sexta-feira, 28 de março de 2008

Sugestão de Homilia para o 2º Domingo da Páscoa

É com muita alegria que publicamos neste modesto espaço, a proposta de Homilia para este Domingo, gentilmente enviada pelo Pe Valeriano dos Santos Costa. Que nossos irmãos possam aproveitar o texto para subsidiar suas homilias.


HOMILIA DO II DOMINGO DA PÁSCOA
Pe. Valeriano dos Santos Costa – Igreja de Nossa Senhora do Brasil – 30 de março de 2008
At 2,42-47; Sl 117(118); 1Pd 1,3-9; Jo 20,19-31

No segundo Domingo da Páscoa, a comunidade apostólica tem a graça de duas aparições do Ressuscitado. Se quisermos dar um nome a este Domingo, poderíamos chamá-lo de Domingo da Paz. Por três vezes, Jesus lhes diz: a paz esteja convosco.
Um dos frutos mais saborosos da Páscoa de Cristo é paz. E o que é paz? A paz é um estado de harmonia interior que se reflete em comportamentos sem perturbações e tendentes à comunhão. Somente este estado possibilita que as pessoas vivam unidas e possam formar comunidades como os primeiros cristãos. A ausência desta paz se objetiva em conflitos que tendem à desunião e podem chegar à guerra.
A paz tem origem em Deus, pois nele não há nenhuma contradição, mas puro amor. Portanto, a paz faz parte da boa notícia da pregação de Jesus. Ela nos é dada como dom e não como mérito. Por isso, Jesus fala em outra passagem: Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como dá o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração (Jo 14, 27). A paz do mundo é efêmera, porque faz parte de um jogo de interesses e não do amor. É resultado de situações aonde as partes se acomodam de acordo com as vantagens. Este tipo de paz não pode ser duradouro.
Então, a paz de Cristo é associada ao mistério pascal. Na verdade, ela é tão inseparável de Cristo, que podemos dizer que Ele é nossa paz. Nesta perspectiva, as catequeses patrísticas ressaltam que os ritos sagrados, como o batismo, constituem uma imitação (imitatio) dos sofrimentos de Cristo (mergulho na morte de Cristo), em que a Cristo compete o sofrimento, a nós os frutos: a Cristo a dor, a nós, a salvação. Esta visão nos leva aos pés da Cruz para agradecermos e não para chorar a morte de Cristo. Agradecer pelo descanso da alma, a sintonia do coração, esta alegria sem explicação que toma conta de nós como reflexos da paz, que devemos pedir sem nunca acharmo-nos merecedores.
Em vista desta paz, Jesus nos dá o perdão dos pecados, senão nossa chance seria nula. Os Apóstolos são enviados para propagar a paz por todo o mundo. Para tanto, receberam o dom do Espírito Santo, a fim de, em nome de Jesus, perdoarem os pecados. Então, o perdão dos pecados e a certeza do amor de Deus abrem caminho para a paz de Jesus Cristo como um grandioso dom do seu mistério pascal.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo!
pvaleriano@uol.com.br

terça-feira, 25 de março de 2008

Bento XVI: Viver como Ressuscitados!

Bento XVI exorta os cristãos a viverem como “ressuscitados”
24/03/2008
“Caros irmãos e irmãs, deixemos que o aleluia pascal se imprima profundamente também em nós, de modo que não seja somente uma palavra, mas a expressão de nossa vida: a existência de pessoas que convidam todos a louvar o Senhor e o fazem com o seu comportamento como “ressuscitados””.
Às 12h de hoje, segunda-feira de Páscoa, 24/03/2008, o Papa Bento XVI recitou a oração mariana com os fiéis reunidos no pátio do Palácio Apostólico de Castelgandolfo, para onde se transferiu na tarde de Páscoa e onde transcorrerá uma semana.
No seu breve discurso, o Papa recordou as aparições do Ressuscitado aos discípulos e às mulheres, e explicou o significado da antífona mariana Regina Caeli, que no período pascal substitui a oração do Angelus.
O Papa também recordou o anual dia de oração e jejum para os missionários mártires que morreram durante 2007 enquanto desempenhavam seu serviço pela fé em diversas partes do mundo e o dia mundial de luta contra a tuberculose.
E dirigiu seu apelo a todas as instituições que servem os doentes, para que as pessoas que sofrem possam reconhecer, por meio de sua obra, o Senhor Ressuscitado que doa cura, conforto e paz.
Fonte: h20 news


segunda-feira, 24 de março de 2008

Cardeal Hummes: Mensagem de Páscoa

Aos Caríssimos Presbíteros, Diáconos Permanentes e Catequistas
A morte e a ressurreição de Jesus Cristo, que celebramos na Páscoa, trazem vida nova à Igreja e alegram o povo de Deus, que canta um cântico novo ao Senhor.
No Apocalipse, Ele afirma: "Não temais! Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho nas mãos as chaves da Morte e do Hades" (Ap 1,17-19).
Sim; o Senhor Ressuscitado é a garantia da vitória definitiva da vida. A morte está destruída. A última palavra será da vida e do amor. Eis a esperança segura e jubilosa, que dá sentido à nossa vida e à história da humanidade. Cristo já ressuscitou e em nossa peregrinação terrestre nos acompanha na caminhada, nos ilumina e fortalece, como lemos no episódio dos discípulos de Emaús, na tarde do dia da Ressurreição. Acolhendo a mensagem de Emaús e inspirados linda oração de Bento XVI ao Ressuscitado, Senhor da história, rezemos:
"Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já declina" (Lc 24,29).
Fica conosco, Senhor, acompanha-nos, ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as sombras vão se tornando mais densas, e tu és a Luz; em nossos corações se insinua a desesperança, e tu os fazes arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu ressuscitaste e que nos deste a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.
Fica em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as em suas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia, quando ao redor delas se acumulam sombras que ameaçam sua unidade e sua natureza. Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.
Fica, Senhor, com aqueles que em nossa sociedade são os mais vulneráveis; fica com os pobres e humildes de toda a terra, que sofrem injustas limitações para participar da mesa dos bens da humanidade e expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade. Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza do nosso mundo, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças!
Ó Bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos! Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!
A todos, uma Santa e Feliz Páscoa!
Cardeal Dom Cláudio Hummes
Prefeito da Congregação para o Clero

terça-feira, 18 de março de 2008

Encontro da Pastoral da Educação Regional Sul 1 da CNBB


Este encontro aconteceu nos dias 14, 15 e 16 de março de 2008, em Itaici, Indaiatuba – São Paulo. Com o tema “Vida, Educação e Sexualidade”, o encontro reuniu educadores de cerca de 20 dioceses do Estado de São Paulo, proporcionando uma reflexão sobre o tema.

O professor Luiz Antonio, assessor nacional da Pastoral da Educação, abriu o Encontro com a apresentação das principais ações da PE das diversas Dioceses presentes. Estas ações têm fortalecido e entusiasmado os educadores pela riqueza de resultados obtidos na melhoria da qualidade da educação em diversas frentes.

Com a participação ativa de Dom Caetano Ferrari, OFM, Bispo de Franca e recentemente designado como responsável pelo Setor da Educação e Comunicação no Regional Sul 1, o Encontro permitiu aos educadores vislumbrarem as diferentes experiências realizadas nas Dioceses onde acontece a PE. Dom Caetano falou sobre sua vocação sacerdotal que sempre esteve acompanhando o Mundo da Educação, o que lhe habilita a acompanhar este grupo com muito carinho e afeto. Também transmitiu aos presentes, a gratidão do Episcopado pelo protagonismo dos leigos (professores e professoras) engajados no processo missionário de conscientizar o universo educacional da dignidade da vida.

O Frei Carlos Josaphat discorreu sobre a relação da “Educação, Sexualidade e Mídia”, colocando a Educação como dimensão essencial do ser humano, que assume a autonomia de se conduzir e de se criar. “Somos seres criadores”, enfatiza o mestre, daí que “a falta do equilíbrio sexual nos homens e nas mulheres compromete a afetividade humana”. O Frei afirma que o educador tem a responsabilidade de explicar o que é o mundo e mobilizá-lo por uma mudança de atitudes e de éticas. Convida ainda os educadores, a esclarecer o que é a mídia e como esta deve se incorporar ao contexto da vida digna. É preciso mostrar a todos a Mídia como fábrica de costumes e necessidades ao interesse do capital e do consumismo.

Com o Professor Antonio Boeing, assessor de Ensino Religioso da AEC/SP, foram levantados os “Aspectos Pedagógicos da Educação para a Sexualidade.” Conforme o professor Boeing, “o caminho para a qualidade de vida passa pela responsabilidade de cada um”. Com uma exposição alicerçada na prática de anos vividos na área da Educação, o professor conduziu os passos da apresentação, abordando a Construção da Cultura e o Desenvolvimento Humano, passando a confrontar os desafios da atualidade. Compreendida a produção religiosa, conclui afirmando que “a sexualidade vai se definindo no processo de construção do ser e na busca do sentido da vida.” O educador é convidado a buscar referenciais para despertar no educando a edificação do ser na Ética, na Estética e na Mística. Numa sociedade com a concepção do SER-TER-PRAZER, é preciso disciplinar os sentidos, habitar a própria ‘casa’ e cultivar a beleza e a verdade.

Dom José Benedito Simão, Bispo Auxiliar da Região Brasilândia da acompanhante da Pastoral da Educação na Arquidiocese de São Paulo, participou proporcionando uma reflexão sobre os desafios enfrentados pelos professores seja na falta de recursos físicos em sala de aula, até sua baixa remuneração no mercado de trabalho. Convida aos governantes a investirem mais na Educação Pública, incentivando a uma metodologia educacional para acolher o jovem no mundo atual. “É preciso surgir a nova civilização do amor, onde a dignidade da vida seja respeitada desde os primeiros momentos de vida da célula embrionária.”

O professor Luiz Antonio, assessor nacional do setor Educação da CNBB, apresentou os pontos do Documento de Aparecida que tratam da Educação. Informou que a Igreja no Brasil prepara suas diretrizes para os próximos anos à luz do DA, motivando todas as dioceses a conhecerem em profundidade o seu teor. Temos ainda uma missão ‘continental’ de que a ação pastoral de Aparecida aconteça em toda a América Latina e Caribe. O professor incentiva ainda que todas as Dioceses tenham como referência de trabalho o Texto Base da Pastoral da Educação e, que todos auxiliem a implantação da PE nas Dioceses em que ela ainda não esteja estruturada. Que a equipe formada para a PE, tenha o cuidado de conhecer o Plano Pastoral Diocesano, para que todos acompanhem as ações previstas e integrem a Educação no conjunto das atividades.
A Campanha da Fraternidade a cada ano aborda temas que subsidiam os trabalhos da Pastoral e, agora com a Cartilha da CF e o texto-base, temos elementos para aprofundar a reflexão no decorrer de todo o ano e não somente na Quaresma. Foram analisados os itens 328, 334, 338, 481 e 483 do DA, que forneceram elementos para fundamentar e orientar os trabalhos das pastorais. O item 483 do DA contempla e agradece aos que trabalham na Escola Pública, merecendo estes todo o esforço da Igreja para auxiliá-los e apoiá-los.
A Pastoral da Educação em várias dioceses participa do Ensino Religioso, seja no âmbito confessional católico como no supra confessional, conforme estabelecido na LDB (Lei de Diretrizes e Base).

Os participantes foram convidados a refletirem sobre questões baseadas nos diversos desafios encontrados na ação da Pastoral da Educação. Estas questões foram debatidas em grupos e, após sua apresentação, comporão um documento com as conclusões baseadas na experiência e na vivência dos educadores cristãos que integram as pastorais.

A Professora Caci Amaral, apresentou um breve resumo da história e do conteúdo da Lei 9840/99, que visa combater a corrupção eleitoral. Na apresentação destaca-se a proposta inicial em 1997, quando a Comissão Brasileira de Justiça e Paz, decidiu dar continuidade à Campanha da Fraternidade de 1996, cujo tema foi “Fraternidade e Política”. Foram apresentados os resultados destes anos de aplicação da Lei e o crescimento dos Comitês 9840, que facilitam o acolhimento das denúncias e agilizam a penalização dos infratores. A Lei de iniciativa popular aproximou a sociedade e o poder judiciário; permitiu na sociedade um processo educativo sobre a possibilidade de eleições limpas e apresentou aumento do número de cassações por corrupção eleitoral, que demonstra que a Lei 9840 é aplicada. Apesar disso é preciso ainda: acelerar o julgamento dos processos; tornar mais conhecida a Lei 9840 para ampliar a sua aplicação e o seu acompanhamento e articular a luta por eleições limpas com o combate a todas as demais formas de corrupção.

Palestra do Dr. Mário Aurélio Galletta, professor da FM/USP e Médico Responsável pelo setor de Gravidez na Adolescência da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP desde 1995. Com o tema: “A Educação para a Prevenção da Gravidez Precoce”, o Dr. Mário apresenta dados alarmantes sobre o crescente número de adolescentes grávidas. No Brasil acontecem cerca de 700 mil partos sendo quase 200 mil de adolescentes. Hoje se aproxima de 25% de partos no Brasil, isto é, de cada quatro partos um é de adolescente. A importância da prevenção, as repercussões emocionais da gravidez na vida da jovem e as razões da gravidez foram amplamente esclarecidas nesta apresentação. Esta situação independe se as adolescentes estudam em escola pública ou particular. O que muitas vezes ocorre é que na Escola particular se recorre ao aborto, o que na pública fica mais difícil devido aos parcos recursos da família. Destaca-se que a maioria das jovens grávidas, não tem um projeto de vida. O risco de morte na gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos é muito maior que o da faixa de 40 a 50 anos e, os dados mostram um aumento destes partos. As jovens grávidas têm maior possibilidade de gerar crianças com problemas de saúde, devido à sua própria falta de estrutura física para alimentar e acomodar a criança (intra e extra útero). Situação emocional também aparece mais fragilizada nas jovens grávidas. O relacionamento sexual também passa a ser mero coito, não chegando próximo ao verdadeiro relacionamento necessário para atingir o prazer na relação homem-mulher. Como educadores, é preciso esclarecer essa realidade e observar o comportamento, principalmente daquelas jovens mais retraídas que não participam dos grupos e se alienam com seus problemas. Sugere-se alertar os jovens sobre as conseqüências da gravidez precoce, mas, deve-se deixar a possibilidade de escutá-los. Muitas vezes, a atenção fora da classe gera melhores resultados.

Na finalização, o professor Luiz Antonio propôs que para meados de novembro, aconteça um encontro de agentes de pastorais, para formação sobre o tema da Campanha da Fraternidade de 2009, visando agirem como multiplicadores na PE em suas respectivas Dioceses.

Fica ainda registrado o trabalho empreendido pelo MEC na elaboração da Cartilha que provocará conscientização popular da necessidade de melhoria na qualidade da educação no Brasil. Este projeto tem recebido colaboração direta da CNBB e o lançamento da cartilha tem previsão para junho próximo. Serão impressas cerca de 50 milhões de exemplares.

Resumo: Deste encontro, verificamos que existe um precioso campo de trabalho para o educador cristão, onde é preciso de maneira amorosa acolher a juventude que não tem referencias de valores, ou se apóia em modelos produzidos pela mídia, que marginalizam os verdadeiros valores da vida humana. A falta de estrutura familiar tem levado os jovens por caminhos diversos. Não devemos viver dizendo não aos jovens, mas, quando o momento for oportuno, o não deve ser firme e definitivo. Esta Pastoral precisa desempenhar sua missão de levar a ação da Igreja ao Mundo da Educação.
As missas celebradas no sábado e no domingo e os momentos de meditação gentilmente preparados pela PE de Franca, possibilitaram aos agentes participantes deste Encontro, a oportunidade de momentos de profunda reflexão sobre a missão do educador cristão no atual contexto social.


Nota Diaconal:
O diácono permanente, na qualidade de pai e ministro consagrado, pode incentivar os educadores que participam de sua comunidade, para que implantem a Pastoral da Educação. Na medida do possível, colaborem nesse serviço de grande importância na vida desses jovens que precisam de uma referência concreta de Amor Cristão. E naquelas Dioceses onde a Pastoral já existe, o diácono representará um elo importante como figura do Cristo-Servo, exercendo o ministério da Caridade. Precisamos motivar e mobilizar educadores cristãos a se unirem para que todos tenham vida digna e a tenham em abundância. Procure seu Pároco, converse com seu Bispo ou procure sua Comissão de Diáconos para conseguir maiores informações.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Fé e Razão: Cosmólogo defende a existência de Deus

Cosmólogo recebe prêmio defendendo existência de Deus
O professor Michael Heller, 72, de formação religiosa, com estudos em filosofia e doutorado em cosmologia, receberá em maio, em Londres, o prêmio Templeton, outorgado pela fundação homônima de estudos religiosos sediada em Nova York. O valor da premiação é de 820 mil libras esterlinas (cerca de R$ 2,87 milhões).
Os trabalhos mais recentes de Heller abordam a questão da origem do Universo, debruçando-se sobre aspectos avançados da teoria geral da relatividade, de mecânica quântica e de geometria não-comutativa.
"Vários processos no Universo podem ser caracterizados como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do estado que o sucede", explicou o próprio Heller em um comunicado divulgado por ocasião do anúncio do prêmio.
Ele rejeitou a idéia de que religião e ciência são contraditórias. "A ciência nos dá o Conhecimento e a religião nos dá o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente".
"Invariavelmente eu me pergunto como pessoas educadas podem ser tão cegas para não ver que a ciência não faz nada além de explorar a criação de Deus."
Para os jurados, Heller mereceu o prêmio por desenvolver "conceitos precisos e notavelmente originais sobre a origem e as causas do Universo, muitas vezes sob intensa repressão governamental".
Heller conhecia o Papa João Paulo 2º, nascido polonês sob o nome de Karol Wojtyla, que personificou a reação da Igreja Católica contra o avanço do comunismo nos países do Leste Europeu.
"Apesar da opressão das autoridades comunistas polonesas a intelectuais e padres, a igreja, impulsionada pelo Concílio Vaticano 2º, garantiu a Heller uma esfera de proteção que o permitiu alcançar grandes avanços em seus estudos", diz sua biografia.
Heller disse que usará o dinheiro do prêmio Templeton para financiar futuras pesquisas.
Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 13 de março de 2008

Ordenação Diaconal em São Paulo - SP



ORDENAÇÃO DIACONAL
A Comissão Arquidiocesana de Diáconos de São Paulo tem satisfação de comunicar que no próximo dia 29 de março, às 15 horas na Catedral Metropolitana (Sé), teremos a solene Celebração Eucarística onde serão ordenados nove Diáconos Permanentes:
ANDRÉ IASZ FILHO
ANTÔNIO CARLOS PAIVA DA ROCHA
CARLAILE TORNELLI
FRANCISCO DONIZETI MACHADO
KOICHI SANOKI
NILO JOSÉ DE CARVALHO NETO
ROGÉRIO ALMEIDA ALVES
SÉRGIO BLAIN
VALDIK DOS SANTOS ANDRADE
Estes nossos irmãos receberão a imposição das mãos de Sua Emª. Revmª. Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo Metropolitano de São Paulo.



“O Diácono é a expressão do ministério ordenado colocado o mais próximo possível da realidade laical e do protagonismo dos leigos. Com os leigos, que santificam o mundo por suas vidas, os diáconos, pela presença sacramental e o testemunho, ajudam a construir um mundo mais de acordo com o Projeto de Deus.” In Diretrizes para o Diaconado Permanente, item 48, documento 74 da CNBB.




sexta-feira, 7 de março de 2008

O Diaconato e o Documento de Aparecida (1)


VIDA E ARTICULAÇÃO DOS DIÁCONOS
O DIACONADO À LUZ DO DOCUMENTO DE APARECIDA

DA 205. Alguns discípulos e missionários do Senhor são chamados a servir à Igreja como diáconos permanentes, fortalecidos, em sua maioria, pela dupla sacramentalidade do Matrimônio e da Ordem. São ordenados para o serviço da Palavra, da Caridade e da Liturgia, especialmente para os sacramentos do Batismo e do Matrimônio; também para acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora da Igreja.
O desafio para o candidato é compreender as três dimensões: Palavra, Liturgia e Caridade. Quando Diácono, ter equilíbrio para aplicar. A expectativa criada na Escola Diaconal, talvez forçada pela exigência de melhor formação litúrgica (auxiliar o sacerdote na Celebração Eucarística, presidir as Celebrações da Palavra, do Batismo e assistir aos Matrimônios), pode levar o Diácono, no ministério, a priorizar determinados serviços litúrgicos em detrimento da Caridade.
Em Medellín os Bispos latino-americanos não emitem juízo sobre o Diaconado, ainda iniciante, e onde são ordenados os primeiros diáconos brasileiros. Mas fazem uma observação interessante (Conclusões da Conferência de Medellín – 1968, Cap. 13 – Formação do Clero – Ed. Paulinas): “...nota-se que a promoção do diaconado surgiu devido a determinadas exigências pastorais. Isso vem dando lugar a uma relativa pluralidade de formas na concepção, preparo e realização da ação dos candidatos ao diaconado, de acordo com os ambientes”. A Escola Diaconal deve levar o candidato à expectativa do serviço, conforme “as exigências pastorais” e “de acordo com os ambientes”, nunca ao “status”.
Sem ter a pretensão de criar “diaconias territoriais”, vários Bispos e Párocos confiam aos diáconos a formação e acompanhamento de novas comunidades, “onde não chega a ação evangelizadora da Igreja”. O Diácono Duran comenta essas “fronteiras geográficas e culturais” (Informativo Online “Diáconos”, Dezembro de 2007, pg. 2 – site da CND): “Supostas as condições que vimos anteriormente para que um diácono consiga desempenhar as funções de acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, vejamos agora a outra parte do n. 205. Os diáconos “são ordenados (...) também para acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais”.
A palavra “especialmente” já indica uma prioridade. Entre os possíveis tipos de comunidades que poderiam ser acompanhadas pelos diáconos, os bispos sinalizam as comunidades que estão ordinariamente fora da ação evangelizadora da Igreja como aquelas que devem ser prioritariamente confiadas aos diáconos. Mas quais são essas novas fronteiras geográficas e culturais da missão da Igreja?
No n. 491 ao falar dos novos areópagos e centros de decisão onde tradicionalmente se faz cultura, o Documento enumera estas novas fronteiras culturais: o mundo das comunicações, a construção da paz, o desenvolvimento e a libertação dos povos, sobretudo das minorias, a promoção da mulher e das crianças, a ecologia e a proteção da natureza, o campo da experimentação científica, das relações internacionais.

Diáconos, discípulos missionários de Jesus Servidor.

Fonte: Jornal “O Servo” da CRD Sul 1- edição eletrônica – dezembro 2007.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Comissões Universitárias: A Fé e a Razão para a Dignidade da Vida

Publicamos neste modesto espaço, a carta-convite para a constituição das Comissões de Estudo que proporão uma nova identidade do universitário católico. Participe!

A Diaconia Universitária da Arquidiocese de São Paulo, órgão pastoral recentemente criado, propõe-se articular as universidades paulistanas no intuito de conquistar a identidade do universitário católico, de forma que se busque uma nova consciência do cristão que se educa para servir mais e melhor a Igreja e a sociedade civil. Como as demais instituições, a Universidade não nasceu definitivamente acabada, pronta e imutável no processo histórico da humanidade, mas sempre em evolução quanto ao ensino e aprendizado, quanto a pesquisa e extensão. As razões e as causas de sua criação remontam a Idade Média, tendo como marco referencial a Renascença do século XII. Nascida no coração da Igreja medieval, no decorrer do tempo, com as grandes conquistas da sociedade ocidental, sobretudo sob a influência do Iluminismo, a instituição escolar no geral foi sendo assimilada pela cultura ocidental, tornando-se uma instituição promovida por várias iniciativas de ordem confessional, pública e privada, tal como se configura hoje a Universidade, com seus diversos matizes ideológicos. Contudo, desde a sua origem, a Igreja pensou e criou a Instituição de Ensino Superior como corporação científica e religiosa, de Razão e Fé, universal e autônoma, para construir cidadania, servir a civilização católica da cidade, elevando seu nível cultural e capacitando profissionais que atendessem suas necessidades.

No ano que culmina o centenário da Arquidiocese de São Paulo, tempo em que também a Igreja universalmente celebra o ano santo dedicado a São Paulo, intrépido apóstolo da fé, missionário de Nosso Senhor Jesus Cristo e padroeiro de nossa Igreja particular, a Diaconia Universitária gostaria de convidá-lo (a) a participar das comissões de estudos e pesquisas avançados em preparação ao Congresso Universitário previsto para o 2º semestre de 2008.

A cada comissão é atribuída uma temática. As temáticas correspondentes às comissões envolvem o conhecimento e a vida. Todos os conhecimentos humanos, da Fé e da Razão, estão comprometidos e a serviço da vida. Por isso achamos oportuno adotarmos como pontos de partida para a reflexão e pesquisa as temáticas sugeridas pelo subsídio ABC da CF 2008, as quais merecem logicamente o devido aprofundamento nos campos próprios das ciências que as sustentam. A seguir apresentamos o elenco:
1. Economia e Vida
2. Sociedade e Vida 1: Educação e Vida
3. Sociedade e Vida 2: Saúde e Vida
4. Cultura e Vida
5. Religião e Vida

Na ótica da Diaconia Universitária, através desta iniciativa, pensamos envolver as universidades num clima de auto-conhecimento, de verdadeira colaboração, sobretudo as católicas, a descobrirem a sua natureza e identidade eclesial, civil e social; criar laços mais estreitos de vida e comunhão entre os universitários. Atualmente a Igreja demonstra não pouca preocupação com os jovens universitários que são destinatários do Evangelho da vida; que sejam integralmente formados nas diversas áreas da ciência, profissionais eficientes, pessoas forjadas na Fé e no Amor, pessoas apaixonadas por Jesus Cristo, discípulos e missionários do Mestre Maior, humanistas cristãos, agentes transformadores da realidade social, agentes construtores do Reino de Deus, Reino da Vida.

Que o Bom Deus Todo Poderoso, Senhor de toda Ciência, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e Nosso, pela Força do Amor de seu Espírito Paráclito, abençoe e guarde todos os participantes.

LOCAL: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC-SP)
DATA: 15 DE MARÇO DE 2008
HORÁRIO: 09h00

Fraternalmente,

Em Cristo Jesus,
Paz e Esperança !

Dom José Benedito Simão
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo

terça-feira, 4 de março de 2008

Cuidado: O Nome Pode Enganar!

Nota da CNBB sobre as Católicas pelo Direito de Decidir
Têm chegado à sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – inúmeras consultas sobre a ONG denominada “Católicas pelo Direito de Decidir”, uma vez que em seus pronunciamentos há vários pontos contrários à doutrina e à moral católicas.
Esclarecemos que se trata de uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e rede com vários parceiros no Brasil e no mundo, em particular com uma organização norte-americana intitulada “Catholics for a Free Choice”. Sobre esta última, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos já fez várias declarações, destacando que o grupo tem defendido publicamente o aborto e distorcido o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso; é contrário a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja; não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica[1]. Essas observações se aplicam, também, ao grupo que atua em nosso país.
A Campanha da Fraternidade deste ano de 2008 reafirma nosso compromisso com a vida, especialmente, com a vida do ser humano mais indefeso, que é a criança no ventre materno, e com a vida da própria gestante. Políticas públicas realmente voltadas à pessoa humana são as que procuram atender às necessidades da mulher grávida, dando-lhe condições para ter e a criar bem os seus filhos, e não para abortá-los.
“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
Ainda que em determinadas circunstâncias se trate de uma escolha difícil e exigente, reafirmamos ser a única escolha aceitável e digna para nós que somos filhos e filhas do Deus da Vida.
Conclamamos os católicos e a todas as pessoas de boa vontade a se unirem a nós na defesa e divulgação do Evangelho da Vida, atentos a todas as forças e expressões de uma cultura da morte que se expande sempre mais.
Brasília, 03 de março de 2008

Diáconos Permanentes: Mobilização em Defesa da Vida


Este é um dos momentos em que nós, diáconos permanentes, homens casados consagrados ao serviço da Igreja, precisamos manifestar nosso total apoio à Defesa da Vida desde o seu início, isto é, na concepção.

Eu particularmente não tenho o "conhecimento científico" para teorizar sobre o instante inicial em que o ser humano é ser humano. Acredito sim, que o instante em que o óvulo (feminino) recebe a presença do sêmen (masculino), inicia-se o milagre da nova vida.

A partir daí, defendemos a dignidade da pessoa humana em sua plenitude.

Na quarta feira, dia 5 de março, o Supremo Tribunal Federal julgará em Brasília, o recurso da Ação Direta de Inconstitucionalidade, impetrada conta o artigo 5 da Lei de Biossegurança Brasileira, no que abre a possibilidade de se utilizarem óvulos fecundados (com consequênte dstruição dos embriões) para desenvolvimento de experiências laboratoriais.

Alguns cientistas, que são régiamente subsidiados até por entidades governistas, alegam que o fim (salvar outras vidas e potencializar cura de doenças) justificam os meios (sacrificar seres humanos no início de sua existência).

Entidades pró-vida do Brasil mobilizam os cidadãos, às vésperas do julgamento que decidirá o futuro das pesquisas com células-tronco embrionárias no país, para sensibilizarem os ministros do Supremo contra esse tipo de pesquisa..
A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família e a Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida faz um apelo a que as comunidades científicas nacionais e internacionais, da medicina e do direito, expressem seus pareceres junto aos ministros do STF.

Já os organizadores do recém-realizado Congresso Internacional em Defesa da Vida (fevereiro passado no Santuário de Aparecida), chamam os cerca de 300 participantes do evento a também se manifestarem.

Segundo os militantes pró-vida, é importante, nos contatos por e-mail, fax ou telefone, respeitosamente apresentarem argumentos jurídicos e científicos que confirmam que a vida humana tem início na concepção.

Sugiro que além de todas essa inicitivas, motivemos nossas comunidades a entrar em profunda oração para que o Espírito Santo de Deus ilumine a todos para trilharem no caminho do verdadeiro amor cristão.

Subsídios: Zenit e Veja

segunda-feira, 3 de março de 2008

Conselho Permanente da CNBB reitera respeito à vida

A Igreja reitera seu compromisso de defesa da vida em plenitude, isto é, desde a concepção até seu natural declínio. O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reunido de 27 a29 de fevereiro em Brasília, anima e conclama a toda a sociedade independente de credo, ideologia, partido político ou posições filosóficas, para uma mobilização racional em defesa da vida.
O Supremo Tribunal Federal do Brasil julgará na próxima quarta-feira uma ação que define a continuidade ou não das pesquisas com células-tronco embrionárias no país.
«A Igreja volta mais uma vez a dirigir sua palavra em defesa da vida. Esta é a posição básica e fundamental da Igreja. Não significa ser contra a ciência, contra o progresso, mas ser em primeiro lugar a favor da vida», disse o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, ao reafirmar a posição da Igreja contrária ao uso de células-tronco embrionárias para pesquisas.
De acordo com Dom Geraldo Lyrio, os bispos do Conselho Permanente decidiram enviar uma carta aos ministros do Supremo Tribunal para expressar a posição da Igreja.
«Não queremos fazer pressão sobre o STF, mas expor, inclusive como integrantes da própria sociedade brasileira, o nosso ponto de vista», disse.
O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, destacou que a partir do momento que a vida começa, deve ser protegida, inclusive pelas instituições da sociedade civil e do próprio Estado.
Para ele, a Lei de Biossegurança, quando aprovada, trouxe erros graves ao misturar temas completamente díspares num único projeto de lei. «A Lei de Biossegurança abre caminho para a legalização progressiva do aborto e o desrespeito da vida humana», declarou.
Que cada diácono permanente possa participar ativamente desde momento de fundamental importância para definir a preservação da dignidade humana em toda a sua amplitude.
Fonte: Zenit