quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bíblia e Caridade

29/10/2008

Há 40 anos um grupo de leigos se reúne diariamente para meditar a palavra de Deus e buscar vivê-la especialmente com os mais necessitados. Formam a Comunidade de Santo Egídio que atualmente se encontra presente em mais de 70 países do mundo e seu fundador, Andrea Riccardi, participou no Sínodo dos Bispos e comenta a importância de comunicar a Palavra de Deus.

Oração, comunicação do Evangelho, amizade com os pobres e serviço à paz são alguns dos pilares dessa associação de leigos da Igreja Católica que escuta atentamente a Palavra de Deus.


“A Igreja fala, nasce e comunica a Palavra de Deus, desejo que este Sínodo seja o início de uma nova estação na qual todos nos tornemos discípulos da palavra de Deus e a comuniquemos de boca em boca”.

A Bíblia ilumina o rosto dos pobres e nos recorda que estar próximo a eles é estar próximo de Jesus”.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Evangelho do Dia de São Judas e São Simão!

Evangelho segundo S. Lucas 6,12-16São Judas Tadeu

Comentário ao Evangelho do dia feito pelo Papa Bento XVI, na
Audiência geral de 3/5/2006.

"Convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos"

A Tradição Apostólica não é uma coleção de objetos, de palavras como uma caixa que contém coisas mortas; a Tradição é o rio da vida nova que vem das origens, de Cristo até nós, e envolve-nos na história de Deus com a humanidade. Este tema da Tradição é de grande importância para a vida da Igreja.

O Concílio Vaticano II realçou, a este propósito, que a Tradição é apostólica antes de tudo nas suas origens: "Dispôs Deus, em toda a sua benignidade, que tudo quanto revelara para a salvação de todos os povos permanecesse íntegro para sempre e fosse transmitido a todas as gerações. Por isso, Cristo Senhor, em quem se consuma toda a revelação de Deus Sumo (cf. 2 Cor 1, 30; 3, 16; 4, 6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos os homens o Evangelho... como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes os dons divinos" (Const. dogm. Dei Verbum, 7).

O Concílio prossegue, anotando como tal empenho foi fielmente seguido "pelos Apóstolos que, pela sua pregação oral, exemplos e instituições, comunicaram aquilo que tinham recebido pela palavra, convivência e obras de Cristo, ou apreendido por inspiração do Espírito Santo" (ibid.). Com os Apóstolos, acrescenta o Concílio, colaboraram também "varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a Mensagem da salvação" (ibid.).

Como chefes do Israel escatológico, também eles doze como doze eram as tribos do povo eleito, os Apóstolos continuam a "recolha" iniciada pelo Senhor, e fazem-no antes de tudo transmitindo fielmente o dom recebido, a boa nova do Reino que veio até aos homens em Jesus Cristo. O seu número expressa não só a continuidade com a santa raiz, o Israel das doze tribos, mas também o destino universal do seu ministério, que leva a salvação até aos  confins da terra. Pode-se captar isto do valor simbólico que têm os números no mundo semítico: doze resulta da multiplicação de três, número perfeito, e quatro, número que remete para os quatro pontos cardeais, e portanto para todo o mundo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sínodo dos Bispos 2008: 55 proposições

Sínodo apresenta 55 proposições a Bento XVI
Entre as novidades, pede-se abertura do leitorado às mulheres

CIDADE DO VATICANO, domingo, 26 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- As sessões de trabalho do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus terminaram ao meio-dia deste sábado, com a aprovação das 55 proposições que a assembléia sinodal apresentou a Bento XVI.
As proposições foram votadas eletronicamente nesta manhã pelos 244 padres sinodais presentes na sala. Para serem aprovadas, cada uma delas deveria receber pelo menos dois terços dos votos. O voto era placet (sim) ou non placet (não).

Todas as proposições apresentadas foram aprovadas, confirmando os comentários que os padres sinodais haviam feito durante a assembléia, segundo os quais este foi talvez o sínodo de maior consenso desde que se reintroduziu a instituição após o Concílio Vaticano II.

As duas primeiras proposições constituem a «Introdução». Nelas se pede que o Papa leve em consideração estas propostas, assim como os documentos surgidos do Sínodo e sua preparação, para redigir o documento que recolherá os resultados da XII Assembléia sinodal dos bispos do mundo inteiro.

Primeira parte: A Palavra de Deus na fé da Igreja - As proposições 3 a 13, recomendam que as comunidades católicas compreendam e vivam melhor sua relação profunda com a Palavra, Jesus Cristo, a quem é possível encontrar na leitura e na meditação das Escrituras.
Sublinham o papel do Espírito Santo, da Igreja e da Tradição, assim como sua íntima relação com a Eucaristia.
Três proposições apresentam a Palavra de Deus como Palavra de reconciliação, Palavra de compromisso a favor dos pobres e fundamento da lei natural. Estas proposições analisam também a relação inseparável entre o Antigo e o Novo Testamentos.

Segunda Parte: A Palavra de Deus na vida da Igreja - As proposições 14 a 37 tratam, entre outras coisas, de idéias concretas para melhorar as homilias, pede-se uma revisão do Lecionário – a seleção de leituras bíblicas utilizadas na liturgia –, promove-se a Lectio Divina (leitura orante da Escritura) e se pede a abertura do ministério do leitorado às mulheres.
Nesta parte se solicita também a superação do dualismo entre exegetas e teólogos, assim como entre exegetas e pastores, reconhecendo a cada um sua tarefa insubstituível.
A proposição número 37 contém um elemento histórico, pois acolhe a contribuição do patriarca Bartolomeu I de Constantinopla, quem, pela primeira vez, interveio em um sínodo mundial católico. Desta forma, pela primeira vez, o magistério de um patriarca ortodoxo poderia começar a fazer parte do magistério ordinário do Papa.

Terceira parte: A Palavra de Deus na missão da Igreja - Nesta parte, com as proposições 38 a 54, fala-se da Palavra e da arte, da Palavra e da cultura, assim como da tradução e da difusão da Bíblia.
Outros temas tratados são o da transmissão da Palavra através dos meios de comunicação social, assim como a questão da leitura fundamentalista da Bíblia e o fenômeno das seitas.
Outros temas do capítulo são o diálogo inter-religioso, a promoção de peregrinações e estudos na Terra Santa, «quinto evangelho», o diálogo com os judeus e com os muçulmanos e a relação entre Palavra e custódia da criação.


A última proposição, escrita como conclusão (número 55), é dedicada a Nossa Senhora, modelo de fé do crente, e nela convidam a promover a oração do Ângelus e do terço, contemplação da Palavra com os olhos da Mãe de Cristo.

Trabalho esgotante: As proposições foram redigidas, com a ajuda dos relatores dos grupos de trabalho lingüísticos do Sínodo (círculos menores), pelo redator geral deste Sínodo, cardeal Marc Ouellet, P.S.S., arcebispo de Québec (Canadá), e pelo secretário especial, Dom Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo.
Esta equipe de trabalho chegou a passar toda uma noite sem dormir para poder apresentar ao Sínodo uma versão definitiva das proposições, capaz de receber um consenso tão compartilhado.
Normalmente, as proposições têm um caráter secreto, mas Bento XVI pediu à secretaria do Sínodo que sejam publicadas em uma tradução em italiano, «provisória» e «não-oficial».

Fonte: Zenit

sábado, 25 de outubro de 2008

Sínodo dos Bispos: Mensagem Resumo

Queridos Irmãos e Irmãs,

«A todos os que, em qualquer lugar que estejam, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso, a vós, a graça e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!» (1 Cor 1, 2-3) Com a saudação do Apóstolo Paulo – neste ano dedicado a ele – nós, os Padres Sinodais reunidos em Roma para a XII Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos com o Santo Padre Bento XVI, vos dirigimos uma mensagem de ampla reflexão e proposta sobre a Palavra de Deus que está no centro dos trabalhos de nossa assembléia.

É uma mensagem que encomendamos, antes de tudo, aos vossos pastores, aos tantos e tão generosos catequistas e a todos aqueles que vos guiam na escuta e na leitura amorosa da Bíblia. A vós neste momento desejamos delinear a alma e a substância desse texto para que cresça e se aprofunde o conhecimento e o amor pela Palavra de Deus. Quatro são os pontos cardeais do horizonte que desejamos convidar-vos a conhecer e que expressaremos através de outras imagens.

Temos antes de tudo a voz divina. Ela ressoa nas origens da criação, quebrando o silêncio do nada e dando origem às maravilhas do universo. É uma Voz que penetra logo na história, ferida pelo pecado humano e atormentada pela dor e pela morte. Ela vê também o Senhor que caminha junto com a humanidade para oferecer sua graça, sua aliança, sua salvação. É uma voz que desce logo nas páginas das Sagradas Escrituras que agora nós lemos na Igreja sob a guia do Espírito Santo que foi doado como luz de verdade a ela e a seus pastores.

Também, como escreve São João, «a Palavra se fez carne» (1, 14). E aqui então aparece o Rosto. É Jesus Cristo, que é Filho do Deus eterno e infinito, mas também homem mortal, ligado a uma época histórica, a um povo e a uma terra. Ele vive a existência fatigosa da humanidade até a morte, mas ressurge e vive para sempre. Ele é quem faz que seja perfeito nosso encontro com a Palavra de Deus. Ele é quem nos revela o «sentido pleno» e unitário das Sagradas Escrituras, pelas quais o cristianismo é uma religião que tem no centro uma pessoa, Jesus Cristo, revelador do Pai. Ele nos faz entender que também as Escrituras são «carne», ou seja, palavras humanas que se devem compreender e estudar em seu modo de expressar-se, mas que custodiam em seu interior a luz da verdade divina que só com o Espírito Santo podemos viver e contemplar.

É o próprio Espírito de Deus que nos conduz ao terceiro ponto cardeal de nosso itinerário, a Casa da palavra divina, ou seja, a Igreja que, como nos sugere São Lucas (Atos 2, 42) está sustentada por quatro colunas ideais. Temos «o ensinamento», ou seja, ler e compreender a Bíblia no anúncio feito a todos, na catequese, na homilia, através da proclamação que implica a mente e o coração. Temos depois «a fração do pão», ou seja, a Eucaristia, fonte e cume da vida e da missão da Igreja. Como aconteceu aquele dia em Emaús, os fiéis são convidados a nutrir-se na liturgia na mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo. Uma terceira coluna está constituída pelas «orações» com «hinos e cânticos inspirados» (Col 3, 16). É a Liturgia das Horas, oração da Igreja destinada a ritmar os dias e os tempos do ano cristão. Temos também a Lectio Divina, a leitura orante das Sagradas Escrituras, capaz de conduzir, na meditação, na oração, na contemplação, ao encontro com o Cristo, palavra de Deus vivo. E, por último, a «comunhão fraterna», porque, para ser verdadeiros cristãos, não basta ser «aqueles que ouvem a Palavra de Deus» (Lc 8, 21). Na casa da Palavra de Deus encontramos também os irmãos e irmãs das outras Igrejas e comunidades cristãs que, ainda nas separações, vivem uma unidade real, ainda que não plena, através da veneração e do amor pela Palavra divina.

Chegamos assim à última imagem do mapa espiritual. É o caminho sobre o qual se baseia a palavra de Deus: «Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos, ensinando-os a guardar tudo o que eu vos mandei»; «o que ouvis, proclamai-o desde os telhados» (Mt 28, 19-20; 10,27). A Palavra de Deus deve percorrer os caminhos do mundo, que hoje são também os da comunicação informática, televisiva e virtual. A Bíblia deve entrar nas famílias para que pais e filhos a leiam, com ela rezem e para que ela seja para eles uma tocha para seus passos no caminho da existência (cf. Sl 119, 105). As Sagradas Escrituras devem entrar também nas escolas e nos âmbitos culturais porque, durante séculos, foi o ponto de referência capital da arte, da literatura, da música, do pensamento e da própria ética comum. Sua riqueza simbólica, poética e narrativa faz delas um estandarte de beleza, para a fé e para a própria cultura, em um mundo com freqüência marcado pela fealdade e pela indignidade.

A Bíblia, contudo, nos apresenta também o sopro de dor que sai da terra, sai ao encontro do grito dos oprimidos e do lamento dos infelizes. Ela tem a cruz no vértice, onde Cristo, sozinho e abandonado, vive a tragédia do sofrimento mais atroz e da morte. Precisamente por esta presença do Filho de Deus, a escuridão do mal e da morte está irradiada pela luz pascal e pela esperança da glória. Mas sobre os caminhos do mundo marcham conosco também os irmãos e irmãs das outras Igrejas e comunidades cristãs que, ainda nas separações, vivem uma unidade real, ainda que não seja plena, através da veneração e do amor pela Palavra de Deus. Ao longo dos caminhos do mundo encontramos com freqüência homens e mulheres de outras religiões que escutam e praticam fielmente os ditados de seus livros sagrados e que conosco podem edificar um mundo de paz e de luz porque Deus quer que «todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento pleno da verdade» (1 Tm 2, 4).

Queridos irmãos e irmãs, custodiai a Bíblia em vossas casas, lede-a, aprofundai e compreendei plenamente suas páginas, transformai-a em oração e testemunho de vida, escutai-a com amor e fé na liturgia. Criai o silêncio para escutar com eficácia a Palavra do Senhor e conservai o silêncio depois da escuta, porque ela continuará habitando, vivendo e falando-vos. Fazei que ela ressoe no começo do vosso dia, para que Deus tenha sempre a primeira palavra e deixai-a ressoar em vós à noite, para que a última palavra seja de Deus.

«Confio-vos a Deus e à Palavra da sua graça» (atos 20, 32). Com a mesma expressão que São Paulo utilizou em seu discurso de adeus aos chefes da Igreja de Éfeso, também nós, os Padres Sinodais, confiamos os fiéis das comunidades espalhadas sobre a face da terra à palavra divina que é também juízo e sobretudo graça, que é cortante como uma espada, mas que doce como o mel. Ela é potente e gloriosa e nos guia pelos caminhos da história com a mão de Jesus que vós, como nós, «amais nosso Senhor Jesus Cristo na vida incorruptível» (Ef 6, 24).

Fonte: site Zenit em 24/10/2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Santo Antonio de Santana Galvão - Novena


SPE SALVI: É na Esperança que fomos salvos

(Bento XVI)

IV NOVENA E II FESTA EM LOUVOR A
SANTO ANTONIO DE SANTANA GALVÃO
16 A 25 DE OUTUBRO DE 2008.


Nesta novena que antecede ao dia 25 de outubro, dedicado a Santo Antonio de Santana Galvão, os fiéis tiveram a oportunidade de meditar sobre o tema da Carta Encíclica “Spe Salvi”, apresentada pelo Papa Bento XVI.

O Capelão do Mosteiro da Luz, Padre Armênio Rodrigues Nogueira, teve a iniciativa de convidar nove diáconos permanentes para pregarem nas missas da Novena celebradas do dia 16 a 24 de outubro. Com um roteiro cuidadosamente preparado, cada diácono teve a oportunidade de participar da Santa Missa nas noites da Novena, com sua pregação propiciando uma reflexão da situação do homem frente aos desafios da sociedade.

A cada noite foi desenvolvido um tema na linha da Encíclica Papal conforme segue:

FREI GALVÃO: HOMEM DE FÉ E ESPERANÇA
FREI GALVÃO AMA A BÍBLIA E A IGREJA
FREI GALVÃO É ESPERANÇA NA VIDA ETERNA.
FREI GALVÃO É HOMEM DA COMUNIDADE EM COMUNHÃO COM A IGREJA
FREI GALVÃO É UM HOMEM DO SEU TEMPO.
FREI GALVÃO E A ESPERANÇA CRISTÃ.
FREI GALVÃO É UM HOMEM DE ORAÇÃO.
FREI GALVÃO E O SOFRIMENTO CRISTÃO.
FREI GALVÃO NOS ENSINA A NÃO TEMER O JUÍZO DE DEUS.
FREI GALVÃO E MARIA, ESTRELAS DA ESPERANÇA (tema do dia de Santo)

Os diáconos da Arquidiocese de São Paulo manifestam sua alegria em participar e agradecem ao Padre Armênio por esta iniciativa. Além da acolhida fraternal da equipe de liturgia do Mosteiro, do Coral, dos músicos e dos fiéis, a especial presença das irmãs Concepcionistas completaram o clima de muita fé e esperança cristã na celebração da Santa Missa. Conforme explicado pelo Padre Armênio, é a primeira vez que as irmãs enclausuradas recebem a Eucaristia de Diáconos Permanentes.

Ressaltamos ainda a especial participação do cantor Cláudio Fontana, este católico maranhense que torna-se paulistano por amor à cidade e ao seu povo. Editando folhetos, livros e CDs sobre a vida e a obra do Santo Frei Galvão, este artista vivencia sua fé colocando seus dons a serviço do Reino de Deus.

Que as Bênçãos desse Deus que nos ama e nos acompanha em todos os momentos de nossa vida, desçam sobre vocês e suas famílias.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sínodo dos Bispos XI: Comentários sobre as propostas

21/10/2008
Com muitos elogios e críticas leves, os participantes no Sínodo começaram a dar resposta à Relatio post disceptationem, o informe do relator cardeal Marc Oullet, arcebispo de Quebec e Primaz do Canadá.
Nos momentos de discussão aberta e divididos em grupos lingüísticos, os bispos analisaram as 19 perguntas em discussão. Como relator geral, o cardeal Oullet fez um bom trabalho. Reuniu todas as contribuições dos padres sinodais com o tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja".

O prelado da cidade de Quebec foi o encarregado de fazer uma síntese de 290 discursos e apresentá-los aos padres sinodais, delegados fraternos e ouvintes, com alguns detalhes que ficaram fora. O Secretário Geral do Sínodo disse que o Papa Bento XVI teve influência no informe, particularmente quando terça-feira 14 de outubro improvisou diante da Assembléia. O Santo Padre fez um discurso público, a homilia durante a cerimônia de abertura, porém também falou durante as discussões abertas. Explicou como se deve ler integralmente as Sagradas Escrituras.

“Foi um informe muito iluminador e claro. Estou contente de que tenhamos a oportunidade de discutir sobre o tema nos pequenos grupos de debate”. “Uma das áreas que falta e creio que seria o coração do Evangelho é a misericórdia de Deus e o perdão dos pecados. E em segundo lugar, por que é tão difícil entender a Bíblia hoje e proclamar a Palavra de Deus com profunda convicção?"

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Igreja convida católicos a votar nos que respeitam princípios cristãos

Bispos dos Estados Unidos convidam a votar em candidatos que defendam vida (Diante das próximas eleições presidenciais)

Os bispos Dom Kevin J. Farell (Dallas) e Kevin W. Vann (Fort Woth)publicaram uma carta, difundida pela agência Fides na terça-feira passada, sobre as próximas eleições presidenciais que serão realizadas nos Estados Unidos no próximo dia 6 de novembro.

Nesta carta, dirigida aos fiéis católicos do país, advertem que a justificação da legalização do aborto, a promoção da união entre ambos sexos, a repressão à liberdade religiosa, as políticas públicas de eutanásia, a discriminação radical ou destruição dos embriões humanos, entre outros, são atos «intrinsecamente maus» porque «sempre são incompatíveis com o amor a Deus e ao próximo». «Estas ações são tão profundamente vazias que sempre são opostas ao autêntico bem das pessoas», acrescentam.

Advertiram que, desde a legalização do aborto nos Estados Unidos, foram praticados 48 milhões de abortos legais neste país, e acrescentaram que muitas outras vidas se perdem pelas pesquisas com embriões.

Para os prelados, este tempo prévio às eleições deve ser aproveitado como uma oportunidade para promover a cultura da vida: «Como católicos, estamos obrigados a rezar, atuar e votar para abolir o mal do aborto nos Estados Unidos, limitando-o tanto quanto possamos até que finalmente seja erradicado». «Como católicos, devemos preocupar-nos por estes temas e trabalhar para tentar conseguir soluções justas», afirmaram, mas declarando que isso «não é moralmente equivalente aos temas que concernem aos males intrínsecos».

«Não importa quanta razão tenha um candidato sobre estes temas, se não superar a posição inaceitável a favor de um mal intrínseco, como o aborto ou a proteção dos direitos do aborto», acrescentam.
Afirmaram que a única possibilidade moral para que um católico possa votar conscientemente por um candidato que apóie o aborto é no caso de não existir uma opção diferente ou caso o oponente apóie medidas que superam o mal do aborto, ainda que «se este é um raciocínio moral que existe, não há um dano verdadeiramente moral ou de proporcionadas razões que possa superar os milhões de vidas inocentes que são diretamente assassinadas pelo aborto legal cada ano».

«Votar em um candidato que apóia o mal intrínseco do aborto ou os direitos do aborto quando há uma alternativa moral aceitável, seria cooperar com o mal e, por conseguinte, é moralmente inadmissível», acrescentam.

«As decisões que nós tomarmos no campo político e moral afetarão não só a paz geral e a prosperidade da sociedade em geral, mas também podem a salvação de cada indivíduo», concluíram os bispos.

Fonte: Zenit

NR: Esses bispos americanos retratam muito bem a postura que deveria ser adotada pela Igreja em todo o mundo.

Eleições X Igreja Católica II

Caros Irmãos, esta é a verdadeira postura da Igreja Católica. Precisamos ficar atentos para que momentos de "entusiasmo" e "paixões momentâneas" não afetem nossa caminhada de uma Igreja firme em sua determinação de levar a justiça a todos, sem discriminação.

Dom Pedro Stringhini divulga nota sobre o manifesto “Católicos pela justiça, em favor dos mais pobres”

Em 20/10/2008

O bispo auxiliar de São Paulo, dom Pedro Luiz Stringhini, divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira, 20, esclarecendo que o manifesto “Católicos pela justiça, em favor dos mais pobres”, em apoio à candidata à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, não foi lido nas paróquias da Região Belém, pela qual é responsável. A notícia foi veiculada na imprensa, afirmando que os padres iriam distribuir o manifesto nas igrejas. “A Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral”, diz um dos trechos da nota.

Segundo dom Stringhini, o manifesto foi resultado de uma reunião na Região Episcopal Belém, da Arquidiocese de São Paulo, da qual participaram 200 pessoas. Entre os participantes havia 40 padres dos quais somente nove pertenciam à Região Belém.  Quando soube, o bispo viajava para Itaici, interior de São Paulo. “Imediatamente, da estrada, telefonei à secretaria da Região, pedindo que avisassem aos 63 párocos da Região que estava proibida a divulgação, nas Igrejas, da referida nota”, esclarece.

Íntegra da nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Informo e esclareço o que segue. No dia 17 de outubro de 2008, às 9:00 h, aconteceu, na Região Episcopal Belém, Arquidiocese de São Paulo, uma reunião, com a participação de cerca de 200 pessoas, dentre as quais 40 padres, sendo 9 padres da Região Episcopal Belém. Dessa reunião, resultou um manifesto de apoio à candidata Marta Suplicy, que disputa a Prefeitura de São Paulo, intitulado “Católicos pela Justiça, em favor dos mais Pobres”.

Dois dias antes, quando eu soube que havia sido marcada uma reunião, para a qual os padres estavam sendo convidados, eu estava reunido com 12 padres. Expressei-lhes minha contrariedade e aconselhei a que os padres da Região não participassem.

Na sexta-feira, enquanto acontecia a reunião (e eu me dirigia a Itaici para a Assembléia das Igrejas do Estado de São Paulo) já começaram a chegar telefonemas e mensagens de católicos e outros protestando contra a presença dos padres e o referido apoio.

Imediatamente, da estrada, telefonei à secretaria da Região, pedindo que avisassem aos 63 párocos da Região que estava proibida a divulgação, nas Igrejas, da referida nota, pelo já tão conhecido motivo de que a participação da Igreja na sociedade existe em vista do bem comum e da justiça, mas não é partidária e, por isso mesmo, jamais se posiciona em favor deste ou daquele candidato/a. Por isso, a Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral. O evangelho, nesse domingo, exortava a “dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21). 

Assim foi feito e, do que pude me informar, hoje, segunda-feira, de fato não ocorreu a divulgação. E o clima nas 250 comunidades da Região Belém é de grande serenidade (cf. At 9,31). O povo ama sua Igreja, participa de sua missão evangelizadora e reconhece o imenso bem que realiza, em nome de Jesus Cristo, na defesa da vida e na solidariedade aos pobres. Peço perdão aos católicos que se sentiram ofendidos e, em nome das comunidades e seus padres, desejo transmitir paz e serenidade através dos mesmos meios de comunicação, que prontamente se empenham na divulgação de incidentes como o acima relatado. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

Em Cristo Jesus, fraternalmente,
Dom Pedro Luiz Stringhini
Bispo Auxiliar de São Paulo
Região Episcopal Belém
São Paulo, 20 de outubro de 2008.
Ano Santo Paulino

Fonte: site da CNBB

Eleições X Igreja Católica

Caros Irmãos, que a Paz do Senhor esteja com vocês!

Tenho o maior respeito pelos candidatos que concorrem às eleições municipais desta cidade. Contudo, como ministro ordenado e fiel aos ensinamentos de nossa mãe Igreja, não concordo em nenhuma hipótese "adotar" um partido ou uma postura eclesial de apoio a determinado candidato(a). Se existem preferencias pessoais na eleição de um candidato ou partido, o clérigo poderá exercer esse direito no voto, como qualquer cidadão brasileiro, mas não utilizando-se de espaços da Igreja Católica para manifestar essa sua preferência, repito pessoal!

Esse direito é reservado à sociedade civil que pode e deve mobilizar-se por seus ideais políticos nos fóruns apropriados e nunca em nome da Igreja Católica.

Lamento a postura de alguns ministros ordenados que nesses dias que antecedem  a votação para prefeito na cidade de São Paulo, se locupletam de suas funções ministeriais, para defender partidos ou candidatos que ambicionam cargos públicos, por mais "perfeitos" que eles sejam. O povo de Deus não pode ser enganado quanto à postura da Igreja, principalmente pelos próprios clérigos.

É lamentável que essa meia dúzia de "clérigos" da Região Episcopal Belém, participem de uma proposta de documento, independentemente de qual candidato(a) seja apoiado, como se este fosse manifestação da Igreja Católica na cidade de São Paulo. Sugiro que peçam antes aprovação de seu imediato superior hierárquico, conforme o Código de Direito Canônico, cânon 287 parágrafos 1 e 2.

Obs: Se essa autorização episcopal já existir, apreciaria conhecê-la!
Fraternalmente
Diácono Franco Abelardo - Arqudiocese de São Paulo

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Assembléia das Igrejas 2008

Com novas Propostas Pastorais Regional Sul 1 encerra assembléia

Dom Nelson com Dom Airton e o novo vice-presidente, Dom Benedito Beni dos Santos (a esquerda) eleito pelos Bispos nesta assembléia.


Neste dia 19 de outubro de 2008, o Regional Sul 1 da CNBB (SP), encerrou sua 30ª Assembléia das Igrejas, aprovando três propostas indicativas de ação Pastoral, sendo uma para o Regional e duas para as Dioceses. As propostas são resultado da reflexão feita pelos participantes da Assembléia nestes dias.

A seguir as propostas escolhidas que orientarão a ação até a próxima AIP, em 2009:
A) Para o Regional
Estimular e implementar a dimensão bíblico-catequética no Regional nas linhas de: formação, discipulado, celebração e missão.
B) Para as Dioceses
1. A paróquia como centro de irradiação da Palavra no desenvolvimento da leitura orante da Palavra, tendo a liturgia como um dos meios de realização;
2. Cada diocese se empenhe na criação de pequenas comunidades, promovendo a formação missionária e incentivando a formação dos ministérios leigos.

A Assembléia foi concluída com uma celebração de encerramento na capela central do mosteiro, na qual os participantes puderam renovar seu compromisso de fidelidade à sua diocese, paróquia, comunidade, à luz das propostas aprovadas.

Acreditamos que as propostas apresentadas, propiciam aos diáconos uma grande possibilidade de colaborar na sua implantação, principalmente no que se refere à formação do ministério leigo.

Fonte: site CNBB Sul 1

 

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS X: Questões básicas

Sínodo da Palavra propõe 19 questões básicas

Sínodo 2008 Bento XVI

Expostas pelo relator geral, cardeal Marc Ouellet, arcebispo de Quebec, estas questões resultam da análise destes dez primeiros dias do Sínodo.

Essas questões propõem como compreender melhor a união entre Palavra e Eucaristia, o que fazer para difundir mais a Bíblia, como conciliar diálogo inter-religioso com a afirmação de Cristo como único mediador.

Depois de ter escutado todos os padres sinodais que pediram a palavra diante da congregação geral, entre 6 e 15 de outubro – cerca de 230 –, esta relação tinha por objetivo recolher as principais idéias que emergiram. Com cerca de 20 páginas no original latim, foi apresentada pelo cardeal Dom Marc na presença de Bento XVI como base para a discussão nos grupos de trabalho (conhecidos como "círculos menores") nos próximos dias.

Estes "círculos menores" agora terão de preparar as "proposições" (propostas) que sintetizam o pensamento dos padres sinodais e que serão entregues ao Papa como fruto do Sínodo. Posteriormente, servirão de base ao Santo Padre para redigir a exortação apostólica pós-sinodal.

Seguem as questões básicas apresentadas no dia 15 de outubro:

1. Como dar a compreender melhor aos nossos fiéis que a Palavra de Deus é Cristo, Verbo de Deus encarnado?

2. Como aprofundar na dimensão dialogal da Revelação na teologia e prática da Igreja?

3. Que implicações se derivam do fato de que a celebração litúrgica é o lugar originário e o cume da Palavra de Deus?

4. Como educar a uma escuta viva da Palavra de Deus, na Igreja, para toda a pessoa e em todos os níveis culturais?

5. Como formar na «Lectio Divina»?

6. Deve-se elaborar um Compêndio para ajudar os pregadores de homilias a servir melhor a Palavra de Deus? (A arte de pregar, ars predicandi).

7. É possível revisar o Lecionário e modificar a escolha das leituras do Antigo e do Novo Testamento?

8. Que lugar tem e que importância é preciso atribuir ao caráter ministerial da Palavra de Deus?

9. Como dar a entender melhor o laço intrínseco entre a Palavra e a Eucaristia?

10. Que meios devem ser adotados para a tradução e a difusão da Bíblia entre o maior número possível de culturas, em particular entre os pobres?

11. Como sanar as relações e estimular a colaboração entre exegetas, teólogos e pastores?

12. Como aprofundar no sentido da Escritura e em sua interpretação no respeito e no equilíbrio entre a letra, o Espírito, a tradição viva e o magistério da Igreja?

13. O que pensar da idéia de um Congresso mundial da Palavra de Deus promovido pelo magistério da Igreja?

14. Como desenvolver mais a busca da unidade dos cristãos e o diálogo com os judeus em torno da Palavra de Deus?O que se entende por animação bíblica de toda a pastoral?

15. Que questões mereceriam um trato mais detalhado da parte do magistério da Igreja? (inerrância, pneumatologia, relação inspiração-Escritura-Tradição-Magistério)

16. Como conciliar a prática do diálogo inter-religioso e a afirmação dogmática sobre Cristo, único mediador?

17. Como cultivar o conhecimento da Palavra de Deus por outros meios, além do texto bíblico? (arte, poesia, Internet, etc.).

18. Que formação filosófica é necessária para compreender melhor e interpretar a Palavra de Deus e as Sagradas Escrituras?

19. Que critérios de interpretação da Palavra de Deus asseguram uma autêntica inculturação da mensagem evangélica?

Fonte: Zenit, Vaticano

 

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS IX: Alternativas para a Saudação Final


Esta notícia tem importância direta a nós diáconos permanentes, pois a saudação final é proferida pela diácono ao final da celebração da Santa Missa:

Santa Sé aprova 3 alternativas ao “Ite, missa est”
 

No dia 14 de outubro, durante o Sínodo dos Bispos, a Santa Sé aprovou três propostas alternativas ao “Ite, missa est” (Ide em paz), a saudação final da missa. Essas mudanças foram notificadas  pelo cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.


As alternativas foram aprovadas pelo Papa bento XVI em resposta a uma petição apresentada pelo Sínodo de 2005 sobre a Eucaristia, no qual se haviam pedido fórmulas que expressassem o caráter missionário que deve acompanhar a celebração eucarística.
Segundo ilustrou o cardeal nigeriano, o Papa pediu que se apresentassem sugestões. A Congregação vaticana recebeu 72, a partir das quais redigiu 9. O Papa escolheu 3 delas. As 3 fórmulas alternativas aparecem na terceira edição “typica” (de referência) emendada do Missal Romano, impressa na semana passada, informou o cardeal.


As 3 fórmulas são:
- “Ite ad Evangelium Domini nuntiandum” (Podeis ir anunciar o Evangelho do Senhor).
- “Ite in pace, glorificando vita vestra Dominum” (Podeis ir em paz, glorificando o Senhor com vossa vida).
- “Ite in pace” (recorda a fórmula existente, “Ide em paz”). No tempo pascal se acrescenta “alleluia, alleluia” (aleluia, aleluia, aleluia).
A fórmula latina “Ite missa est” não foi removida.


O próprio cardeal Arinze explicou que o Compêndio Eucarístico, que havia sido pedido pelo Sínodo da Eucaristia, está quase terminado.
É um livro que definirá a doutrina sobre a Eucaristia, a bênção, a hora santa eucarística, a adoração, as orações antes e depois da missa, etc.


O cardeal Arinze disse que a Santa Sé, por indicação do Papa e a partir da petição do sínodo anterior, também está estudando o momento mais adequado para colocar na celebração eucarística a saudação da paz.


O Santo Padre disse que é preciso fazer uma opção: ou antes do “Agnus Dei” (Cordeiro de Deus) ou depois da oração dos fiéis. Cada conferência episcopal deve responder antes do final do mês de outubro. A Congregação dará 3 semanas de prazo para quem apresentar propostas com atraso. Depois, as propostas serão expostas ao Santo Padre e ele decidirá depois.


O cardeal disse, por último, que a sua Congregação está preparando um livro com material para homilias temáticas, com o objetivo de facilitar a pregação dos sacerdotes do mundo inteiro.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS VIII: Leigos são anunciadores da Palavra de Deus!

“Os leigos devem ser preparados anunciadores da Palavra de Deus”, recorda o arcebispo de Belo Horizonte Dom Walmor Oliveira de Azevedo, participante do Sínodo dos Bispos.

“No número 225 do Documento de Aparecida, nós pastores concluímos que muitos deixam a Igreja Católica buscando outros grupos religiosos não por aquilo que esses outros grupos religiosos pensam, nem por razões dogmáticas, mas por razões pastorais e metodológicas na nossa Igreja”, disse dom Walmor.

“Os leigos não podem ser simplesmente receptores da palavra, mas seus ouvintes fiéis e também preparados anunciadores”, afirmou o arcebispo, citando o número 50 do Instrumento de Trabalho do Sínodo. Segundo informou à Rádio Vaticano, dom Walmor pediu que os órgãos competentes da Santa Sé, como por exemplo, Congregação para a Doutrina da Fé, Congregação para a Liturgia e a Disciplina dos Sacramentos, estudem o modo de dar aos leigos, “no contexto de nossa Igreja, missões, ministérios - como o Ministério da Palavra, em função da catequese, dos grupos bíblicos e, sobretudo, da celebração da palavra, [com] uma oficialidade, em nível normativo e ritual, de tal modo que nós possamos cobrir com uma grande rede de ministros todos os espaços onde as pessoas estão”, afirmou.

Dom Walmor ressaltou que, com a leitura orante da bíblia, “vamos dar uma grande resposta missionária no nosso contexto e fazer uma mudança e uma presença significativa, não simplesmente para afrontar ou responder aos desafios daqueles que deixam a Igreja, mas para dar repostas ao relativismo e aos problemas morais e, sobretudo, conscientização social e política à luz do evangelho que encontramos na palavra de Deus”.

NR.: ANIMAI-VOS! Esta é a resposta do Sínodo à atual situação de falta de valores que vive a humanidade. É preciso uma nova postura evangélica, resgatando os fundamentos de nossa fé no Cristo modelo de Vida e Dignidade. A Bíblia é uma das fontes do conhecimento da vontade de Deus e do testemunho do amor cristão.

SÍNODO DOS BISPOS VII: Breve Resumo da 1ª semana.

Caros colegas diáconos, durante a primeira semana da realização do Sínodo dos Bispos, que acontece em Roma de 5 a 26 de outubro, destacam-se seis temas centrais. Baseado na matéria de Jesús Colina, apresentamos um breve resumo dos assuntos tratados. Os destaques em negrito, são por minha conta. Abraços!


Depois das 191 intervenções preparadas e lidas e de 99 intervenções livres, que ressoaram entre os dias 6 e 13 de outubro na sala do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra, seis temas receberam um interesse particular. Não são os únicos, mas são alguns dos mais mencionados.


1. A Palavra não é a Bíblia
O Sínodo começou esclarecendo um mal-entendido comum entre muitos crentes: como explicou em sua relação antes do debate o cardeal Marc Ouellet, P.S.S., arcebispo de Québec, a Palavra não é um simples texto escrito, é o próprio amor de Deus feito homem em Cristo.
Portanto, a Palavra é muito mais que a Bíblia. De fato, o Novo Testamento nasce no seio da Igreja nascente e implica portanto a Tradição e a interpretação do Magistério.
Entre os dias 7 e 8 de outubro, numerosas intervenções dos padres sinodais insistiram neste esclarecimento.
Os próprios padres afirmaram que este Sínodo não busca reescrever a constituição dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, que já explica estas questões doutrinais. Portanto, não é um sínodo doutrinal (ainda que recorde verdades do magistério), mas sobretudo pastoral.
Outras questões, como a inspiração dos autores bíblicos, não foram discutidas, portanto, diretamente; vários padres sinodais pediram um documento da Santa Sé sobre a interpretação das Sagradas Escrituras e inclusive se propôs que tenha caráter de texto papal, em forma de encíclica.


2. Pregar com o exemplo: o problema das homilias
A preocupação pelo nível das homilias em geral se repetiu constantemente na primeira semana do sínodo.

Por um lado, o sínodo está oferecendo soluções concretas para este problema, ao qual se chegou a atribuir o abandono da Igreja por parte dos fiéis. Vários bispos pediram um “diretório homilético”, como já existe um “diretório para a catequese”, com indicações práticas sobre a pregação.
Neste sentido, o cardeal Angelo Scola, patriarca de Veneza, relator do Sínodo de 2005 sobre a Eucaristia, confirmou que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos está preparando um subsídio com material para as homilias temáticas que possa servir de ajuda para os sacerdotes ao preparar a pregação. Não é um manual de pregação. (Os diáconos com certeza aproveitarão muito este subsídio).
Numerosos bispos insistiram também na necessidade de que os seminaristas e sacerdotes não somente estudem a Bíblia, mas que aprendam a saboreá-la, meditando-a, como fez nesta segunda-feira o cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a diocese de Roma.
Pois bem, muitos bispos, particularmente nas intervenções livres, explicaram que a homilia não é só questão de formação retórica ou acadêmica.
Citou-se várias vezes as famosas palavras de Paulo VI, quando dizia que o mundo escuta os professores, mas segue as testemunhas. Se a palavra do pregador não é acompanhada pela vida, perde toda a sua credibilidade, constatou-se.
Neste sentido, recordou-se também a expressão de Bento XVI quando explica que a Palavra não é só “informativa”, mas “performativa”, isto é, deve modelar a vida de uma pessoa.


3. A "lectio divina"
Talvez um dos termos mais repetidos esta semana tenha sido “lectio divina”. A meditação orante da palavra de Deus, particularmente em comunidade (existem diferentes metodologias, como os 7 passos para compartilhar o Evangelho), parece converter-se na proposta que os participantes deste sínodo querem fazer a cada paróquia.
Pode-se dizer, portanto, que a eficácia prática deste sínodo poderá ser medida dentro de 10 anos segundo a extensão desta prática, que foi impulsionada desde o início do seu pontificado por Bento XVI.


4. Antigo Testamento
Vários padres constataram a dificuldade que os católicos têm para ler e meditar sobre o Antigo Testamento. Deste modo, não podem gozar em plenitude da revelação divina. Este fenômeno se agrava em alguns ambientes por outros dois fenômenos.
No caso das Igrejas Orientais, como explicou Dom Kidane Yebio, de Keren (Eritréia), na sagrada liturgia praticamente nunca se lêem passagens do Antigo Testamento.
No caso dos cristãos do Oriente Médio, por causa do conflito entre israelitas e palestinos e de interpretações sionistas da Bíblia, rejeitam a leitura ou meditação do Antigo Testamento.
Este grave fenômeno foi constatado em particular por 2 patriarcas: Sua Beatitude Fouad Twal, patriarca de Jerusalém dos Latinos, e Sua Beatitude Grégoire III Laham, B.S., patriarca de Antioquia dos Greco-Melquitas (Síria). Este último explicou, como exemplo, que em uma celebração litúrgica, um fiel havia trocado a expressão bíblica “Povo de Israel” por “Povo da Palestina”.


5. Exegese
Nos primeiros dias do Sínodo, foram numerosas as exposições de bispos nas que constatavam como uma exegese acadêmica da Bíblia levava às vezes a duvidar da historicidade mesma de Cristo ou de que a Escritura seja um texto revelado.
Este leitura sem fé do texto revelado teria levado católicos a buscarem uma interpretação de fé em grupos protestantes. Ainda que este tema preocupa profundamente o Sínodo, a assembléia também sublinhou a importância da contribuição da exegese para a compreensão da Palavra.
Na relação de abertura, o cardeal Ouellet propôs aos exegetas e biblistas uma visão de fé e de escuta do espírito, superando assim, desde o início, um debate não necessário. Fé e ciência bíblica não estão em conflito – insistiram os bispos.


6. Traduções e distribuição da Bíblia
O tema foi apresentado à assembléia por Dom Louis Pelâtre, vigário apostólico de Istambul (Turquia), quem constatou que em muitas línguas locais ainda não se havia traduzido a Bíblia.
Quando estas populações minoritárias são pobres, tampouco existem recursos para imprimir e distribuir bíblias a preços acessíveis.
Foram numerosas as intervenções de bispos africanos, latino-americanos e asiáticos para pedir que se crie um organismo na Igreja Católica que ajude em todos os sentidos a resolver este grave problema, também do ponto de vista econômico.

Ambiente
Desde que se restabeleceu a prática de convocar o Sínodo dos Bispos, após o Concílio Vaticano II, esta assembléia é talvez a mais serena, sinal de uma nova unidade encontrada na Igreja depois de várias divisões de décadas passadas. Assim o constatava, por exemplo, o cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, nesta segunda-feira.
A este ambiente de unidade contribuiu o tema escolhido por Bento XVI, “a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, tema que toca o coração de cada um dos presentes.

Fonte: Zenit e H2O News

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS VII: Bíblia na Catequese

Para o presidente da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, tem crescido, no Brasil, o interesse dos catequistas pela Bíblia

O bispo de Goiás (GO) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Eugène Rixen, fez o uso da palavra na aula sinodal desta sexta-feira, 10, e chamou a atenção para o uso da bíblia pelos catequistas no Brasil. “Uma das grandes conquistas do caminho bíblico em nosso país tem sido o descobrimento de que a Bíblia é o livro predileto da catequese que não cumpre sua missão se o fiel não chega a descobrir a importância de ter a Palavra de Deus em suas mãos e vivê-la”, afirmou dom Eugène.
Segundo dom Eugène, no Brasil, a Bíblia em sido o livro “mais lido, amado, admirado e vivido pelos fiéis”. “Não podemos aceitar um projeto catequético que não parta da Bíblia e que não conduza a ela”, destacou. “Em nosso país, a catequese tem como primeira fonte a Sagrada Escritura que, lida, explicada e rezada no âmbito da Tradição e do Magistério, oferece o ponto de partido, o fundamento e a norma do que se transmite aos fiéis com o fim de que todos sejam discípulos e missionários de Jesus Cristo”.
Dom Eugène citou os documentos das Conferências do Episcopado da América Latina, desde Medellin (1968) até Aparecida (2007), destacando o tema da catequese. Segundo afirmou, a Conferência de Aparecida, confirma com força uma catequese bíblica, kerigmática, missionária e mistagógica. “A catequese deve ser mistagógica porque deve ter caráter experimental, litúrgico, de celebração e oração”, disse, citando no parágrafo 289 do Documento de Aparecida.

Fonte: site CNBB

sábado, 11 de outubro de 2008

DIREITO À VIDA: Campanha na Espanha

Direito à vida
10/10/2008
Chama-se "Direito à vida" e é uma campanha massiva de informação e conscientização sobre a realidade do aborto na Espanha com pretensão mundial.
Chama-se "Direito à vida" e é uma campanha massiva de informação e conscientização sobre a realidade do aborto na Espanha com pretensão mundial. Em 4 de setembro de 2008, a Ministra da Igualdade na Espanha, Bibiana Aído, anunciou uma lei para o aborto livre, que pode ser aprovada em 2009. Se essa lei for aprovada, o aborto – já em vigor – desaparecerá na prática do Código Penal e o número de crianças abortadas na Espanha (hoje são mais de 100.000 abortos anuais) se multiplicarão por dois em poucos anos. Segundo os promotores de "Direito à vida" isso comportaria que quase 250.000 bebês não sairão com vida do ventre de sua mãe e 250 mil mulheres sofrerão as conseqüências do aborto.

SÍNODO DOS BISPOS VI: Dom Cláudio Hummes

Cardeal pede formação atenta a «boa teologia e método exegético seguro». Os grifos no artigo são meus.

O prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, manifestou essa quinta-feira na assembléia do Sínodo a sua preocupação com a qualidade da teologia que se ensina aos presbíteros.


O cardeal contou que há alguns anos, um colega, doutor em teologia e professor, apresentou-se a ele perturbado com uma série de conteúdos que havia encontrado em alguns livros teológicos e exegéticos, sobre a ressurreição de Cristo. Esses conteúdos «questionavam alguns aspectos desse dogma fundamental de nossa fé e o esvaziavam, em grande parte, de verdadeiro conteúdo de maneira inquietante».


Este episódio «nos faz pensar na urgente necessidade que há de dar a nossos presbíteros e diáconos uma boa teologia e um método exegético seguro», afirmou.


Quanto a esse método exegético seguro, o cardeal Hummes considera que Bento XVI indica o caminho, na introdução do livro «Jesus de Nazaré».


«Quanto aos presbíteros e diáconos, que a Palavra de Deus seja para eles alimento de um discipulado pessoal.» Posto que a Palavra de Deus «é antes de tudo a própria pessoa de Jesus Cristo, a escuta da Palavra nas Sagradas Escrituras deve conduzir a um encontro forte e pessoal com Ele».


Neste encontro, «quem escuta deve entregar-se totalmente a Cristo, deixar-se transformar por Ele e unir-se a Ele, incondicionalmente, na fé, para trilhar assim um fiel seguimento de Jesus, ali onde Ele conduzir».


De acordo com o cardeal Hummes, para cumprir este itinerário, a «lectio divina» se apresenta como um «método recomendável, já que Deus é amor e a Bíblia, a história de como Deus amou o seu povo».


«O encontro com Cristo dará a força necessária ao anunciador em seu testemunho da Palavra», enfatizou. Portanto, o Kerygma, ou seja, «o conteúdo do primeiro anúncio da pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado para nossa salvação, e de seu Reino, deverá ser redescoberto».


Além disso, afirmou Dom Cláudio, com esse novo impulso missionário se fará necessário ir em busca dos afastados, «aqueles que nós batizamos, mas que não participam da vida de nossas comunidades».

Fonte: site Zenit

A importância da Celebração da Palavra de Deus

Na impossibilidade de participar da Eucaristia, celebrar a Palavra
Presidente da CNBB fala na assembléia do Sínodo no dia 10 de outubro.

Onde a distância impede de participar da Eucaristia dominical, a celebração da Palavra de Deus converte-se em um importante instrumento de encontro com Cristo, afirmou no Sínodo o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).


Em sua intervenção na manhã dessa quarta-feira, Dom Geraldo Lyrio Rocha afirmou que, «dentre as várias formas de transmissão da tradição litúrgica, é muito recomendável a celebração da Palavra de Deus, para fazer crescer a fé, a comunhão e o compromisso do Povo de Deus».


O arcebispo de Mariana disse que, em muitas nações da América Latina, a falta de ministros ordenados, a fragmentação dos núcleos de população e a situação geográfica do continente têm levado a um aumento da consciência da importância das celebrações da Palavra de Deus. No Brasil, de acordo com o arcebispo, cerca de 70% das comunidades eclesiais se vêem privadas da celebração da Eucaristia.


«É mediante a Palavra de Deus e ao redor dela que essas comunidades celebram na fé o mistério de Cristo», disse, apesar de considerar que «o ideal» seria que todas as comunidades eclesiais, «inclusive as menores, pudessem celebrar a Eucaristia dominical».


Dom Geraldo Lyrio recordou a passagem da exortação Sacramentum Caritatis em que Bento XVI afirma que onde as grandes distâncias fazem praticamente impossível a participação na Eucaristia dominical, «é importante que as comunidades cristãs se reunam igualmente, para louvar o Senhor e fazer memória do dia dedicado a Ele».


O arcebispo considera que a Palavra de Deus converte-se em um dos lugares privilegiados do encontro com Jesus Cristo, «centro e plenitude de toda a Escritura e de toda celebração litúrgica».
«Na proclamação da Palavra, Cristo segue falando a seu povo», enfatizou.


«A Palavra de Deus proclamada e celebrada mediante o Espírito Santo frutifica no corações e na vida de quem a recebe.»


De acordo com o presidente da CNBB, a acolhida da Palavra, a oração de louvor, a ação de graças e a súplica «são manifestações do Espírito no coração dos fiéis e na assembléia cristã reunida em torno da Palavra de Deus».

Fonte: site Zenit

SÍNODO DOS BISPOS V: JOÃO PAULO II

Na sessão do dia 9 de outubro, o Sínodo dos Bispos, lembra João Paulo II e destaca renovação das paróquias

João Paulo II

Na manhã de ontem foram discutidos diversos temas no Sínodo dos Bispos, em Roma, entre eles, a necessidade de renovar as paróquias. Segundo a Rádio Vaticano, “válido instrumento para levar os fiéis a uma relação vital com o Senhor”. Outro assunto levantado foi a exegese bíblica. “Ouviu-se na Sala do Sínodo, exegese e teologia caminham em direções separadas. Ou melhor, parece que se dá mais credibilidade àqueles que se distanciam mais das verdades contidas no texto sagrado”, lembra a Rádio.

No encerramento da sessão, João Paulo II foi lembrado com uma salva de palmas. Seu nome foi citado pelo arcebispo de Cracóvia, cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi durante muitos anos secretário pessoal de Karol Wojtyla. Em recordação à Carta Apostólica “Novo Millennio Ineunte”, de 2001, o cardeal Dziwisz recordou a necessidade de testemunhas apaixonadas pelo evangelho.

Ecumenismo e sua relação com as sagradas escrituras, também entrou em pauta no debate de ontem. Os padres sinodais defenderam a reaproximação das diversas confissões cristãs e destacaram que as tentativas e estratégias não dependem apenas de vontade humanas.

Fonte: site CNBB

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Direito à Vida: Cardeal Majella

Gostaria de iniciar esta reflexão com uma pergunta: Você ama a sua vida? Você a considera um dom de Deus?

É verdade que na limitação da inteligência e pouca vontade de amar desinteressadamente, pode alguém ser levado a considerar que seria melhor se Deus não se ocupasse da nossa vida. Ou mesmo, aceitando viver, seria mais cômodo não colocá-lo dentro dos nossos planos. Ele nos chama a atenção para referências estáveis para o agir, assim como as leis que mantêm os astros em suas órbitas não impedem suas evoluções nem a beleza de cada qual apresentar-se diante do universo.

A vida humana encontra a sua singularidade e infinita definição na sua semelhança com o criador. Além de nossa corporeidade, temos nossa espiritualidade. As etapas de nossa vida no tempo e as vicissitudes que enfrentam, mostram valores e apontam-nos missões para construir a convivência fraterna que pode e deve ser motivo de felicidade e de paz.

Que bom seria se as pessoas se amassem, sem nada exigir em troca. Se não conseguissem amar, ao menos não quisessem mal ao seu semelhante. Não queiram se deixar levar por um sentimento mal. Não culpem o inocente. A culpa pode estar no seu egoísmo, na sua falta de amor.

A vida é um dom para fazer a experiência do amor verdadeiro que é serviço ao semelhante. Ela só atingirá seu fim último se for sinal de salvação para o outro.

Na Semana Nacional da Vida, gostaria de lembrar quanto é sagrada a vida humana. A partir do óvulo fecundado, há uma nova vida humana hóspede no ventre materno. Se essa pudesse falar diria: ‘obrigado, minha mãe, por me acolher’. ‘Eu quero viver. O teu sangue corre do teu coração para o meu coração. Não haverá mais indiferença entre mim e ti. Eu quero viver, não quero morrer. Se me amares, eu te amarei até a minha morte! Espero sempre a tua proteção e amparo para o meu pequenino ser. Não posso me defender, confio na tua defesa. Eu proclamarei sempre que tenho o direito de viver, porque tu me deste a vida. Eu também começo a aprender amar, para ser assim durante toda a minha vida’.

Neste mundo, não somos donos de nada. Tudo o que temos foi recebido e somente o amor que tivermos no coração dará o conforto final de nossa existência.

A Semana Nacional da Vida e do Nascituro é ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse Dom precioso que recebemos de Deus. De modo especial, salientamos o valor sagrado da vida humana em todas as suas dimensões.

Diante de tantos ataques que a vida vem sofrendo em nossos dias, é nossa missão reafirmar sua importância inestimável e inegociável. A vida é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores. Conclamamos a todos que se empenhem sempre na defesa e promoção da vida e participem desta Semana da Vida. (43ª A.G. da CNBB, em 2005).

O Evangelho da vida está no centro da mensagem cristã (Evangelium Vitae, 10). Deus, Senhor da Vida, confiou aos homens o nobre encargo de preservá-la (Concílio Vaticano II G.S. 51). Por isso, a Igreja declara que o respeito incondicional do direito à vida de toda pessoa, desde a sua concepção até a morte natural, é um dos pilares sobre o qual assenta toda a sociedade e um Estado autenticamente humano. Defender o direito primário e fundamental à vida humana é um dever do Estado.

Não pode ter sólidas bases uma sociedade que se contradiz radicalmente, por um lado afirmando valores básicos como a dignidade da pessoa, a justiça e a paz, mas por outro, aceitando ou tolerando as mais diversas formas de desprezo e violação da vida humana, sobretudo as mais frágeis e marginalizadas. Só o respeito à vida pode fundar e garantir bens tão preciosos e necessários à sociedade como a democracia e a paz  (Evangelium Vitae, 101).

Não é só a guerra que mata a paz. Todo crime contra a vida é um atentado contra a paz. O aborto é um crime contra a vida e contra a paz, pois a vida individual e a paz geral estão estreitamente ligadas. Se quisermos a ordem social, é necessário construí-la sobre princípios tangíveis, na base dos quais está o respeito à vida humana, base também da civilização (Ib 101).

A civilização do amor e da vida é que dá à existência das pessoas e da sociedade o seu significado humano mais autêntico.

Fonte: site CNBB - outubro/2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS 2008 - IV

O que é um Sínodo dos Bispos?

07/10/2008

O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente decidida pelo Papa Paulo VI em 15 de setembro de 1965, em resposta ao desejo dos Padres do Concílio Vaticano II, para manter vivo o autêntico espírito que se formou com a experiência conciliar..

O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente decidida pelo Papa Paulo VI em 15 de setembro de 1965, em resposta ao desejo dos Padres do Concílio Vaticano II, para manter vivo o autêntico espírito que se formou com a experiência conciliar. Nesses dias se realiza em Roma o Sínodo dos Bispos dedicado à Palavra de Deus.
Sínodo é uma palavra grega "syn-hodos" que significa "reunião", "congresso". O significado originário da palavra, “caminhar juntos”, expressa muito bem a íntima essência do Sínodo, o qual justamente é “uma expressão particularmente frutífera e o instrumento da colegialidade episcopal", como disse João Paulo II.
O Sínodo é, de fato, um local para o encontro dos Bispos entre si, em torno e com o Pontífice, um local para o intercâmbio de informações e experiências, para a busca comum de soluções pastorais válidas universalmente. Sinteticamente, portanto, o Sínodo dos Bispos pode-se definir assim: uma assembléia dos representantes do episcopado católico que tem a tarefa de ajudar com conselhos o Papa no governo da Igreja universal.

Fonte: site H2O News

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SÍNODO DOS BISPOS 2008 - III

O Sínodo sobre a Palava em cifras
06/10/2008
A Igreja católica dos cinco continentes está representada nas quatrocentas pessoas que participam do Sínodo dos Bispos que se realiza de 5 a 26 de outubro sobre o tema “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.
A Igreja católica dos cinco continentes está representada nas quatrocentas pessoas que participam do Sínodo dos Bispos que se realiza de 5 a 26 de outubro sobre o tema “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.
A XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo congrega 253 padres sinodais, representantes de 13 igrejas orientais católicas sui iuris, de 113 diferentes conferências episcopais, de 25 organismos da Cúria romana e das Uniões dos Superiores Gerais. Segundo revelou em um encontro com os jornalistas o arcebispo Nikola Eterovic, secretário geral do Sínodo dos Bispos, 51 padres sinodais são provenientes da África, 62 da América, 41 da Ásia, 90 da Europa e 9 da Oceania. Cerca de 72,3% dos padres sinodais são eleitos, 15% faz parte em virtude do próprio cargo, e 12,6% são nomeados pelo Santo Padre.
Entre os 253 padres sinodais se encontram 8 patriarcas, 52 cardeais, dois arcebispos maiores, 79 arcebispos e 130 bispos. A idade média dos padres sinodais se aproxima dos 63 anos e entre os peritos se encontram seis mulheres, enquanto entre os ouvintes o número é de 19, recorde histórico.

SÍNODO DOS BISPOS 2008 - II

XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos

Realizada em Roma de 5 a 25 de outubro de 2008

O Sínodo consiste numa Assembléia particular de bispos, escolhidos para representar todo o episcopado e convocados para oferecer ao sucessor de Pedro uma ajuda mais eficaz, manifestando e consolidando ao mesmo tempo a comunhão eclesial.

Estas são as finalidades do Sínodo dos Bispos: favorecer uma próxima união e colaboração entre o Papa e os bispos de todo o mundo; oferecer informação direta e exata sobre a situação e os problemas da Igreja; favorecer o acordo sobre a doutrina e a ação pastoral; enfrentar temas de grande importância e atualidade. Estas tarefas são coordenadas por uma secretaria permanente, que trabalha em direta e imediata dependência da autoridade do bispo de Roma.

Para a assembléia geral ordinária, que hoje começa, o Papa Bento XVI escolheu, baseado em pontos de vista neste sentido, o tema da Palavra de Deus a aprofundar desde uma perspectiva pastoral, na vida e na missão da Igreja. Na fase preparatória,as Igrejas particulares de todo o mundo enviaram suas contribuições à Secretaria do Sínodo, que por sua vez elaborou o Instrumentum laboris, documento sobre o qual discutirão os 253 padres sinodais: 51 da África, 62 da América, 41 da Ásia, 90 da Europa e 9 da Oceania. A eles se acrescentam numerosos especialistas e auditores, homens e mulheres, assim como «delegados fraternos» das demais igrejas e comunidades eclesiais e alguns convidados especiais.

Na homilia do domindo dia 5, na abertura do Sínodo, diz o Papa:

"Venerados e queridos irmãos, que o Senhor nos ajude a observar juntos, durante as próximas semanas das sessões sinodais, como fazer cada vez mais eficaz o anúncio do Evangelho em nosso mundo. Todos experimentamos a necessidade de colocar no centro de nossa vida a Palavra de Deus, de acolher a Cristo como nosso único Redentor, como Reino de Deus em pessoa, para fazer que sua luz ilumine todos os âmbitos da humanidade: desde a família até a escola, desde a cultura até o trabalho, desde o tempo livre até os demais setores da sociedade e de nossa vida. Ao participar na celebração eucarística, experimentamos cada vez mais o íntimo laço que se dá entre o anúncio da Palavra de Deus e o Sacrifício eucarístico: é o mesmo Mistério que se nos oferece a nossa contemplação. Por este motivo, «a Igreja --como sublinha o Concílio Vaticano II-- venerou sempre as Sagradas Escrituras como o próprio Corpo do Senhor, não deixando de tomar da mesa e de distribuir aos fiéis o pão da vida, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, sobretudo na Sagrada Liturgia» (Dei Verbum, 21)."

NR: Procuraremos neste espaço, publicar diariamente os principais pontos abordados durante o sínodo, de forma a facilitar o trabalho de pesquisa dos irmãos que vivenciam a Palavra de Deus no exercício de seu ministério.

SÍNODO DOS BISPO 2008 - I

Oração pelo Sínodo dos Bispos

Senhor Jesus Cristo, a quem o Pai nos encomendou escutar como seu Filho amado: ilumina tua Igreja, para que nada seja para ela mais santo que escutar tua voz e segui-la. Tu, que és Sumo Pastor e Senhor de nossas almas, dirige teu olhar aos Pastores de tua Igreja, que nestes dias se reúnem com o Sucessor de Pedro na assembléia sinodal. Te imploramos que os santifiques na verdade e os confirmes na fé e no amor.

Senhor Jesus Cristo, envia teu Espírito de amor e de verdade sobre os Bispos que celebram o Sínodo e sobre aqueles que os auxiliam em suas tarefas: faz que sejam fiéis ao que o Espírito Santo diz às Igrejas e, deste modo, inspira suas almas e lhes ensine a verdade. Através de seu trabalho, que os fiéis possam ser purificados e reforçados no espírito, para aderir ao Evangelho da salvação, e se convertam em oblação viva ao Deus do céu.

E Maria, a santíssima Mãe de Deus da Igreja auxilia hoje os Bispos como um dia auxiliou os Apóstolos no Cenáculo e interceda com seu materno apoio, para que honrem a comunhão fraterna, tenham prosperidade e paz serenos e, escrutando com amor os sinais dos tempos, celebrem a majestade de Deus, Senhor misericordioso da história, para louvor e glória da Santíssima Trindade, Filho e Espírito Santo. Amém.

[Traduzido por Zenit]

sábado, 4 de outubro de 2008

Aborto e Voto: pense antes de votar!

Muitos colegas sabem que sou fã de "carteirinha" de Dom Gil Moreira, atual bispo de Jundiaí - SP. Este artigo publicado no site da CNBB deveria ser lido e relido por todos aqueles que ainda tem alguma dúvida sobre o momento da concepção da vida. Em nossas formações nas comunidades, poderíamos incluir esta reflexão.

Votar e Lutar pela Vida

Dom Gil Antônio Moreira - outuubro de 2008

Há poucos dias, assisti em Brasília, a um documentário sobre as atrocidades cometidas no tempo do regime militar com torturas, sumiços e mortes de pessoas. Foi, contudo impossível não me lembrar, ao mesmo tempo, de um documentário gravado por um médico dos Estados Unidos, sobre o aborto. Ele fizera mais de cinco mil abortos em seu consultório e depois que viu a filmagem de seu ‘trabalho’, ficou tremendamente chocado e além de nunca mais ter feito um só abortamento, passou a ser um dos maiores batalhadores na luta em favor da vida em todo o mundo. Não se cansa de afirmar que o aborto, mesmo feito nas melhores clínicas é um assassinado hediondo, resultante de um processo de tortura horripilante contra um ser humano que não tem nem mesmo condição de gritar socorro. Vi este filme várias vezes. Muitos políticos, antes favoráveis ao aborto, já o viram e mudaram de opinião.

O que mais me impressionou ao ver o documentário de Brasília sobre o regime militar, é que entre os que foram lesados em seus direitos humanos, alguns agora militam na política e defendem abertamente o aborto, sem o mínimo escrúpulo, sem a mínima sensibilidade diante de uma criancinha que a natureza protege, mas pessoas humanas não. Não consigo compreender como fazer distinção entre torturar um adulto e torturar, até à morte, um ser indefeso no começo de sua existência.

Acabo de ver um impressionante comentário de Dr.Luiz Roberto Fontes, Médico Ginecologista e Obstetra e Biólogo, de São Paulo, que nos últimos dias resolveu também emitir sua opinião sobre o assunto e contribui de forma consciente, consistente e honesta, para a crescente campanha em defesa da vida. Para a sua reflexão, caro leitor, não terei preocupação em economizar espaço para a citação, mesmo porque, é difícil perder uma só das palavras do conceito médico. Ele propõe a questão a respeito da vida humana, não só da vida em si. Abaixo, resumidamente, exponho parte de seu texto. Afirma: “Para responder a questão essencial, reviso os meus conhecimentos médico-biológicos:

1- O óvulo é liberado pelo ovário. Mas não sai sozinho do ovário, senão acompanhado de um séqüito de células acessórias, que o envolvem durante todo o trajeto na tuba feminina, rumo ao útero.

2- Ao ocorrer a fecundação, imediatamente a parede envoltória do óvulo e as células acompanhantes bloqueiam a entrada de novos espermatozóides. Esse processo é comandado pelo óvulo que virou ovo. A mãe (mulher) não interfere.

3- Imediatamente, reações fisiológicas complexas são deflagradas, com produção hormonal abundante pelo conjunto ovo-células acessórias. Esses produtos deflagram reações no organismo materno, com vistas a sustentar a gravidez: o útero se prepara para receber o ovo; o ovário que ovulou manterá ativo o corpo lúteo, até o completo desenvolvimento da placenta, na 12ª semana. A mãe (mulher) não interfere.

4- O ovo recém-formado caminha mais 2 a 3 dias na tuba uterina, rumo ao útero. Sofre algumas divisões celulares, até configurar uma massa de células, agora denominada embrião. Nesse trajeto, o embrião está por sua conta. A mãe (mulher) não interfere.

5- Ao chegar ao útero materno, o embrião se implanta no tecido uterino, onde formará a placenta. Esse processo é ativo e depende da atividade do embrião. A mãe (mulher) não interfere.

6- Uma vez implantado, o embrião começa imediatamente a desenvolver a placenta, que tem duas grandes funções: A) prover alimento e oxigênio para o embrião, subtraído do sangue materno. B) constituir uma barreira placentária, que é um filtro altamente eficaz, que impedirá a entrada de inúmeras substâncias maternas que são agressivas ou letais ao embrião, e impedirá que a mãe (sim, a mãe) expulse o embrião...

7- Agora o diminuto embrião vai crescer, desenvolver tecidos e sistemas orgânicos, futuramente terá um encéfalo e um cérebro (cujo desenvolvimento completo somente ocorrerá no 7° ano de vida da criança), vai assumir gradualmente a forma humana e será denominado feto...Das fases 2 a 6, o concepto esteve por sua conta. Se falhar no conjunto de procedimentos iniciados no momento da fecundação, será eliminado. Portanto, a conclusão é óbvia: o ser é autônomo desde a fecundação. É nesse momento que tem início a vida humana. Para chegar a essa conclusão, utilizei apenas conhecimentos técnicos, de matéria médica. Abstive-me de sentimentalismo, emoções, conceitos ou dogmas religiosos...O ovo, tão logo constituído, é um ser autônomo, o único responsável por sua sobrevivência dentro do organismo materno. Isso posto, tenho que dizer que a gestante é depositária do novo ser humano, que é autônomo desde o momento da concepção. A mulher não pode, a seu exclusivo critério e defendendo uma suposta liberdade de usar o corpo como lhe convém, como se grávida não estivesse, optar por interromper a gestação. Não é opção, o caminho é único: é dever da mulher respeitar o novo ser abrigado provisoriamente em seu útero; é dever (eu disse DEVER) do Legislador gerar mecanismos legais de proteção ao novo ser autônomo e portador da condição humana, inclusive no estado unicelular de célula-ovo. Portanto, legislar a favor de "impressões pessoais", ou de uma suposta "dignidade do casal" ou suposto "direito da mulher", como vem ocorrendo na decisão exarada por certos Juízes de Direito em nosso país, é, apenas e tão somente, condenar à morte um ser humano (uni ou pluricelular, com ou sem cérebro, anencéfalo ou não). As feministas também estão erradas em sua visão do assunto e defendem, pura e simplesmente, um crime contra a vida humana”.

Até aqui as palavras de Dr. Fontes. Concluo: eis aí, eleitor, uma boa razão para você negar o seu voto a qualquer candidato favorável ao aborto.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Padre, deixa a Liturgia falar!

Este artigo foi retirado da Ficha 60, do curso de Liturgia em Mutirão II, divulgado no site da CNBB. Apesar do texto referir-se à Santa Missa, acredito que muitos diáconos poderiam refletir e adequar estas observações nas Celebrações da Palavra. Mesmo quando celebramos batizados ou quando testemunhamos  matrimônios, somos tentados a falar além do próprio rito. 

Ione Buyst

Há alguns meses atrás, participei de uma missa e fiquei agradavelmente surpresa com a maneira de o padre presidir, concentrando-se em seu papel de presidência, sem interromper a toda hora a ação ritual com explicações ou introduções, 'homiliazinhas', brincadeiras, ou reclamações, como tantas vezes se vê por aí, banalizando a liturgia, impedindo o mergulho no mistério celebrado. Depois da missa, fui agradecer pelo momento espiritual simples e profundo que nos havia proporcionado. E ele respondeu: "Aprendi com uma comunidade religiosa da qual fui capelão. Um certo dia, me chamaram e disseram: Padre, não fale. Deixe a liturgia falar!"

Deixe a liturgia falar! Entre no seu ritmo ritual, dialogal! Não interrompa o diálogo da Aliança entre a comunidade e o seu Senhor. Sinta-se incorporado na assembléia, como parte dela, em toda simplicidade e autenticidade, objetivamente, tranqüilamente, sem autoritarismo e sem se preocupar em 'agradar' ou 'motivar' a 'platéia' e ser aceita por ela. Assuma o papel da presidência de uma comunidade, orante, ouvinte, cantante..., celebrando com ela e não para a mesma. Deixe que a pessoa do Cristo transpareça por você, lembrando as palavras de João Batista: É necessário que ele cresça e que eu diminua... (Cf. Jo 3,30). O momento é sagrado! A ação é decisiva para nossa vida. Estamos em contato com a seiva de nossas raízes, estamos sorvendo o sentido de nossa vida e de nossa morte, de nossos amores e desamores, de nossos empenhos, êxitos e fracassos... Estamos diante do Senhor, para sermos transformados/as 'pascalmente' por seu Espírito.

Acredite profundamente naquilo que está realizando. Aprenda de cor os pequenos diálogos que fará com a assembléia, como a saudação inicial, a introdução ao evangelho, o diálogo inicial do prefácio, o convite à oração do pai-nosso, a apresentação do pão e do vinho eucaristizados, a bênção final... Não leia orações; mas ore, de verdade, ainda que use as palavras prescritas no missal. Não copie sua homilia da internet ou de algum subsídio, mas tome seu tempo para debruçar-se sobre as leituras bíblicas, procurando qual a Palavra viva do Senhor hoje para esta comunidade (da qual você faz parte!); não faça da homilia um discurso, mas uma conversa familiar em tom pessoal.

Não corra durante a oração eucarística, recitando-a de uma forma impessoal, numa corrida desenfreada a 'cento e vinte por hora', como se não tivesse valor nenhum, como se não fosse um diálogo com o Pai! Não destaque de repente as palavras da narrativa da última ceia, mudando o ritmo e o tom de voz, como se somente estas palavras valessem a pena a serem proclamadas e ouvidas. E lembre-se de que não se trata de uma fala dirigida à assembléia, mas ao Pai, lembrando o que seu querido Filho nos mandou fazer!

Não descuide dos preciosos silêncios previstos no decorrer da ação litúrgica, como um dos elementos essenciais para podermos descer até o fundo do coração e ouvir aí a voz do Pai. Deixe-se 'contaminar' pela fé e o fervor da comunidade. Sintonize com o Sopro de Deus, o Sopro de Jesus, o Espírito Santo, que ora e canta em você e em toda a comunidade. Ele nos une, a todos e todas, num só corpo e num só Espírito.

Tudo o que foi dito até agora certamente vale também para os outros ministérios litúrgicos: por favor, não interrompam a ação litúrgica com comandos e explicações; deixem a liturgia falar por si.