segunda-feira, 4 de junho de 2007

A missão vem de Aparecida

Editorial do porta-voz vaticano
ROMA, Domingo, 3 de junho de 2007 (ZENIT.org).
«O caminho aberto pelo grandioso discurso de Bento XVI no dia 13 de maio deu seus primeiros frutos», reconhece o porta-voz vaticano, no contexto da recém-concluída Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe (celebrada em Aparecida, Brasil).
«Dizemos “primeiros” porque os verdadeiros frutos deverão chegar de agora em diante na vida da Igreja no continente. Mas o impulso e a direção são motivos de grande confiança», afirma o padre Federico Lombardi S.I., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. Em seu editorial da última edição de «Octava Dies» --semanário produzido pelo «Centro Televisivo Vaticano» (do qual ele é também diretor) e difundido por canais católicos de televiso de todo o mundo--, o sacerdote contempla o grande encontro eclesial, encerrado na quinta-feira passada. «Naturalmente --aponta--, quem espera novidades extraordinárias ficará desiludido».
«Mas o que conta é o sentido vivo da identidade da comunidade eclesial que se compromete em uma nova “missão continental”, cujas prioridades claras são: o anúncio do Reino de Deus e a promoção humana», afirma. Na reflexão dos bispos do continente «estiveram bem presentes» «os grandes desafios do tempo» --comenta o padre Lombardi--, tais como «a dificuldade na transmissão na fé, a globalização» ou a «injustiça estrutural». Nesse contexto, «a partir da fé em Jesus Cristo, que nos revela o amor de Deus Pai, as comunidades eclesiais devem-se renovar em sua pastoral e em seu testemunho de vida cristã», acrescenta. Como explica o porta-voz vaticano, «a “opção preferencial pelos pobres” --que Bento XVI havia declarado “implícita na fé em um Deus que se fez pobre por nós”-- se declara de novo em voz alta, introduzida em um horizonte de compromissos de amplo alcance, que vão desde a promoção da justiça internacional à defesa do matrimônio, da família, da vida e da criação».
Trata-se, portanto, de uma evangelização «encarnada e inculturada, que reabre aos jovens --a esses jovens que vimos com tanta confiança abraçados a Bento XVI no Brasil-- a esperança a que têm direito», insiste. «A Igreja universal sente-se unida à latino-americana em sua renovada condição de “missão permanente”», conclui.

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