terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Forum das Pastorais Sociais e Organismos 1


Caros Irmãos em Cristo-Servidor, que a Paz esteja com vocês!

Fórum das Pastorais Sociais e Organismos

A Comissão Regional de Diáconos Sul 1, tem participado do Fórum das Pastorais Sociais e Organismos. Trata-se de um espaço de reflexão, debate e planejamento, mútuo conhecimento, entrosamento e articulação das coordenações das Pastorais Sociais, organismos, movimentos e entidades do Regional Sul 1 da CNBB.

Este Fórum conta com a presença de um bispo indicado pela presidência do Conselho Episcopal e do secretário-executivo do Regional, o que garante a comunhão e a integração com as diretrizes pastorais do Regional Sul 1.

Quem participa do Fórum?

Além do bispo indicado para o Fórum, que atualmente é Dom Jacyr Francisco Braido (bispo de Santos), o Fórum conta com a participação dos representantes das Pastorais Sociais (Operária, Carcerária, Saúde, Povo de Rua, Fé e Política, Migrantes, Afro, Criança, Menor, Sobriedade, dentre outras...), organismos, entidades e movimentos. As reuniões realizadas nos Fóruns são abertas às coordenações interessadas.

O que o Fórum proporciona aos seus participantes?

Ele não é um organismo nem tem função deliberativa. Proporciona aos seus participantes a oportunidade de planejar as ações propostas pela CNBB Nacional e Regional, promovendo a integração, visando eficácia, coerência e entrosamento nas ações conjuntas.

Visa ainda, ser espaço de estímulo e apoio às ações próprias a cada Pastoral, que poderão repercutir, rapidamente, junto a outras Pastorais, movimentos, entidades e organismos.
Ações comuns ao Regional, como as Semanas Sociais, a Campanha da Fraternidade e a Campanha da Evangelização, mostram a importância de um Fórum de integração das ações para que se obtenham melhores resultados na pastoral.
O apelo de todo o Episcopado por um Brasil que queremos exige que esforços isolados sejam integrados em ações que revelem, claramente, o testemunho e o serviço do regional.

O Diaconato e o Fórum

A atual diretoria da CRD Sul 1, por intermédio do presidente Diácono Pascoal, foi convidada a integrar o Fórum das Pastorais Sociais e Organismos. A vida de serviço do Diácono o insere no contexto do Fórum.
No Documento de Aparecida (DA) item 207, observamos sobre os diáconos: “Sua formação os habilitará a exercer seu ministério com fruto nos campos da evangelização, da vida das comunidades, da liturgia e da ação social, especialmente com os mais necessitados, dando assim testemunho de Cristo servidor ao lado dos enfermos, dos que sofrem, dos migrantes e refugiados, dos excluídos e das vítimas da violência e encarcerados.”
Esta destaque dado pelo DA ao Diácono, evidencia a importância de nossa participação ativa no Fórum, pois ordenados fomos para o Serviço da Palavra e da Caridade.

Como participar?

O Diácono é a expressão do ministério ordenado colocado o mais próximo possível da realidade laical e do protagonismo dos leigos. Com os leigos, que santificam o mundo por suas vidas, os Diáconos, pela presença sacramental e testemunho, ajudam a construir um mundo mais de acordo com o Projeto de Deus (Síntese das Diretrizes para o DP, item 3.4.).
Em sua comunidade paroquial ou diocese, existem pastorais e movimentos que desenvolvem ações sociais. Se possível, converse com seu pároco ou o seu bispo, solicitando sua participação ativa nesses trabalhos.
O Fórum das Pastorais tem se reunido na cidade de São Paulo e no próximo dia 20 de fevereiro de 2008, teremos a primeira reunião do ano, onde serão propostas e debatidas atividades para os eventos sociais do ano. Em breve, comunicaremos aos colegas a Pauta para a próxima reunião, pois estamos participando da Comissão que coordenará os trabalhos do Fórum em 2008.

O site do Regional Sul 1 da CNBB mantém informações que e notícias relativos aos trabalhos desenvolvidos pelo Fórum: http://www.cnbbsul1.org.br/index.php

Brevemente transmitiremos mais detalhes destas atividades.

Que o Cristo-Servidor esteja sempre presente em seu coração,
Fraternalmente
Diácono Franco Abelardo

Padre Julio recebe prêmio! Nossas orações continuam!


O padre Júlio Lancelotti recebeu nesta terça-feira (11), em Brasília, o Prêmio dos Direitos Humanos 2007 oferecido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Ele foi contemplado com o prêmio na categoria “Enfrentamento à Pobreza”.

Segundo a secretaria, o prêmio foi um reconhecimento ao trabalho que o padre realiza com moradores de rua e com crianças e adolescentes pobres que têm o vírus da aids.

O prêmio foi entregue cerca de dois meses após Lancelotti denunciar a extorsão de dinheiro que ele sofreu por uma quadrilha. Entre os inquéritos em andamento após as denúncias, um investiga extorsão e enriquecimento ilícito contra o ex-interno da Febem Anderson Batista e o outro investiga corrupção de menor supostamente cometida pelo padre.

O presidente da comissão municipal de direitos humanos de São Paulo, José Gregori, que também foi premiado, fez uma defesa do padre durante a premiação, afirmando que ele tem sido vítima de incompreensões e injúrias.
Padre Júlio foi uma das dez pessoas físicas eleitas pela secretaria para receber o prêmio que foi entregue no Palácio do Planalto. Participaram da cerimônia o ministro Paulo Vannuchi, titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos, o vice-presidente José Alencar e outros ministros. Além do padre, entre os premiados pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos estão o ex-secretário Nacional dos Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça, José Gregori, e Fábio Konder Comparato, doutor honoris causa da Universidade de Coimbra, doutor em direito pela Universidade de Paris, professor titular aposentado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Lancelotti é Teólogo, pedagogo, doutor honoris causa pela PUC/SP e pároco da Igreja de São Miguel Arcanjo. Há anos o religioso desenvolve trabalho em defesa dos direitos dos moradores de rua e da população carcerária de São Paulo.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Presente na Festa da Imaculada Conceição

Vaticano, na Festa da Imaculada Conceição

Caros Sacerdotes, Diáconos e Catequistas,

A Congregação para o Clero, sempre atenta às necessidades atuais dos Sacerdotes, Diáconos e Catequistas no campo da formação, vem apresentar seus novos recursos de informática, como uma ajuda suplementar ao desempenho de suas tarefas ministeriais e catequéticas.

Além dos temas que, desde a Solenidade de Nossa Mãe Imaculada de 1997, habitualmente estão presentes na rede, no site “clerus.org” (www.clerus.org), resolvemos enriquecer essa biblioteca eletrônica, oferecendo-lhes assim um precioso instrumento para o estudo e a pregação. Será possível também, por e-mail, inscrever-se na base de dados da Congregação, para receber diretamente os documentos produzidos pela Santa Sé em geral e, mais especificamente, os produzidos por nossa Congregação. (http://www.clerus.org/email/email_por.html)

Mas a novidade que tenho o prazer de lhes comunicar é a abertura de um novo site na Internet: “bibliaclerus” (www.bibliaclerus.org), que traz, em formato web, um serviço disponível já há dois anos em CD-Rom, contendo o texto da Bíblia em formato multilíngüe, em hebraico, grego, latim, italiano, espanhol, inglês, francês, alemão e português, enriquecido pela interpretação – versículo a versículo – da Tradição e do Magistério, com antologias teológicas, de espiritualidade e litúrgicas. Nessa Bíblia, encontram-se também as leituras da liturgia diária, com o comentário dos Pontífices.

Os dois sites, www.clerus.org e www.bibliaclerus.org, administrados por nossa Congregação, foram gravados em CDs, já enviados a mais de 140 mil sacerdotes e diáconos dos cinco continentes, na expectativa de que um número ainda maior de pessoas possa tirar proveito do sistema de informática desta Congregação.

Ofereço-lhes de todo o coração este humilde serviço. Com o pedido à Virgem Imaculada de frutos abundantes em seu serviço ministerial e catequético, recebam também o afeto daquele que sempre os lembra e os abençoa no Senhor.

Cláudio Card. Hummes
Prefeito

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Lei 9840 - Voto não tem preço, tem conseqüências!

Recebemos uma carta-convite para participarmos na organização das atividades do Comitê 9840 em São Paulo. Como diáconos que procuram servir à sociedade no que ela necessita, acredito que poderemos desenvolver um trabalho justo no "bom combate" à realidade que é a Corrupção Eleitoral, que ainda perdura em nosso País.

Retransmito a íntegra da Carta:

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) lançou recentemente, a partir de Brasília, para todos os Estados Brasileiros, a campanha Eleições Municipais 2008.

Aqui no Estado de São Paulo, um grupo de entidades e cidadãos reuniu-se na OAB/SP, para acompanhar este lançamento e iniciar o processo de organização do Comitê 9840 – São Paulo com o principal objetivo de garantir a aplicação da Lei 9840, no combate à corrupção eleitoral.

De forma a expandir a rede de Comitês 9840, para que possamos efetivamente exercer a necessária fiscalização do processo eleitoral e difundir o lema conscientizador “Voto não tem preço, tem conseqüências”, estamos convidando entidades e pessoas interessadas para a reunião de organização do Comitê 9840 no Estado de São Paulo.

CONVITE

MOVIMENTO DE COMBATE À CORRUPÇÃO ELEITORAL
COMITE 9840 – SÃO PAULO


Reunião para organização de atividades do Comitê 9840 em São Paulo
Dia 11/12 das 18h00 às 20h00

Local: Sede das Comissões da OAB/SP
Rua Anchieta, 35 – Centro – 9º andar
São Paulo - SP

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Sagração ou Ordenação?

SAGRAÇÃO OU ORDENAÇÃO?
Frei Alberto Beckhäuser, OFM

Esta nota vem a propósito da eleição de confrades para o Episcopado e conseqüente celebração do sacramento da Ordem, a Ordenação. Ordenação é a celebração da Igreja que introduz alguém no Grupo (Ordo) daqueles que são revestidos do Espírito Santo para o serviço messiânico de Cristo à humanidade.

Nesta questão a Sagrada Liturgia reformada pelo Vaticano II, exige uma atualização de linguagem.

Em relação às Ordenações:
O novo Ritual das Ordenações, que pertence ao Pontifical, não usa mais o termo “sagração” episcopal ou “consagração” episcopal. Tanto para o episcopado, como para o presbiterado e o diaconado é usado o termo “ordenação”, ligado ao sacramento da Ordem. O Bispo é Ordenante e não Sagrante, Ordenante principal.

Isso tem sua razão de ser. Até o Vaticano II, que se distinguiu como o Concílio do Episcopado ensinando claramente a sacramentalidade do Bispo, a sacramentalidade específica do Bispo ainda era questão discutida em Teologia. Além disso, o uso do termo sagração ou consagração para o Bispo tem a ver com a coroação e “consagração” dos reis e imperadores. Ao serem coroados, eles eram ungidos. Assim também o Bispo era eleito e ungido príncipe da Igreja. O rito da unção na ordenação do Bispo é de origem tardia.

Ao Bispo é conferido o Espírito principal (o Espírito Soberano) que lhe confere a plenitude do sacerdócio. Ficando bem definido o caráter sacramental do Bispo, o novo Ritual de Ordenação, mudou a terminologia, sendo a mesma para os três graus do Sacramento da Ordem. Por isso também o novo Ritual de Ordenações apresenta primeiro a Ordenação de um Bispo. Em seguida, do Presbítero e, por fim, a de Diácono. Esta terminologia reflete-se também na oração de ação de graças, que se segue à imposição das mãos, que não mais se chama “Oração consecratória”, mas Prece de Ordenação.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Está na Hora de Parar de "Enfeitar" a Missa

APARECIDA, domingo, 2 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).
Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».
«A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso», enfatiza.
Poeta e prosadora, uma das mais renomadas escritoras brasileiras da atualidade, Adélia Prado, 71 anos, falou sobre o tema da linguagem poética e linguagem religiosa essa quinta-feira, em Aparecida (São Paulo), no contexto do evento «Vozes da Igreja», um festival musical e cultural.
Ao propor a discussão do resgate da beleza nas celebrações litúrgicas, Adélia Prado reconheceu que essa é uma preocupação que a tem ocupado «há muitos anos». «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão», disse.
«Olha, gente – comentou com um tom de humor e lamento –, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar
Como um primeiro ponto a ser debatido, Adélia colocou a questão do canto usado na liturgia. Especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».
«O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.
Adélia Prado reforçou as observações, enfatizando que «o canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».
Segundo a poeta, «a palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».
«Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui», comentou.
«Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério», disse.
Adélia Prado fez então críticas a interpretações equivocadas que se fizeram do Concílio Vaticano II na questão da reforma litúrgica.
«Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza
«A liturgia celebra o quê?» – questionou –. «O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»
Segundo Adélia, o erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.
«Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco», – disse –. «Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».
«O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério», enfatizou.
«Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»
Segundo a escritora brasileira, barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».
«E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»
«Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando», afirmou.
Para Adélia Prado, «linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».
Com esse espírito, enfatizou, «nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».
Ao destacar que a missa é como um poema e que não suporta enfeites, Adélia Prado afirmou que a celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.
«Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»
«A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada», disse Adélia.
E encerrou declamando um poema seu, cujo um fragmento diz:
Ninguém vê o cordeiro degolado na mesa,
o sangue sobre as toalhas,
seu lancinante grito,
ninguém”.


Muitas vezes em nossas comunidades celebra-se de tudo, menos o verdadeiro sentido sacrificial da Santa Missa. Acordemos!