SAGRAÇÃO OU ORDENAÇÃO?
Frei Alberto Beckhäuser, OFM
Esta nota vem a propósito da eleição de confrades para o Episcopado e conseqüente celebração do sacramento da Ordem, a Ordenação. Ordenação é a celebração da Igreja que introduz alguém no Grupo (Ordo) daqueles que são revestidos do Espírito Santo para o serviço messiânico de Cristo à humanidade.
Nesta questão a Sagrada Liturgia reformada pelo Vaticano II, exige uma atualização de linguagem.
Em relação às Ordenações:
O novo Ritual das Ordenações, que pertence ao Pontifical, não usa mais o termo “sagração” episcopal ou “consagração” episcopal. Tanto para o episcopado, como para o presbiterado e o diaconado é usado o termo “ordenação”, ligado ao sacramento da Ordem. O Bispo é Ordenante e não Sagrante, Ordenante principal.
Isso tem sua razão de ser. Até o Vaticano II, que se distinguiu como o Concílio do Episcopado ensinando claramente a sacramentalidade do Bispo, a sacramentalidade específica do Bispo ainda era questão discutida em Teologia. Além disso, o uso do termo sagração ou consagração para o Bispo tem a ver com a coroação e “consagração” dos reis e imperadores. Ao serem coroados, eles eram ungidos. Assim também o Bispo era eleito e ungido príncipe da Igreja. O rito da unção na ordenação do Bispo é de origem tardia.
Ao Bispo é conferido o Espírito principal (o Espírito Soberano) que lhe confere a plenitude do sacerdócio. Ficando bem definido o caráter sacramental do Bispo, o novo Ritual de Ordenação, mudou a terminologia, sendo a mesma para os três graus do Sacramento da Ordem. Por isso também o novo Ritual de Ordenações apresenta primeiro a Ordenação de um Bispo. Em seguida, do Presbítero e, por fim, a de Diácono. Esta terminologia reflete-se também na oração de ação de graças, que se segue à imposição das mãos, que não mais se chama “Oração consecratória”, mas Prece de Ordenação.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
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