o Papa que a acolhera de volta, a vaga mas por isso mesmo envolvente suspeita de anti-semitismo. Não por coincidência, entre os mais inflamados denunciantes encontravam-se aqueles que tanto mais se esforçam para proteger os judeus contra perigos inexistentes quanto mais se devotam a entregá-los, inermes, nas mãos de seus inimigos armados.

Depois, veio o episódio das camisinhas. Não há como medir os gritos de horror, as lágrimas de escândalo, as gesticulações frenéticas de abalo moral com que a grande mídia reagiu à declaração blasfema de que esses sacrossantos dispositivos não protegem eficazmente contra a Aids. Na verdade, não protegem nada. Edward C. Green, diretor do Projeto de Pesquisas sobre Prevenção da Aids no Harvard Center for Population and Development Studies, informa que a revisão mundial dos resultados obtidos nos últimos 25 não mostra o menor sinal de que as camisinhas impeçam a contaminação. O único método que funciona, diz Green, é a redução drástica do número de parceiros sexuais. Uganda, que por esse método e com forte base religiosa reduziu os casos de Aids em 70 por cento, é o único – repito: o único – caso de sucesso espetacular já obtido contra essa doença. Mas que importam esses dados? A camisinha não vale pela eficácia, ó materialistas prosaicos. Ela é um símbolo, a condensação elástica dos mais belos sonhos da utopia pansexualista, onde as criancinhas praticarão sexo grupal nas escolas, sob a orientação de professores carinhosos até demais (sem pedofilia, é claro), e nas praças os casais gays darão lições de sodomia teórica e prática, para encanto geral do público civil, militar e eclesiástico. De que vale a verdade, de que valem as estatísticas, de que valem as vidas dos ugandenses, diante de imagens tão radiosas da civilização pós-cristã que a ONU, o Lucis Trust, a mídia bilionária e todos os pseudo-intelectuais do mundo almejam para a humanidade? É em defesa desses altos valores que se ergueram gritos de revolta contra o Papa, esse estraga-prazeres, esse iconoclasta sacrílego.

Por fim, veio o documentário da BBC, onde o ex-cardeal Ratzinger é acusado de proteger padres pedófilos, determinando que fossem removidos de paróquia em vez de punidos. É claro que a coisa já estava pronta fazia tempo, aguardando a oportunidade política, que veio com os esforços de Bento XVI para restaurar a unidade da Igreja, algo que os apóstolos da nova civilização temem como à peste. A BBC, outrora uma estação respeitável, tornou-se uma central de propaganda esquerdista tão fanática e desavergonhada que o que quer que venha dela deve ser recebido a cusparadas, mas em todo caso vale lembrar que um padre formalmente condenado na justiça por pedofilia não tem como ser removido de paróquia, pois já está removido para a cadeia. Restam os padres meramente acusados, sem provas judiciais válidas. A mídia quer que a Igreja os castigue assim mesmo, a priori, à primeira palavra que se publique contra os desgraçados. O cardeal Ratzinger é acusado, no fim das contas, de não ter feito isso. É preciso toda a técnica cinematográfica da BBC para dar a impressão de que se trata de coisa imoral, até mesmo vagamente criminosa. Mas, nesses casos, a realidade não importa nada. A impressão é tudo.

Destaco esses três episódios só como amostras, no meio de um bombardeio multilateral, incessante e crescente, no qual só a estupidez voluntária pode enxergar uma simples confluência de casualidades, sem nenhuma coordenação ou planejamento.