Os colegas diáconos do Regional Sul 1 foram informados, ano passado, de nossa participação no Fórum das Pastorais Sociais e Organismos da CNBB Sul 1. Temos participado e convivido com as lideranças que participam nesse Fórum e, detectamos o imenso campo de atividades onde a presença do Diácono realizará a dimensão da Caridade, inerente ao seu Ministério.
Hoje abordaremos a questão da Pastoral Carcerária, que no Estado de São Paulo passa por situação difícil, graças a um Estado que não prioriza a vida humana em sua totalidade.
A Pastoral Carcerária do Estado de São Paulo, vinculada à CNBB - Regional Sul 1, tem como mandato primordial o serviço humano-religioso aos presos, e por sua opção preferencial pelos mais necessitados, quer ser uma presença e referência de Jesus Cristo e da Igreja na sociedade, no que concerne à realidade dos presídios e de todas as pessoas envolvidas com as questões carcerárias.
A Pastoral mantém contatos e relações de trabalho e parceria com organismo do poder executivo e do poder legislativo, com ONG’s locais, nacionais e internacionais; com a OEA (Organização dos Estados Americanos); com a Anistia Internacional; com o MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos); com o CDH da ONU (Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas); com ICCPC (Pastoral Carcerária Internacional) e outras entidades afins.
Como objetivos gerais da Pastoral, destacamos:
- Acompanhar os presos em todas as circunstâncias e atender suas necessidades pessoais e familiares;
- Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos;
- Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral dos presos;
- Estar atenta e encaminhar as denúncias de torturas, maus-tratos, corrupção, etc, praticados contra os presos;
- Intermediar relações entre presos e familiares;
Algumas das atividades permanentes da Pastoral poderiam ser perfeitamente assumidas pelos diáconos permanentes, tais como:
- Visitas aos presos, especialmente quando doentes, nas enfermarias ou nas celas de castigo ou de “seguro”;
- Celebrações e encontros de reflexões (eucaristia, círculos bíblicos, novenas, CF’s...);
- Atenção especial as áreas de extrema violência nas prisões;
- Sensibilização das comunidades sobre os problemas dos presos e o valor da Pastoral Carcerária;
- Parceria e relacionamento de trabalho com os poderes públicos e com o Ministério Público.
O Padre Valdir João Silveira, da Pastoral Carcerária acredita que os diáconos permanentes, poderiam contribuir de maneira significativa para recuperar esses irmãos e irmãs, proporcionando-lhes esperança cristã de que é possível vida com dignidade.
A ausência da Igreja Católica, em virtude da escassez de vocações sacerdotais, poderá ser suprida pela vocação do Cristo-Servidor, na figura do diácono permanente.
Algumas orientações jurídicas para que nossa ação seja legal, podem ser obtidas no endereço:
http://www.carceraria.org.br/pub/publicacoes/72858466782b6d30f40fdf7f00fa164a.pdf
Recomendamos ainda, aprofundar o aspecto teológico-pastoral do assunto nos endereços:
http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=show.php&id=15
http://www.carceraria.org.br/
Lembremos o item 11 do Documento de Aparecida: “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela (a Igreja) não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis”.
Se você já participa de alguma forma nessa Pastoral, envie-nos um relato de suas atividades e experiências, pois, com certeza, incentivaremos outros irmãos a essa caminhada.


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