quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Chega de Papai Noel consumista!

Uma pequena cidade no sul da Alemanha decidiu banir o Papai Noel da paisagem natalina. A câmara municipal de Fluorn-Winzeln, lugarejo com pouco mais de 3 mil habitantes localizado às margens da Floresta Negra, declarou a região uma "zona livre de Papai Noel".

    De acordo com o prefeito local, Bernhard Tjaden, o objetivo é preservar as tradições do Natal, segundo ele freqüentemente esquecidas nessa época do ano em favor do consumismo.
    A idéia é incentivar os cidadãos a substituir o "bom velhinho" pela figura histórica de São Nicolau.
    "O Papai Noel é um personagem artificial" argumenta Tjaden. "Ele não lembra em nada São Nicolau, que ajudava pessoas carentes e era um amigo das crianças", explica.

    Campanha
    As escolas e os comerciantes da região aderiram ao apelo, retirando as decorações com Papai Noel das vitrines e colando adesivos com um sinal de "proibido" em seus estabelecimentos.
    Cartazes com o rosto do personagem atravessado por uma faixa vermelha adornam não só o interior de lojas e repartições públicas, mas os avisos, que se parecem com uma placa de trânsito, foram pendurados também na fachada do prédio da prefeitura e até junto à sinalização que marca as entradas do município.
    Nas salas de aulas, professores ensinam às crianças o significado do Natal e contam histórias de São Nicolau, bispo de Mira no século IV, que serviu de inspiração para o ícone natalino.
    Os alunos são orientados a diferenciar o "original" da "cópia" e desenhos no quadro negro mostram as diferenças entre os trajes de ambos, destacando a mitra episcopal no lugar do gorro vermelho e o cajado substituindo o saco de presentes.
    A campanha "Zona livre de Papai Noel" foi criada por uma entidade assistencial ligada Confederação dos Bispos da Alemanha para resgatar São Nicolau como símbolo original das festas natalinas e combater o "consumismo" nas festas de fim de ano.
    A renda obtida na venda de cartazes, adesivos e outros produtos será destinada à entidades que prestam ajuda a crianças com doenças terminais. Esta é a primeira vez que a idéia é apoiada oficialmente pela administração de um município.

    Fonte: BBC Brasil.com

    sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

    O ateísmo de José Saramago

    Artigo de Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, arcebispo de Sorocaba, extraído do site da Revista Família Cristã.

    Foi triste ler as declarações do escritor português, José Saramago, sobre a condição humana e sobre Deus. Ele afirmou que a humanidade não merece o dom da vida. Os animais, guiados pelo instinto, são melhores que o ser humano dotado de razão. Suas afirmações, como ele mesmo confessa, exprimem uma raiva incontida. Deus não passa de uma criação da mente humana para enganar-se sobre sua triste condição.

    A resposta de Saramago a questões tão pungentes foi desde moço a adesão ao comunismo. Embora o comunismo tenha-se revelado incapaz de solucionar o drama humano, Saramago continua carregando consigo essa fé, uma fé com as marcas de seu pessimismo.

    O Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo de hoje, Gaudium et Spes, ao analisar as várias formas de ateísmo – um fenômeno complexo – afirma: “o ateísmo se origina não raramente ou de um protesto violento contra o mal no mundo, ou do caráter do próprio absoluto que se atribui indevidamente a alguns bens humanos de tal modo que sejam considerados como Deus”(n. 19). Saramago tem raiva do mundo com suas mazelas e injustiças, por isso não pode crer em Deus. Essa raiva, ele a projeta, especialmente na Igreja.

    É verdade que o ateísmo é possível. Deus não é uma evidência. É sempre um Deus escondido. É de Pascal a afirmação: “Deus suficientemente revelado nas Escrituras para aqueles que o buscam de todo o coração e Deus suficientemente oculto nas Escrituras para aqueles que não o buscam de todo o coração”. Lembro-me da pergunta dirigida a Deus pelo Papa Bento XVI quando de sua visita ao campo de concentração nazista em Auschwitz: “onde estavas, Senhor?” Os místicos como, por ex., Madre Tereza de Calcutá, experimentaram esta ausência de Deus.

    O Deus amado se esconde, uma dolorosa noite envolve o espírito do místico. Mas a certeza da fé e a profundidade do amor não morrem. Tereza de Calcutá, vivendo por longos anos a experiência dessa noite escura, aceita-a e quer vivê-la em comunhão com os ateus de nosso tempo que sofrem, sem esperança e sem fé, essa ausência de Deus. Tereza chega a afirmar que houve momentos em que ela esteve à beira do abismo. A fé sustenta os místicos e estes se tornam sempre mais solidários da humanidade que sofre. Vivendo a dor da ausência de Deus, Tereza afirmou algo mais ou menos assim: “estou disposta a esperar por uma eternidade” a manifestação daquele que tanto amo. Enquanto Ele não vem, Tereza se dedica aos mais infelizes dos seres humanos. Recolhe moribundos nas ruas e diz aos que a questionam sobre a ineficácia desse procedimento que não ataca as causas da miséria: “eles morrerão sabendo que foram amados”.

    O tempo do Advento é tempo oportuno para buscar Deus. Ele veio. Ele vem. Ele virá. Ofereço ao leitor trechos da reflexão de Santo Anselmo sobre a procura de Deus. Assim: “Vamos, coragem, pobre homem, foge um pouco de tuas ocupações. Esconde-te um instante do tumulto de teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te absorvem e livra-te das preocupações que te afligem. Dá um pouco de tempo a Deus e repousa n’Ele. Entra no íntimo de tua alma, afasta tudo de ti, exceto Deus ou o que possa ajudar-te a procurá-lo. Agora fala, meu coração, abre-te e diz a Deus: busco a vossa face; é vossa face que eu procuro”.

    Consciente de que o ser humano não pode por si mesmo encontrar Deus, mesmo sabendo de sua existência, Santo Anselmo continua: “E vós, Senhor até quando? Até quando, Senhor, nos esquecereis, até quando nos ocultareis vossa face? Quando nos olhareis e nos ouvireis? Quando iluminareis nosso olhos e nos mostrareis vossa face? Quando voltareis a nós? Olhai-nos, Senhor, ouvi-nos, mostrai-vos a nós. Dai-nos novamente a vossa presença para sermos felizes, pois sem vós somos tão infelizes! Tende piedade dos rudes esforços que fazemos para alcançar-vos, nós que nada podemos sem vós. Ensinai-me a vos procurar e mostrai-vos quando vos procuro; pois não posso procurar-vos se não me ensinais e nem encontrar-vos se não vos mostrais.

    Que desejando, eu vos procure; procurando, vos deseje; amando-vos, vos encontre e encontrando, vos ame”. Se procurares a Deus de todo o coração, uma estrela aparecerá no firmamento de tua alma, e te conduzirá a uma criança onde Deus está suficientemente revelado para aqueles que o procuram de todo o coração. Advento é tempo de buscar.

    quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

    Catequese sobre o Batismo, Eucaristia e Matrimônio - Bento XVI

    10/12/2008

    A fé vem da escuta, e é um dom de Deus.

    O Espírito de Deus bate à porta do coração de cada um de nós. Foi o que explicou Bento XVI na catequese da audiência geral, dedicada à doutrina do batismo, da Eucaristia e do matrimônio segundo São Paulo.

    A fé vem da escuta, nós podemos recebê-la como dom de Deus. O Batismo nos torna novas criaturas, a Eucaristia nos faz entrar em relação profunda com Cristo, o Matrimônio é um dom e uma união concedida por graça indissolúvel.

    “Tornar-se cristão é muito mais do que uma operação cosmética que acrescentaria algo de bonito a uma existência já mais ou menos completa. É um novo início e renascimento, morte e ressurreição. Obviamente na ressurreição, ressurge o que existia de bom na existência precedente. O cristianismo não é algo de puramente espiritual; implica o corpo, implica o cosmo, se estende em direção de uma nova terra e de novos céus. E retornamos à última palavra do texto de São Paulo: assim podemos caminhar em uma nova vida, é um elemento de exame de consciência para todos nós. Caminhar em uma nova vida”.

    Fonte: site H2O News

    terça-feira, 9 de dezembro de 2008

    Lei Natural é valor irrenunciável - Bento XVI

    No dia 5 de dezembro, o Papa Bento XVI no discurso para a Comissão Teológica Internacional, na cidade do Vaticano afirmou: "É necessário criar na cultura e na sociedade civil e política as condições indispensáveis para uma plena consciência do valor irrenunciável da lei moral natural".

    O fim do mandato qüinqüenal da Comissão permitiu ao Papa avaliar os temas tratados neste período. Em especial, sobre o papel da teologia, o pontífice notou que deve, sim, responder à necessidade humana de transcendência e de orientação. Porém, a teologia deve colocar a questão concernente à verdade da fé, e não simplesmente interrogar-se acerca da sua eficácia prática e social. A virtude fundamental do teólogo é buscar a obediência à fé, que o torna colaborador da verdade.

    Temos sempre defendido a proposta de que a Teologia deve sempre caminhar junto com a fé. Há que se cuidar para que nossas reflexões tenham a clareza subsidiada pela Teologia, porém, aliada ao mistério da vinda salvífica de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Fonte: H2O News

    segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

    Papa manda telegrama ao Arcebispo de Florianópolis

    Bento XVI enviou um telegrama no dia 29 de novembro, ao arcebispo de Florianópolis, Dom Murilo Krieger, expressando seu pesar pela tragédia ambiental no Estado de Santa Catarina, onde as fortes chuvas e enchentes afetaram 1,5 milhão de pessoas e deixaram cerca de 100 mortos.

    No telegrama, enviado pelo cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, o Papa afirma que, “com profundo pesar, tomou conhecimento das trágicas e lutuosas conseqüências das chuvas torrenciais destes últimos dias, que atingiram o Estado de Santa Catarina”.

    O pontífice confirma “sua participação espiritual, nesta hora de dor, às famílias das vítimas e aos milhares de desalojados e desabrigados desta enorme tragédia ambiental”.

    Nesta ocasião, ao elevar suas orações de sufrágio pelos falecidos, o pontífice implora de Deus misericordioso a assistência e a consolação para todos os sinistrados e os que sofrem física e moralmente.

    Por fim, o Papa envia a todos a sua “propiciadora Bênção Apostólica, extensiva ao povo catarinense e aos que se mobilizaram com campanhas de solidariedade”.

    Por sua vez, o arcebispo de Florianópolis, Dom Murilo Krieger, agradeceu ao Papa por seu gesto de solidariedade: “Para todos nós é confortador saber que o Bento XVI está unido espiritualmente aos que perderam seus entes queridos e aos que sofrem”. (MT)

    Fonte: Site Rádio Vaticano

    Arcebispo Dom Odilo enviado em missão Internacional

    Cardeal Scherer, delegado Papal no aniversário da paz Chile-Argentina, nos 30 anos do início da mediação promovida por João Paulo II

    No domingo dia 30 de novembro, Bento XVI nomeou o cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, seu enviado extraordinário em missão especial para o ato comemorativo do trigésimo aniversário do início da mediação pontifícia entre a Argentina e o Chile que evitou uma guerra pelo conflito no Canal Beagle. A celebração acontecerá no Monte Aymond, na sexta-feira, 5 de dezembro.

    A missão pontifícia, que estará presidida pelo cardeal Scherer, estará integrada pelo arcebispo Adriano Bernardini, núncio apostólico na Argentina; Dom Giuseppe Pinto, núncio apostólico na Argentina; Dom Giuseppe Pinto, núncio apostólico no Chile; Dom Juan Carlos Romanín SDB, bispo de Rio Gallegos e representante do episcopado chileno.

    O cardeal Scherer chegará a Buenos Aires às 23 horas da próxima quarta-feira, 3 de dezembro, e regressará ao Brasil no sábado, 6.
    O programa prevê que a delegação partirá na quinta-feira, às 15h, do Aeroporto da cidade de Buenos Aires para Punta Arenas (Chile) onde às 21h se encontrará com as senhoras presidentas de ambos países e às 22h haverá um jantar oficial.

    Na sexta-feira, às 7h30, o legado pontifício presidirá uma celebração eucarística na catedral de Punta Arenas. Logo as presidentas da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e do Chile, Michelle Bachelet, descerrarão uma placa de homenagem ao falecido Papa João Paulo II.

    Posteriormente, no avião presidencial, partirão para Rio Gallegos, desde onde se dirigirão, pela rota nacional 3, ao Monte Aymond, de 279 metros de altura, situado na fronteira que divide a ambos países, a 63 quilômetros de Rio Gallegos.

    Ali, o delegado de Bento XVI abençoará a pedra fundamental de um monumento comemorativo que se iniciará no lugar e também dará a conhecer uma mensagem do Santo Padre.

    Conhece-se como Conflito de Beagle o desacordo sobre a soberania das ilhas localizadas ao sul do Canal Beagle e seus espaços marítimos adjacentes, protagonizado pela República Argentina e a República do Chile. O conflito poderia ter acabado em guerra se não tivesse sido pela intervenção de João Paulo II, que, assistido pelo cardeal Antonio Samoré, mediou para conseguir um acordo entre os dois países.

    Fonte: Vaticano / Zenit