quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Divorciados: a Igreja não vos esqueceu!

MILÃO, terça-feira, 22 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).

Não poder comungar não significa ficar excluído da Igreja, explica o arcebispo de Milão, o cardeal Dionigi Tettamanzi.
Ele o esclarece na carta pastoral "O Senhor está perto de quem tem o coração ferido", dirigida a pessoas que se divorciaram e que vivem uma nova união.
"A impossibilidade de aproximar-se da comunhão eucarística para os casados que vivem estavelmente uma segunda união, não implica um juízo sobre a relação que une os divorciados que voltaram a se casar".
"O fato de que com freqüência estas relações sejam vividas com senso de responsabilidade e com amor no casal e para com os filhos é uma realidade que a Igreja e seus pastores levam em consideração", reconhece.
"É um erro considerar que a norma que regulamenta o acesso à comunhão eucarística signifique que os cônjuges divorciados que voltam a se casar estejam excluídos de uma vida de fé e de caridade, vividas dentro da comunhão eclesial."
Certamente, "a vida cristã tem seu cume na plena participação da Eucaristia, mas não se reduz só a seu cume".
Por este motivo, o purpurado italiano pede aos divorciados que voltam a se casar que "participem com fé da missa", ainda que não possam comungar, pois "a riqueza da vida da comunidade eclesial continua à disposição de quem não pode aproximar-se da santa comunhão".
E assegura que a Igreja espera destas pessoas "uma presença ativa e uma disponibilidade para servir quem tem necessidade de sua ajuda", começando pela tarefa educativa que como pais têm de desempenhar com as famílias de origem.
O cardeal afirma que escreve a carta para "estabelecer um diálogo, para tentar escutar algo de vossa vida cotidiana, para deixar-me interpelar por algumas de vossas perguntas".
"A Igreja não vos esqueceu e não vos rejeita nem vos considera indignos. Para a Igreja e para mim, como bispo, sois irmãos e irmãs amados".
Quando se rompe um matrimônio, segundo o cardeal, não sofrem só os interessados, mas a Igreja também sofre: "Por que o Senhor permite que se rompa o vínculo que constitui o grande sinal de seu amor total, fiel e inquebrantável?".
"Quando se rompe este laço, a Igreja, em certo sentido, se empobrece, fica privada de um sinal luminoso que devia ser motivo de alegria e consolo", conclui.

Acredito que estas informações do Cardeal Tettamanzi, ajudarão em nossas reflexões com casais em segunda união estável. É preciso acolher e conscientizar a todos, sem discriminação.

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