
O cardeal Eugenio de Araujo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro (Brasil), criado cardeal em 1969, sob o papado de Paulo VI, falou à Agência Zenit sobre o próximo Consistório para a Criação de novos cardeais, a se realizar no próximo domingo, 24 de novembro, no Vaticano.
–Como será o próximo Consistório para a criação de novos cardeais?
Cardeal Eugenio de Araujo Sales: O próximo Consistório Ordinário Público para a criação de 23 novos cardeais inclui a realização de um dia de reflexão e oração na Sala nova do Sínodo dos Bispos. O cardeal Walter Kasper exporá o tema: “Informação, reflexão e avaliação do momento atual do diálogo ecumênico”. A seguir e à tarde, intervenção livre por parte dos cardeais sobre o tema e sobre a vida da Igreja em geral.
–Que significado tem ser cardeal?–
Cardeal Eugenio de Araujo Sales: O Cardeal, antes de ser o representante do pluralismo na Igreja, tem o sagrado dever de servir com todo empenho o Santo Padre contribuindo, assim, para que o “múnus” petrino possa ser mais eficaz. O Colégio Cardinalício, com cada um dos seus membros, deverá favorecer o “múnus” unificador do Papa. A ordem deixada por Cristo é bem clara: sejais um para que mais eficazmente o povo de Deus possa crescer.
O Cardeal, principalmente quando bispo residencial, tem uma grande influência no seu país ou em sua região. Essa riqueza de conhecimento diversificado contribui para o bem da Igreja. Os cardeais são um grupo privilegiado pela importância das funções que muitos deles ocupam ou ocuparam e simplesmente por sua proximidade ao Papa e por seu peculiar serviço na oportunidade de uma eleição.
Não assumir uma total disciplina e amor à unidade é dificultar ao Papa o exercício de seu “munus” petrino; é diminuir o testemunho da Igreja diante do mundo.
Essas reuniões do Colégio Cardinalício muito ajudam a evitar tudo que possa prejudicar a unidade da Igreja e a função do Papa. O Cardeal, com seu juramento de fidelidade, supera as forças centrífugas e tendências ocasionalmente contraditórias e que se tornam espetáculo diante de um mundo sem princípios.
Essas reuniões ajudam a enfrentar os desafios do mundo hodierno, conforme o mandato de Cristo: “Que sejam um para que o mundo creia” (Jo 17, 21).
Essas reuniões ajudam a enfrentar os desafios do mundo hodierno, conforme o mandato de Cristo: “Que sejam um para que o mundo creia” (Jo 17, 21).
Fonte: Zenit.org


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