sábado, 11 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS VI: Dom Cláudio Hummes

Cardeal pede formação atenta a «boa teologia e método exegético seguro». Os grifos no artigo são meus.

O prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, manifestou essa quinta-feira na assembléia do Sínodo a sua preocupação com a qualidade da teologia que se ensina aos presbíteros.


O cardeal contou que há alguns anos, um colega, doutor em teologia e professor, apresentou-se a ele perturbado com uma série de conteúdos que havia encontrado em alguns livros teológicos e exegéticos, sobre a ressurreição de Cristo. Esses conteúdos «questionavam alguns aspectos desse dogma fundamental de nossa fé e o esvaziavam, em grande parte, de verdadeiro conteúdo de maneira inquietante».


Este episódio «nos faz pensar na urgente necessidade que há de dar a nossos presbíteros e diáconos uma boa teologia e um método exegético seguro», afirmou.


Quanto a esse método exegético seguro, o cardeal Hummes considera que Bento XVI indica o caminho, na introdução do livro «Jesus de Nazaré».


«Quanto aos presbíteros e diáconos, que a Palavra de Deus seja para eles alimento de um discipulado pessoal.» Posto que a Palavra de Deus «é antes de tudo a própria pessoa de Jesus Cristo, a escuta da Palavra nas Sagradas Escrituras deve conduzir a um encontro forte e pessoal com Ele».


Neste encontro, «quem escuta deve entregar-se totalmente a Cristo, deixar-se transformar por Ele e unir-se a Ele, incondicionalmente, na fé, para trilhar assim um fiel seguimento de Jesus, ali onde Ele conduzir».


De acordo com o cardeal Hummes, para cumprir este itinerário, a «lectio divina» se apresenta como um «método recomendável, já que Deus é amor e a Bíblia, a história de como Deus amou o seu povo».


«O encontro com Cristo dará a força necessária ao anunciador em seu testemunho da Palavra», enfatizou. Portanto, o Kerygma, ou seja, «o conteúdo do primeiro anúncio da pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado para nossa salvação, e de seu Reino, deverá ser redescoberto».


Além disso, afirmou Dom Cláudio, com esse novo impulso missionário se fará necessário ir em busca dos afastados, «aqueles que nós batizamos, mas que não participam da vida de nossas comunidades».

Fonte: site Zenit

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