Neste Domingo, dia 31 de agosto de 2008, encontramos as seguintes textos para a reflexão:
1ª leitura: Jr 20,7-9 = A Palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha
Salmo Responsorial: Sl 62 = A minh’alma tem sede de vós como a terra sedenta
2ª leitura: Rm 12,1-2 = Oferecei-vos em sacrifício vivo
Recordamos hoje a vocação daquele que entende a mensagem de Cristo e, além de vivencia-la, procura levar essa boa notícia aos irmãos da comunidade. O Catequista tem a sublime missão de levar às pessoas a verdadeira razão de nossa existência: viver uma vida plena e digna, amando e respeitando o próximo. Neste domingo, os textos nos levam a refletir que não podemos nos conformar com a mentalidade do mundo, mas, sim assumir a mentalidade do Evangelho.
O apóstolo Paulo nos fornece o perfil do pregador e catequista. Aquele que inserido no mundo age de forma incansável no testemunho e no ensinamento das atitudes vivenciadas pelo Cristo.
Pedro aparece como personagem no Evangelho de Mateus. Enquanto na celebração do último domingo ele era proclamado solenemente “pedra” sobre a qual Jesus iria construir sua Igreja; agora é rejeitado como “pedra de tropeço”. Pedro apresenta-se com uma mentalidade tão mundana a ponto de interferir no projeto de vida de Jesus, de realizar a vontade do Pai. Encontramos um confronto claro entre dois projetos: o de Pedro, que pensava como o mundo, e o de Jesus, que pensava como o Pai. Jesus expulsa Pedro de sua frente por querer sobrepor a mentalidade do mundo à vontade de Deus, impossibilitando-o de assumir a Cruz, símbolo da fidelidade ao projeto divino. Para Pedro e para seus discípulos, Jesus deixa claro que o projeto do Reino é diferente da mentalidade do mundo e que o confronto entre as duas mentalidades é inevitável.
Hoje olhamos para os catequistas de nossa comunidade. Colocamos a imagem de Paulo diante de nós, porque ele é um exemplo de catequista. A prática da catequese acontece dentro desse contexto de confronto e de provocações com a mentalidade do Evangelho. Nós temos famílias que mandam suas crianças e adolescentes para a catequese, mas em casa desdizem e até desdenham tudo o que as crianças e adolescentes aprendem na catequese. Graças a Deus, temos também tantas famílias que favorecem e solidificam a catequese; família e Igreja trabalhando juntas para criar a mentalidade do Evangelho nas crianças e adolescentes.
Não é fácil ser catequista, nem dentro de casa (porque os pais são os primeiros catequistas) e nem na comunidade. Observamos, com tristeza, que existe uma espécie de falta de compromisso com o projeto do Evangelho em muitas famílias. Na missa de abertura da catequese, por exemplo, pais e filhos estão na igreja, mas são poucos os que educam seu filhos na fé pelo exemplo, tanto em vir celebrar com seus eles a fé, como em viver de acordo com a mentalidade do Evangelho. Apesar de todas as adversidades, nossos catequistas continuam anunciando e ajudando nossas crianças e jovens a caminhar nos caminhos da Boa Nova de Cristo.


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