PRONUNCIAMENTO DOS DIÁCONOS PERMANENTES NA
V CONFERÊNCIA DO EPISCOPADO LATINO AMERICANO E CARIBENHO
APARECIDA – SP – 25/05/2007
(cinco minutos)
(transcrição integral)
Em nome de nossos irmãos Diáconos, agradeço o convite do Santo Padre para participar nesta V Conferência. Foi uma grande graça, pessoal e para o Diaconato, aceita por todos com alegria, responsabilidade e humildade.
Queremos entregar o melhor de cada um de nós a nossa amada Igreja no serviço e na comunhão com nossos Pastores.
Em nossa ordenação, o Bispo, ao entregar-nos o Evangelho, nos disse: “Recebe o Evangelho de Cristo do qual foste constituído mensageiro”. Naquele momento, recebemos o mandato específico de exercer o ministério profético, que talvez não tenha sido valorizado em toda a sua dimensão, nem sequer por nós mesmos. Trata-se de um verdadeiro tesouro com que o Senhor nos presenteia na nossa tríplice ministerialidade: “a Palavra, a Liturgia e a Caridade”.
Anunciar a Palavra de Deus a todos os homens é um mandato que Cristo, por sua Igreja, nos gravou no coração no dia de nossa ordenação. Queremos colocar este dom a serviço de nossos irmãos e exclamar com São Paulo: “Ai de mim se não proclamar o Evangelho” (1Cor 9,16). Os Diáconos são testemunhas da esperança, para saber dar as razões dela a um mundo desorientado.
Também queremos celebrar nossa fé junto ao Altar, fazendo de nossas vidas um sinal vivo do que celebramos.
Queremos identificar-nos “por Jesus, com Jesus e em Jesus” como servidores humildes, mostrando a bondade de Deus, nosso Pai. A atitude de Jesus, segundo nos relatam os Evangelhos, é de serviço aos mais pobres, excluídos e desvalidos. Nesta V Conferência, tem sido reiteradamente confirmada a continuidade da opção preferencial pelos pobres. O ensinamento de Jesus marca indelevelmente nossa vida e a relação com nossos irmãos, já que “O Filho do Homem não veio para ser servido mas para servir” (Mt 20,28). Esperamos chegar a dizer como São Paulo: “Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Isto nos leva a ser servidores da comunidade e a superar qualquer atitude que gere privilégios, o que nos afastaria do Povo de Deus, do qual somos parte e ao qual servimos. Queremos ser ponte de comunhão eclesial, junto a nossos Bispos e em estreita colaboração com nossos irmãos Presbíteros, como alegres servidores do Reino.
Outro aspecto importante é que a maioria de nós recebeu, primeiramente, o Sacramento do Matrimônio, e posteriormente o Sacramento da Ordem, ambos orientados ao serviço. Deus nos abençoou duplamente. A missão diaconal se estende ao Matrimônio, no serviço à família,a começar pela nossa. Ali, livremente amamos e recebemos o amor da esposa, dos filhos, dos netos e das pessoas que nos rodeiam, às quais servimos. De nossa casa até a Paróquia preparamos toda nossa ação pastoral: é de casa que trazemos o carinho, e o rico ensinamento vem de nossas comunidades.
Recordemos Santo Domingo no nº 76, que diz: “Para uma Nova Evangelização, para o serviço da Palavra e da Doutrina Social da Igreja, responda as necessidades de promoção humana e vai gerando uma cultura de solidariedade, o Diácono Permanente, por sua condição de ministro ordenado e inserido nas complexas situações humanas, tem um amplo campo de serviço em nosso continente”.
À Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, pedimos, neste Santuário de Nossa Senhora Aparecida, que interceda por todos nós ante seu Filho, para que conservemos nossa fé, sejamos fortalecidos em nossa esperança e nossa caridade aumente no dia a dia; e que o Pai envie o seu Espírito a todos os nossos irmãos.
Diácono Victor Alejandro Bonelli (Argentina)
Diácono Luiz Cezar Bahia (Brasil)
Diácono Alberto Ferrando Furntes (Chile)
Diácono Jorge Wise de la Garza (México)


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