quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Documento de Aparecida e a Formação Diaconal

Uma formação integral e acadêmica que contemplem o acompanhamento dos candidatos ao Ministério do Serviço

O Documento de Aparecida no ítem 282, esclarece sobre o caminho de formação dos discípulos, quando fala dos critérios gerais do processo de formação, ressaltando quais os critérios básicos para o acompanhamento dos discípulos. Cada pessoa deve ser acompanhada e formada de acordo com a peculiar vocação e ministério para o qual foi chamado e, no caso dos diáconos permanentes no "serviço vivificante, humilde e perseverante como ajuda valiosa para os bispos e presbíteros".

Fica aqui focalizado o ponto chave deste ministério, o serviço. E ao mesmo tempo o foco que requer maior atenção dos acompanhantes. É bom lembrar quais são as pessoas encarregadas de acompanhar a formação: “o diretor da formação, o tutor (onde o número o exigir), o diretor espiritual e o pároco (ou o ministro ao qual o candidato é confiado durante o tirocínio diaconal)”. (Cf. Normas, n.20). Todos devem ser de grande experiência e competência e agir unidos com o objetivo de que o formando alcance a sua configuração a Cristo-Servo.

Hoje temos que reconhecer que na nossa Igreja encontramos dificuldades para acompanhar a formação dos discípulos. Até para acompanhar os vocacionados ao presbiterado, que é a vocação que mais atenções recebem, nem sempre encontramos pessoas disponíveis. Sabemos que acompanhar exige muito mais do que simplesmente dar uma aula, ter uma hora semanal de catecismo ou fazer uma palestra. Acompanhar não é simplesmente observar de longe, mas caminhar juntos. Em época de individualismo e de ativismo, quem é que se dispõe a acompanhar os outros? Na questão de acompanhar a formação vale o mesmo apelo que é feito para acompanhar os pobres (Cf.n. 397). É necessário dedicar tempo, prestar atenção, escutar com interesse, compartilhar horas, semanas ou anos de nossa vida.

Os diáconos se deparam com a carência de acompanhantes capacitados e preparados para acompanhar esta vocação específica. Inclusive o que mais falta é justamente o acompanhamento espiritual e pastoral. O acompanhamento da formação intelectual é o que mais atenções recebe, mas o espiritual e pastoral deixa a desejar. É urgente que os nossos bispos invistam na capacitação de acompanhantes dos vocacionados ao diaconado e dos próprios diáconos. Acompanhantes especializados neste ministério. Acompanhantes apaixonados pela formação de discípulos servidores.

Fontes: DA, artigo do diác Durán.

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