terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Forum das Pastorais Sociais e Organismos 1


Caros Irmãos em Cristo-Servidor, que a Paz esteja com vocês!

Fórum das Pastorais Sociais e Organismos

A Comissão Regional de Diáconos Sul 1, tem participado do Fórum das Pastorais Sociais e Organismos. Trata-se de um espaço de reflexão, debate e planejamento, mútuo conhecimento, entrosamento e articulação das coordenações das Pastorais Sociais, organismos, movimentos e entidades do Regional Sul 1 da CNBB.

Este Fórum conta com a presença de um bispo indicado pela presidência do Conselho Episcopal e do secretário-executivo do Regional, o que garante a comunhão e a integração com as diretrizes pastorais do Regional Sul 1.

Quem participa do Fórum?

Além do bispo indicado para o Fórum, que atualmente é Dom Jacyr Francisco Braido (bispo de Santos), o Fórum conta com a participação dos representantes das Pastorais Sociais (Operária, Carcerária, Saúde, Povo de Rua, Fé e Política, Migrantes, Afro, Criança, Menor, Sobriedade, dentre outras...), organismos, entidades e movimentos. As reuniões realizadas nos Fóruns são abertas às coordenações interessadas.

O que o Fórum proporciona aos seus participantes?

Ele não é um organismo nem tem função deliberativa. Proporciona aos seus participantes a oportunidade de planejar as ações propostas pela CNBB Nacional e Regional, promovendo a integração, visando eficácia, coerência e entrosamento nas ações conjuntas.

Visa ainda, ser espaço de estímulo e apoio às ações próprias a cada Pastoral, que poderão repercutir, rapidamente, junto a outras Pastorais, movimentos, entidades e organismos.
Ações comuns ao Regional, como as Semanas Sociais, a Campanha da Fraternidade e a Campanha da Evangelização, mostram a importância de um Fórum de integração das ações para que se obtenham melhores resultados na pastoral.
O apelo de todo o Episcopado por um Brasil que queremos exige que esforços isolados sejam integrados em ações que revelem, claramente, o testemunho e o serviço do regional.

O Diaconato e o Fórum

A atual diretoria da CRD Sul 1, por intermédio do presidente Diácono Pascoal, foi convidada a integrar o Fórum das Pastorais Sociais e Organismos. A vida de serviço do Diácono o insere no contexto do Fórum.
No Documento de Aparecida (DA) item 207, observamos sobre os diáconos: “Sua formação os habilitará a exercer seu ministério com fruto nos campos da evangelização, da vida das comunidades, da liturgia e da ação social, especialmente com os mais necessitados, dando assim testemunho de Cristo servidor ao lado dos enfermos, dos que sofrem, dos migrantes e refugiados, dos excluídos e das vítimas da violência e encarcerados.”
Esta destaque dado pelo DA ao Diácono, evidencia a importância de nossa participação ativa no Fórum, pois ordenados fomos para o Serviço da Palavra e da Caridade.

Como participar?

O Diácono é a expressão do ministério ordenado colocado o mais próximo possível da realidade laical e do protagonismo dos leigos. Com os leigos, que santificam o mundo por suas vidas, os Diáconos, pela presença sacramental e testemunho, ajudam a construir um mundo mais de acordo com o Projeto de Deus (Síntese das Diretrizes para o DP, item 3.4.).
Em sua comunidade paroquial ou diocese, existem pastorais e movimentos que desenvolvem ações sociais. Se possível, converse com seu pároco ou o seu bispo, solicitando sua participação ativa nesses trabalhos.
O Fórum das Pastorais tem se reunido na cidade de São Paulo e no próximo dia 20 de fevereiro de 2008, teremos a primeira reunião do ano, onde serão propostas e debatidas atividades para os eventos sociais do ano. Em breve, comunicaremos aos colegas a Pauta para a próxima reunião, pois estamos participando da Comissão que coordenará os trabalhos do Fórum em 2008.

O site do Regional Sul 1 da CNBB mantém informações que e notícias relativos aos trabalhos desenvolvidos pelo Fórum: http://www.cnbbsul1.org.br/index.php

Brevemente transmitiremos mais detalhes destas atividades.

Que o Cristo-Servidor esteja sempre presente em seu coração,
Fraternalmente
Diácono Franco Abelardo

Padre Julio recebe prêmio! Nossas orações continuam!


O padre Júlio Lancelotti recebeu nesta terça-feira (11), em Brasília, o Prêmio dos Direitos Humanos 2007 oferecido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Ele foi contemplado com o prêmio na categoria “Enfrentamento à Pobreza”.

Segundo a secretaria, o prêmio foi um reconhecimento ao trabalho que o padre realiza com moradores de rua e com crianças e adolescentes pobres que têm o vírus da aids.

O prêmio foi entregue cerca de dois meses após Lancelotti denunciar a extorsão de dinheiro que ele sofreu por uma quadrilha. Entre os inquéritos em andamento após as denúncias, um investiga extorsão e enriquecimento ilícito contra o ex-interno da Febem Anderson Batista e o outro investiga corrupção de menor supostamente cometida pelo padre.

O presidente da comissão municipal de direitos humanos de São Paulo, José Gregori, que também foi premiado, fez uma defesa do padre durante a premiação, afirmando que ele tem sido vítima de incompreensões e injúrias.
Padre Júlio foi uma das dez pessoas físicas eleitas pela secretaria para receber o prêmio que foi entregue no Palácio do Planalto. Participaram da cerimônia o ministro Paulo Vannuchi, titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos, o vice-presidente José Alencar e outros ministros. Além do padre, entre os premiados pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos estão o ex-secretário Nacional dos Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça, José Gregori, e Fábio Konder Comparato, doutor honoris causa da Universidade de Coimbra, doutor em direito pela Universidade de Paris, professor titular aposentado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Lancelotti é Teólogo, pedagogo, doutor honoris causa pela PUC/SP e pároco da Igreja de São Miguel Arcanjo. Há anos o religioso desenvolve trabalho em defesa dos direitos dos moradores de rua e da população carcerária de São Paulo.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Presente na Festa da Imaculada Conceição

Vaticano, na Festa da Imaculada Conceição

Caros Sacerdotes, Diáconos e Catequistas,

A Congregação para o Clero, sempre atenta às necessidades atuais dos Sacerdotes, Diáconos e Catequistas no campo da formação, vem apresentar seus novos recursos de informática, como uma ajuda suplementar ao desempenho de suas tarefas ministeriais e catequéticas.

Além dos temas que, desde a Solenidade de Nossa Mãe Imaculada de 1997, habitualmente estão presentes na rede, no site “clerus.org” (www.clerus.org), resolvemos enriquecer essa biblioteca eletrônica, oferecendo-lhes assim um precioso instrumento para o estudo e a pregação. Será possível também, por e-mail, inscrever-se na base de dados da Congregação, para receber diretamente os documentos produzidos pela Santa Sé em geral e, mais especificamente, os produzidos por nossa Congregação. (http://www.clerus.org/email/email_por.html)

Mas a novidade que tenho o prazer de lhes comunicar é a abertura de um novo site na Internet: “bibliaclerus” (www.bibliaclerus.org), que traz, em formato web, um serviço disponível já há dois anos em CD-Rom, contendo o texto da Bíblia em formato multilíngüe, em hebraico, grego, latim, italiano, espanhol, inglês, francês, alemão e português, enriquecido pela interpretação – versículo a versículo – da Tradição e do Magistério, com antologias teológicas, de espiritualidade e litúrgicas. Nessa Bíblia, encontram-se também as leituras da liturgia diária, com o comentário dos Pontífices.

Os dois sites, www.clerus.org e www.bibliaclerus.org, administrados por nossa Congregação, foram gravados em CDs, já enviados a mais de 140 mil sacerdotes e diáconos dos cinco continentes, na expectativa de que um número ainda maior de pessoas possa tirar proveito do sistema de informática desta Congregação.

Ofereço-lhes de todo o coração este humilde serviço. Com o pedido à Virgem Imaculada de frutos abundantes em seu serviço ministerial e catequético, recebam também o afeto daquele que sempre os lembra e os abençoa no Senhor.

Cláudio Card. Hummes
Prefeito

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Lei 9840 - Voto não tem preço, tem conseqüências!

Recebemos uma carta-convite para participarmos na organização das atividades do Comitê 9840 em São Paulo. Como diáconos que procuram servir à sociedade no que ela necessita, acredito que poderemos desenvolver um trabalho justo no "bom combate" à realidade que é a Corrupção Eleitoral, que ainda perdura em nosso País.

Retransmito a íntegra da Carta:

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) lançou recentemente, a partir de Brasília, para todos os Estados Brasileiros, a campanha Eleições Municipais 2008.

Aqui no Estado de São Paulo, um grupo de entidades e cidadãos reuniu-se na OAB/SP, para acompanhar este lançamento e iniciar o processo de organização do Comitê 9840 – São Paulo com o principal objetivo de garantir a aplicação da Lei 9840, no combate à corrupção eleitoral.

De forma a expandir a rede de Comitês 9840, para que possamos efetivamente exercer a necessária fiscalização do processo eleitoral e difundir o lema conscientizador “Voto não tem preço, tem conseqüências”, estamos convidando entidades e pessoas interessadas para a reunião de organização do Comitê 9840 no Estado de São Paulo.

CONVITE

MOVIMENTO DE COMBATE À CORRUPÇÃO ELEITORAL
COMITE 9840 – SÃO PAULO


Reunião para organização de atividades do Comitê 9840 em São Paulo
Dia 11/12 das 18h00 às 20h00

Local: Sede das Comissões da OAB/SP
Rua Anchieta, 35 – Centro – 9º andar
São Paulo - SP

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Sagração ou Ordenação?

SAGRAÇÃO OU ORDENAÇÃO?
Frei Alberto Beckhäuser, OFM

Esta nota vem a propósito da eleição de confrades para o Episcopado e conseqüente celebração do sacramento da Ordem, a Ordenação. Ordenação é a celebração da Igreja que introduz alguém no Grupo (Ordo) daqueles que são revestidos do Espírito Santo para o serviço messiânico de Cristo à humanidade.

Nesta questão a Sagrada Liturgia reformada pelo Vaticano II, exige uma atualização de linguagem.

Em relação às Ordenações:
O novo Ritual das Ordenações, que pertence ao Pontifical, não usa mais o termo “sagração” episcopal ou “consagração” episcopal. Tanto para o episcopado, como para o presbiterado e o diaconado é usado o termo “ordenação”, ligado ao sacramento da Ordem. O Bispo é Ordenante e não Sagrante, Ordenante principal.

Isso tem sua razão de ser. Até o Vaticano II, que se distinguiu como o Concílio do Episcopado ensinando claramente a sacramentalidade do Bispo, a sacramentalidade específica do Bispo ainda era questão discutida em Teologia. Além disso, o uso do termo sagração ou consagração para o Bispo tem a ver com a coroação e “consagração” dos reis e imperadores. Ao serem coroados, eles eram ungidos. Assim também o Bispo era eleito e ungido príncipe da Igreja. O rito da unção na ordenação do Bispo é de origem tardia.

Ao Bispo é conferido o Espírito principal (o Espírito Soberano) que lhe confere a plenitude do sacerdócio. Ficando bem definido o caráter sacramental do Bispo, o novo Ritual de Ordenação, mudou a terminologia, sendo a mesma para os três graus do Sacramento da Ordem. Por isso também o novo Ritual de Ordenações apresenta primeiro a Ordenação de um Bispo. Em seguida, do Presbítero e, por fim, a de Diácono. Esta terminologia reflete-se também na oração de ação de graças, que se segue à imposição das mãos, que não mais se chama “Oração consecratória”, mas Prece de Ordenação.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Está na Hora de Parar de "Enfeitar" a Missa

APARECIDA, domingo, 2 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).
Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».
«A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso», enfatiza.
Poeta e prosadora, uma das mais renomadas escritoras brasileiras da atualidade, Adélia Prado, 71 anos, falou sobre o tema da linguagem poética e linguagem religiosa essa quinta-feira, em Aparecida (São Paulo), no contexto do evento «Vozes da Igreja», um festival musical e cultural.
Ao propor a discussão do resgate da beleza nas celebrações litúrgicas, Adélia Prado reconheceu que essa é uma preocupação que a tem ocupado «há muitos anos». «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão», disse.
«Olha, gente – comentou com um tom de humor e lamento –, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar
Como um primeiro ponto a ser debatido, Adélia colocou a questão do canto usado na liturgia. Especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».
«O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.
Adélia Prado reforçou as observações, enfatizando que «o canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».
Segundo a poeta, «a palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».
«Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui», comentou.
«Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério», disse.
Adélia Prado fez então críticas a interpretações equivocadas que se fizeram do Concílio Vaticano II na questão da reforma litúrgica.
«Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza
«A liturgia celebra o quê?» – questionou –. «O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»
Segundo Adélia, o erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.
«Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco», – disse –. «Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».
«O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério», enfatizou.
«Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»
Segundo a escritora brasileira, barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».
«E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»
«Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando», afirmou.
Para Adélia Prado, «linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».
Com esse espírito, enfatizou, «nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».
Ao destacar que a missa é como um poema e que não suporta enfeites, Adélia Prado afirmou que a celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.
«Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»
«A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada», disse Adélia.
E encerrou declamando um poema seu, cujo um fragmento diz:
Ninguém vê o cordeiro degolado na mesa,
o sangue sobre as toalhas,
seu lancinante grito,
ninguém”.


Muitas vezes em nossas comunidades celebra-se de tudo, menos o verdadeiro sentido sacrificial da Santa Missa. Acordemos!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Salvos na Esperança - 2ª Encíclica de Bento XVI


Já está disponível no site do Vaticano a nova Encíclica do Papa Bento XVI, Spe Salvi (Salvos na esperança). O lançamento foi feito na manhã desta sexta-feira, 30, em Roma.
A Presidência da CNBB publicou uma carta na qual apresenta novo documento do Sumo Pontifica sublinhando sua importância para a Igreja e para toda a sociedade. “Temos certeza de que estes ensinamentos do Santo Padre, que acolhemos com alegria, se constituirão em novo alento para nosso povo, para nossas comunidades e para toda a humanidade tão necessitada da “grande esperança” que dá sentido à vida e força para vencer as dificuldades do dia a dia”.
Leia, abaixo, a carta da Presidência da CNBB sobre a nova encíclica do Papa.
A esperança cristã segundo o Papa Bento XVI
“É na esperança que fomos salvos”. Com estas palavras, tiradas da carta de São Paulo aos Romanos (Rm 8,24), o Santo Padre Bento XVI inicia sua nova encíclica intitulada Spe Salvi (Salvos na esperança), publicada nesta sexta-feira, 30 de novembro, festa do apóstolo Santo André.
Destinada a toda a Igreja, a nova carta do Santo Padre vem chamar nossa atenção para a esperança cristã, razão que não falha, posto que baseada na Palavra do Deus fiel que nos redime. “A redenção nos é oferecida no sentido que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente”, escreve o papa.
Spe Salvi responde, basicamente, a duas perguntas: em que consiste esta esperança que é redenção e o que podemos esperar? Nesse sentido, o Santo Padre lembra, em primeiro lugar, que a fé, adquirida no Batismo, é o fundamento da esperança. Ela “confere uma nova base, um novo fundamento, sobre o qual o homem pode se apoiar e, conseqüentemente, o fundamento habitual, ou seja, a riqueza material, relativiza-se”.
Em segundo lugar, a encíclica recorda-nos que o objeto principal de nossa esperança é a vida eterna, um desejo que nasce da fé. Diante das muitas esperanças sobre as quais construímos nossa vida, é preciso perceber que só Deus é a “grande esperança” e que “o homem tem necessidade de Deus; do contrário, fica privado de esperança”.
O Sumo Pontífice, de maneira clara e objetiva, alude à crise de esperança pela qual o mundo passa, relacionando-a à crise de fé. Mais uma vez, ele esclarece que quando se exclui Deus, a vida se esvazia de sentido e a esperança se torna “perversa”. Tende-se, então, a buscar a redenção na ciência, no progresso, na economia, na política. Tudo isso, porém, diz Bento XVI, deixa um vazio incapaz de dar sentido e satisfazer a esperança humana que só é plenamente satisfeita por um Amor Absoluto.
Em Spe Salvi, o Papa insiste que a esperança cristã não está situada num além imaginário, mas já se faz presente em nós quando o amor de Deus nos alcança e nos torna capazes de amar, abrindo-nos ao outro. “Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor”, mas “um amor incondicionado”. E é exatamente isso que nos faz ter esperança frente a um mundo tão marcado pelo egoísmo, pelas injustiças e por toda sorte de sofrimento.
Salutar, também, é a palavra do Santo Padre ao apontar a oração, o agir, o sofrimento e o juízo como lugares de aprendizagem e de exercício da esperança, dando nova dimensão a essas realidades tão presentes em nossa vida.
Ao concluir sua encíclica, Bento XVI o faz com uma prece a Maria, apontada como estrela da esperança que nos faz chegar a Jesus Cristo, “sol erguido sobre todas as trevas da história”. Ela permanece no meio dos discípulos “como a sua Mãe, como Mãe da esperança”.
Temos certeza de que estes ensinamentos do Santo Padre, que acolhemos com alegria, se constituirão em novo alento para nosso povo, para nossas comunidades e para a toda a humanidade tão necessitada da “grande esperança” que dá sentido à vida e força para vencer as dificuldades do dia a dia. Queremos ser, cada vez mais, pessoas de esperança!
Brasília, 30 de novembro de 2007
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

Igreja incentiva acolhida aos deficientes

Brasil: Arquidiocese cria paróquia para atender pessoas com deficiênciaParóquia Pessoal Nossa Senhora da Ternura, em Curitiba
29 de novembro de 2007 (ZENIT.org).
A arquidiocese de Curitiba (Paraná, sul do Brasil) junto da vizinha diocese de São José dos Pinhais promovem a criação e instalação, neste domingo, da Paróquia Pessoal Nossa Senhora da Ternura, que irá atender pessoas com deficiência.
Segundo informa a assessoria de imprensa da arquidiocese, o projeto visa a enfrentar o desafio da inclusão das pessoas com deficiência nas 163 paróquias que somam as duas dioceses. O evento também marca a passagem do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e será celebrado com a missa de criação e posse do novo pároco.
Padre Wilson Czaia é surdo profundo e foi ordenado sacerdote há um ano, sendo o primeiro padre surdo do Paraná e o segundo do Brasil. A paróquia Nossa Senhora da Ternura será instalada junto da paróquia São Francisco de Paula, no centro de Curitiba. No local já se desenvolve uma experiência de inclusão, mas o espaço será adaptado nos próximos anos com rampas e banheiros, fazendo com que a paróquia seja totalmente acessível. O pe. Ricardo Hoepers, pároco da paróquia São Francisco de Paula e assessor da Pastoral dos Surdos, acredita que, com esta experiência, a paróquia pessoal das pessoas com deficiência será um referencial.«E poderá prestar serviço de assessoria a todas as demais, colaborando para que tenham acessibilidade comunicacional com a inclusão de Libras e Braille e acessibilidade pastoral, abrindo as portas para que pessoas com deficiência possam participar efetivamente em suas comunidades, sem preconceito», disse.
Segundo o sacerdote, o projeto deve motivar outras iniciativas e «cada paróquia que conseguir vencer essas barreiras receberá um Selo de Acessibilidade, provando que a inclusão é possível, a começar pelas nossas Igrejas».
A criação de uma paróquia pessoal está prevista no Código de Direito Canônico e ela não tem um território delimitado como as demais, mas deve atender as necessidades de seus fiéis específicos, como neste caso, das pessoas com deficiência.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Dez Mandamentos Contra o Câncer



29/11/2007 Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro
Agência FAPESP

A amamentação pode ser uma poderosa arma na prevenção de alguns tipos de câncer. Por outro lado, o sal em excesso ou as bebidas açucaradas, como os refrigerantes, podem aumentar as chances de desenvolver tumores no estômago.
Esses são alguns dos alertas do relatório Alimentos, Nutrição, Atividade Física e Prevenção do Câncer: uma perspectiva global, lançado há duas semanas pelo Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer e apresentado no 2º Congresso Internacional de Controle do Câncer, que terminou nesta quarta-feira (28/11), no Rio de Janeiro.
O documento reúne dez recomendações e foi resultado de uma pesquisa de cinco anos que agregou estudos de pesquisadores de diversos países. Esse segundo relatório – o primeiro foi lançado em 1997 – inclui um trabalho brasileiro sobre amamentação, da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, que serviu como base para a décima recomendação.
“O novo relatório, embora apresente recomendações similares às do texto anterior, mostra evidências mais fortes de que essas recomendações estão corretas. O grande diferencial entre as duas publicações é que a atual indica que a prevenção precisa começar ainda mais cedo do que se defendia em 1997”, disse o pesquisador inglês Geoffrey Cannon, editor-chefe do relatório, à Agência FAPESP.
O relatório demonstra a importante associação entre alimentos, nutrição e atividade física com o risco de câncer. Cannon recomenda que os cuidados com a alimentação e com exercícios físicos devem começar desde cedo. De acordo com o estudo, manter-se magro dentro de limites saudáveis, evitando o consumo excessivo de carne vermelha e bebidas alcoólicas, é uma das melhores maneiras para prevenir a doença.
Segundo Cannon, a ligação entre gordura corporal e câncer é mais direta do que se imaginava. Foram encontradas evidências convincentes da ligação da obesidade com seis tipos de câncer: de esôfago, de pâncreas, do endométrio, de rim, de mama (pós-menopausa) e colo-retal.
Outra evidência encontrada no estudo é a ligação entre carnes vermelhas e processadas com o câncer colo-retal. A indicação é que não seja ingerida mais de 500 gramas de carne vermelha cozida por semana. Cannon também ressaltou a necessidade de cuidados com o consumo excessivo de sal e de açúcar. “Como herança da culinária portuguesa, o Brasil apresenta um consumo de sal que está entre os três mais altos do mundo”, alertou.
O especialista inglês destacou a importância de as orientações brasileiras sobre amamentação terem sido incorporadas ao documento. “A amamentação reduz o risco de obesidade na criança e de câncer de mama na mulher. Essa recomendação reforça ainda a necessidade de se trabalhar a prevenção e o controle do câncer por meio de todo o ciclo de vida. A amamentação exclusiva do bebê até os seis meses ajuda a evitar a obesidade, um dos principais fatores de risco para o câncer”, destacou.
Segundo Cannon, combater a obesidade é um desafio difícil. “Quando uma pessoa se torna obesa, o funcionamento do corpo muda, por isso o foco principal do relatório é sobre a prevenção da obesidade. É essencial o limite de alimentos com alta densidade energética”, disse.
As recomendações do Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer para prevenção da doença são:
1. Mantenha-se o mais magro possível, sem ficar abaixo do peso.
2. Mantenha-se fisicamente ativo, por pelo menos 30 minutos todos os dias.
2. Evite bebidas açucaradas e limite o consumo de alimentos de alto valor calórico.
4. Coma mais alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas, cereais e grãos integrais.
5. Limite o consumo de carnes vermelhas e evite carnes processadas.
6. Se for consumir bebidas alcoólicas, limite-as a duas doses ao dia se for homem e a uma dose se for mulher.
7. Limite o consumo de alimentos salgados e de comidas industrializadas com sal.
8. Não use suplementos alimentares para se proteger contra o câncer.
9. Lembre sempre: não fume.
10. Amamente as crianças até os seis meses.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Batismo nas Igrejas Católicas

As Igrejas Católica, Anglicana do Brasil, Luterana no Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia assinaram no dia 15 de novembro uma declaração de Reconhecimento mútuo da Administração do Sacramento do Batismo.
A cerimônia de assinatura da declaração realizou-se em São Paulo, no Mosteiro de São Bento, no contexto das comemorações dos 25 anos do Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil). Representando a Igreja Católica, participou Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
No documento, as Igrejas afirmam que aceitam que «o Batismo foi instituído por Jesus Cristo e é fundamentalmente dádiva gratuita de Deus ao batizando, vinculando-o com a morte e a ressurreição de Cristo (Rm 6,3-6), para perdão dos pecados e uma nova vida. Essa dádiva de Deus é recebida em Fé».
Assinalam também: «ensinamos que o Espírito Santo desceu sobre Jesus no seu Batismo, desceu e desce também hoje sobre a Igreja, tornando-a comunidade do Espírito Santo que, em testemunho, serviço e comunhão fraterna proclama o seu Reino».
«Aceitamos o Batismo como vínculo básico da unidade que nos é dada pela fé no mesmo Senhor.»
«Aceitamos o Batismo na dimensão irrepetível da nossa consagração em Cristo para a edificação do seu Corpo, tendo em vista o nosso crescimento à perfeita maturidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4,13).»
O texto conjunto reconhece ainda: «Administramos o Batismo com água e em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, para remissão dos pecados, de acordo com a intenção e a ordem de Cristo (Mt 28, 18-20). Com este mútuo reconhecimento excluímos a possibilidade de re-batismo, em caso de passagem de membros de uma Confissão para outra».
«Damos graças a Deus por este vínculo básico de unidade que nos é dado e pedimos a assistência do Espírito Santo para vencermos as divisões e nos comprometemos a prosseguir na jornada em prol da perfeita unidade cristã», encerra a declaração, difundida pelo Conic.
Além de Dom Geraldo Lyrio, assinaram o documento Dom Maurício de Andrade, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; Pr. Dr. Walter Altmann, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Pr. Manoel de Souza Miranda, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil; Mons. Antônio Nakkoud, da Igreja Sirian Ortododoxa de Antioquia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Descriminalização do aborto é rejeitada!

POR ADRIANA FERNANDES - Agencia Estado

BRASÍLIA - Com uma grande mobilização da Igreja Católica e da Pastoral da Criança, os delegados da 13ª Conferência Nacional de Saúde rejeitaram hoje a proposta de apoio à legalização do aborto no País. A proposta foi a primeira a ser votada no plenário final do encontro, que reuniu 5 mil pessoas em Brasília.
A expectativa do Ministério da Saúde era de que a proposta fosse aprovada, já que sete das dez plenárias preliminares aprovaram o apoio à descriminalização do aborto. "A descriminalização não é uma solução boa para a mulher. O aborto não resolve o problema de saúde no Brasil", disse Clóvis Boufleur, da Pastoral da Criança, e um dos principais articuladores na Conferência para a rejeição da proposta. Segundo ele, a vitória só foi possível depois que a palavra "aborto" foi incluída no texto da proposta a ser votada. Quando a proposta foi discutida nas plenárias, segundo ele, a palavra aborto não constava do texto. "Muitas pessoas não sabiam direito o que estavam votando", disse o representante da Pastoral.
Para Boufleur, a decisão reflete a posição da sociedade e reforça a pressão política no Congresso Nacional contra a aprovação de projetos a favor do aborto. O diretor de Ações e Programas Estratégicos do Ministério da Saúde, Adson França, favorável à proposta rejeitada, criticou a decisão, classificando-a como "hipócrita". Segundo ele, o aborto é um problema de saúde pública, que precisa ser enfrentado pela sociedade. França reclamou do fato de a proposta ter sido a primeira a ser votada, quando o plenário da Conferência Nacional de Saúde ainda não estava cheio e era ocupado, na maioria, por representantes mobilizados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Esta é uma boa notícia a todos que defendem a dignidade da vida humana em todas as fase de sua realização. Esperamos que a Campanha da Fraternidade de 2008, produza também muitas ações em favor da Vida.

O Consistório Cardinalício


O cardeal Eugenio de Araujo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro (Brasil), criado cardeal em 1969, sob o papado de Paulo VI, falou à Agência Zenit sobre o próximo Consistório para a Criação de novos cardeais, a se realizar no próximo domingo, 24 de novembro, no Vaticano.

–Como será o próximo Consistório para a criação de novos cardeais?

Cardeal Eugenio de Araujo Sales: O próximo Consistório Ordinário Público para a criação de 23 novos cardeais inclui a realização de um dia de reflexão e oração na Sala nova do Sínodo dos Bispos. O cardeal Walter Kasper exporá o tema: “Informação, reflexão e avaliação do momento atual do diálogo ecumênico”. A seguir e à tarde, intervenção livre por parte dos cardeais sobre o tema e sobre a vida da Igreja em geral.

–Que significado tem ser cardeal?–

Cardeal Eugenio de Araujo Sales: O Cardeal, antes de ser o representante do pluralismo na Igreja, tem o sagrado dever de servir com todo empenho o Santo Padre contribuindo, assim, para que o “múnus” petrino possa ser mais eficaz. O Colégio Cardinalício, com cada um dos seus membros, deverá favorecer o “múnus” unificador do Papa. A ordem deixada por Cristo é bem clara: sejais um para que mais eficazmente o povo de Deus possa crescer.

O Cardeal, principalmente quando bispo residencial, tem uma grande influência no seu país ou em sua região. Essa riqueza de conhecimento diversificado contribui para o bem da Igreja. Os cardeais são um grupo privilegiado pela importância das funções que muitos deles ocupam ou ocuparam e simplesmente por sua proximidade ao Papa e por seu peculiar serviço na oportunidade de uma eleição.

Não assumir uma total disciplina e amor à unidade é dificultar ao Papa o exercício de seu “munus” petrino; é diminuir o testemunho da Igreja diante do mundo.

Essas reuniões do Colégio Cardinalício muito ajudam a evitar tudo que possa prejudicar a unidade da Igreja e a função do Papa. O Cardeal, com seu juramento de fidelidade, supera as forças centrífugas e tendências ocasionalmente contraditórias e que se tornam espetáculo diante de um mundo sem princípios.
Essas reuniões ajudam a enfrentar os desafios do mundo hodierno, conforme o mandato de Cristo: “Que sejam um para que o mundo creia” (Jo 17, 21).


Fonte: Zenit.org

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cuidado com os ditadores!

A América Latina está sendo invadida por diversos grupos que desejam de forma evidente a volta desses ditadores, que oprimem e devastam o pensamento do ser humano. Essa atitude não é coerente com o que pregamos no pensamento cristão.
É preciso que alguém faça o povo voltar à razão. O evento do "Cala Boca" ocorrido com o rei Juan da Espanha, acordou uma parte do povo globalizado que acredita nesses falastrões de fala grossa e mente fina.
Concordo com esta opinião obtida no site do sr. Olavo de Carvalho, mostrando o lado negativo da mídia e dos meios de comunicação:

Quanto ao sr. Hugo Chávez, fazendo diante da reprimenda aquela expressão inconfundível de perplexidade e medo, mostrou algo que há anos venho dizendo: todos esses líderes revolucionários, a começar por Fidel Castro, pelos chefes das Farc e pela multidão dos nossos terroristas indenizados por seus próprios crimes, são indivíduos fracos, covardes, frouxos, bons para atirar em manifestantes desarmados ou para matar pelas costas adversários desprevenidos, mas incapazes de qualquer ato de genuína coragem, que por definição é sempre um ato solitário. Valentes diante dos holofotes ou fortalecidos pela proteção de uma rede internacional de cúmplices, tão logo se vêem abandonados à própria sorte só o que sabem fazer é implorar como Che Guevara: “Não me matem! Não me matem!” Mostra-me os teus heróis e eu te direi quem és.

Rede internacional de cúmplice: governo brasileiro incluído (observação minha).

Os filhos do divórcio, mais um desafio diaconal!

Da Universidade Católica de Milão na Itália vem a informação:
Esperança para filhos do divórcio: «grupos de palavra»
Consciente do «grande sofrimento» das crianças pela separação de seus pais, a Universidade Católica de Milão instituiu um apoio específico para elas: os «grupos de palavra».«O que será de mim? Poderei ver ainda o papai e a mamãe? Quem me dará de comer? Quem me pegará no colégio?»: são perguntas que, entre outras muitas, se fazem os filhos destas tragédias, aponta o jornal italiano «Avvenire» em seu suplemento de família da sexta-feira passada, difundindo a iniciativa terapêutica.
Há dois anos, os «grupos de palavra» formados pela Universidade Católica de Milão oferecem um espaço de apoio e intercâmbio a crianças de seis a doze anos com pais separados ou divorciados. É parte do Serviço de psicologia clínica para o casal e a família, aberto ao público.
O «grupo de palavra» é dirigido por psicólogos que também atuam como mediadores familiares e que se formaram especificamente para isso.
Do enorme sofrimento dos menores pelas separações de seus pais se tem experiência no lugar, e evidências na Itália e outros países europeus, como França e Bélgica, explica ao jornal Costanza Marzotto, professora da Universidade Católica de Milão.«Nos grupos de palavra observamos que o evento que afeta os adultos com freqüência não é explicado suficientemente às crianças», alerta. Nelas, os efeitos da separação podem se traduzir em confusão, medo, desorientação na organização da própria vida diária, culpabilidade, depressão infantil por um luto (pela perda).
As crianças «ouvem falar de advogados e de tribunais, e não entendem. O objetivo do «grupo de palavra» é o de oferecer uma ocasião para dar nome a estes acontecimentos, adquirir informação, e também explicar que emoções se experimentam, assim como os medos pela separação.«Em muitas famílias se acumulam fortes tensões e as crianças assistem a eventos traumáticos – diz uma psicóloga. O grupo de palavra permite reconstruir e recordar o fato específico que, uma vez nomeado, se decifra e redimensiona.»
Acreditamos que este tipo de inicitiva acollheria muitos jovens de nossas comunidades, integrando-os num ambiente fraterno onde se prega o verdadeiro amor cristão. O divórcio uma "tragédia" diária em nossas famílias gera crianças e jovens carentes de um sentido maior de amor. Se os pais não entendem a importância do convívio fraterno, a Igreja sente-se chamada a preencher esta lacuna na vida de tantas pessoas. E os diáconos, homens casados que vivenciam a família, são capacitados para organizar esse grupos, mobilizando voluntários que ajudem a caminhada desses jovens.
Fonte: Zenit.org

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Campanha da Fraternidade 2008

Anualmente a CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasi - desenvolve um tema para a Campanha da Fraternidade, resultando sempre numa grande oportunidade para conscientizar as pessoas no convívio social. Geralmente, o tema da defesa da vida está presente em todas as campanhas, sob diversos diversos, inclusive várias campanhas utilizam o têrmo "Vida".
Em 2008 o foco vai voltar para duas áreas problemáticas na sociedade atual, que é a situação da vida no início e no seu final. A questão do nascituro e de sua mãe; a questão do início da vida; a questão do aborto; a manipulação de embriões humanos; a bioética e a questão dos idosos e doentes (principalmente em estado terminal).
No mundo da biotecnologia, então temos a problemática da manipulação genética, da clonagem e passamos ainda à questão dos transgênicos, da biodiversidade, da própria ecologia e sobrevivência do planeta.

A mensagem bíblica na questão da vida é bem clara: somos criados à imagem e semlhança de Deus. O ser humano é co-criador de Deus na própria criação e tem uma responsabilidade única entre todos os seres vivos: tornar esse mundo mais humano e de acordo com a vontade do Pai. Daí que, o anúncio de uma antropologia integral, passa a ser fundamental nessa temática da defesa da vida e, inclusive, convivemos com o fenômeno cultural que vai introjetando nas pessoas uma inversão de valores. O que antes era um grave defeito se torna virtude. Exemplo: não matar sempre foi um mandamento respeitado na consciência de todos, mas de repente coitadinho daquele meu avô que está doente, então vamos abreviar o seu sofrimento. Então, matar se torna sinônimo de amor, de caridade. Coitadinha daquela criança que vai nascer numa família pobre, sem educação, então vamos impedir que ela nasça, para que não criemos mais bandidos...!! Então, existe uma inversão de valores que surgiu e está se arraigando.

Que nesta Campanha da Fraternidade de 2008, mais uma vez os diáconos permanentes, homens que convivem na sociedade na família e no mundo do trabalho, seja verdadeiros missionários de Cristo, levando discernimento e consciência a todos

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Missa pelo Celular?!?!

Na Polônia, se pode "assistir" à missa pelo celular

Varsóvia, 10 nov (RV) – Na Polònia, pela módica cifra de pouco mais de 1 euro, é possível "assistir" à santa missa diretamente no celular, graças à iniciativa de uma paróquia da localidade de Lublin, leste do país, que se propôs levar a Palavra de Deus a todos os rincões da Polônia e da Europa.
"Transmitimos todas as eucaristias para celulares, ainda que recordando a importância de se participar da santa missa mediante a própria presença na igreja" recordou Pe. Florian Gruca, pároco da igreja de Lublin, idealizador da iniciativa.Pe. Gruca explicou que a idéia nasceu graças a um dos paroquianos - Andrzej Filipowicz - diretor de uma empresa de tecnologia multimedial, segundo informa, nesta sexta-feira, o diário "Dzennik".
"Colocamos uma câmara e um microfone na paróquia, a fim de que pudéssemos transmitir imagem e som da celebração eucarística, para quem desejasse receber os vídeos em seus celulares" revelou Filipowicz. O serviço, segundo ele, já conta numerosos usuários e não apenas na Polônia."Há pessoas que solicitam o download desses vídeos, de lugares exóticos e distantes, como o Laos e a China, e também da Inglaterra e da Irlanda, onde há uma significativa população de emigrantes poloneses" acrescentou.
Para Pe. Florian Gruca, é necessário que a Igreja se adapte aos novos tempos e faça uso das novas tecnologias, para fazer chegar a Palavra de Deus a todos aqueles que não querem se locomover para ir até a paróquia mais próxima. (AF)
Fonte: Site CNBB Sul 1 - Publicado em 12/11/2007

Tribuna Independente entrevista Dom Odilo


A Rede Vida de Televisão exibe (ao vivo) de São Paulo, no programa "Tribuna Independente", entrevista com o cardeal nomeado dom Odilo Pedro Scherer. O entrevistado falará sobre a posse cardinalícia, o centenário da arquidiocese de São Paulo e o Ano Paulino. O programa será transmitido hoje, dia 12 de novembro às 22h00 - Canal 34 UHF. Dom Odilo foi nomeado cardeal pelo papa Bento XVI no dia 17 de outubro deste ano. A posse cardinalícia será no dia 24 de novembro, em Roma. Na ocasião, os novos cardeais receberão as insígnias cardinalícias, o anel e o barrete. O programa permite que os telespectadores enviem suas perguntas e comentários ao entrevistado, através do telefone ou fax, (0xx17) 3355-8432 ou pelo e-mail tribunasp@redevida.com.br.

Dom Odilo recebe a Comissão de Diáconos de SP



A diretoria eleita da Comissão Arquidiocesana de Diáconos foi recebida na sexta feira dia 9 de novembro, pelo Arcebispo metropolitano, Dom Odilo Pedro Scherer. Esta reunião, assistida pelo presbítero acompanhante Padre Antonio Carlos R. Keller, representou um importante momento para a caminhada diaconal na cidade de São Paulo. Os diáconos apresentaram a Dom Odilo o resumo das atividades e foram estabelecidas algumas metas a serem atingidas nos próximos anos.

Reafirmou-se a importância de cada Diácono desempenhar seu ministério orientado pelas necessidades de sua Paróquia, Região Episcopal ou da própria Arquidiocese. O Bispo de sua região orientará as atividades do Diácono, que na medida do possível e da necessidade, realizará seu serviço na Liturgia, na Palavra e na Caridade. Dom Odilo reconhece a importância da Comissão como promotora da formação e como o fórum para o conhecimento e integração dos Diáconos da Arquidiocese.
O Arcebispo manifestou aos presentes a necessidade da criação do Diretório dos Diáconos Permanentes para a Arquidiocese de São Paulo, baseado nas diretrizes dos documentos que dizem respeito à Formação e Vida dos diáconos editados pela Congregação para Educação Católica e pela Congregação para o Clero.
A CAD foi reconhecida por nosso futuro Cardeal, como o meio para a integração dos diáconos, permitindo a troca de experiências e o desenvolvimento de ações para aprofundar o ministério do Cristo-Servidor na cidade de São Paulo.

Convidado pelos diáconos, Dom Odilo prontificou-se a participar do próximo retiro dos Diáconos da Arquidiocese, presidindo a Santa Missa do domingo 27 de julho e, em abril de 2008, preparar uma manhã de formação aos diáconos.

Novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil

Dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, concedeu entrevista onde destaca ações e perspectivas da Igreja no Brasil.

“Estamos agora preparando as novas diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, que serão aprovadas na próxima Assembléia Geral, em Itaici, e estamos nos esforçando justamente para fazer uma recepção criativa do Documento de Aparecida. Fizemos questão de envolver os regionais o máximo possível nessa preparação para a Assembléia Geral com um questionário que foi encaminhado aos diretores regionais para que procurassem envolver os próprios coordenadores arquidiocesanos de pastorais e bispos.”

Que os Diáconos Permanentes possam contribuir em sua regiões para o enriquecimento desse documento, que terá grande importância em nossa caminhada, principalmente na dimensão da Caridade.

domingo, 11 de novembro de 2007

Comissão Episcopal CNBB Sul 1

Comissão Episcopal Representativa se reúne em SP

No dia 8 último, reuniu-se na sede do Regional Sul 1 (São Paulo) a Comissão Episcopal Representativa Ampliada da CNBB. Participaram da reunião os Bispos presidente das 8 Sub-Regiões Pastorais do Regional, Padres Subsecretários das mesmas Sub-Regiões, Coordenadores de Organismos, Pastorais, movimentos e Associações do Sul 1.

Esta reunião se realiza duas vezes ao ano: uma no primeiro e outra no segundo semestre e tem dois momentos: o primeiro reúne todos os participantes e o segundo reúne só os Bispos.

Após a leitura da ata da reunião anterior, foram feitas algumas considerações sobre a Assembléia das Igrejas, realizada no final de outubro, propostas para 2008 e comunicados sobre as principais atividades realizadas pelas diversas áreas pastorais do Regional.

Foram analisadas as conclusões da Assembléia das Igrejas e foi concluída que o Regional deve adaptar o Projeto de Ação Missionária Permanente (PAMP) incluindo propostas do documento de Aparecida e já tendo em vista as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que serão elaboradas e aprovadas na próxima Assembléia Geral dos Bispos do Brasil no início de 2008.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB

A Comissão Regional de Diáconos Sul 1 tem participado dessa Comissão Episcopal, visando integrar o Diaconato Permanente nas atividades ligadas ao serviço ao Povo de Deus, principalmente aquele que são marginalizados e excluídos de uma vida digna. O Diacono José Carlos Pascoal – presidente da CRD Sul 1 - e o Diácono Franco Abelardo - Arquidiocese de São Paulo representam os diáconos nessa Comissão.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Diaconia Unversitária - Reunião 14/11

Caros Irmãos, Paz e Bem!
Nestes primeiros momentos da Diaconia Universitária na Arquidiocese de São Paulo, estamos convidando os irmãos que de alguma forma estão envolvidos nas Pastorais Universitárias, visando o bom andamento desta caminhada.
Ficaremos felizes com sua participação no próximo dia 14 de novembro, às 13h30 na Cúria Central, na Avenida Higienópolis, 890.
Nesta reunião contaremos com a presença de Dom José Benedito Simão que, com os diáconos envolvidos, apresentarão os objetivos e perspectivas da Diaconia para o próximo triênio.
Antecipadamente agradecemos seu apoio pastoral para que possamos incentivar os jovens universitários a caminharem como profissionais configurados ao Cristo-Servidor.

Fraternalmente
Diácono Franco Abelardo
11 3851 0464 - 7426 5641

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cônego Padre Antonio Manzatto


25 Anos de Ordenação Sacerdotal

O Cônego Antonio Manzatto completa 25 anos de Ordenação Sacerdotal e no dia 17 de novembro às 19h00, será celebrada Santa Missa na Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, presidida por Dom Odilo Pedro Scherer. Estamos todos convidados para esse importante momento desse nosso irmão de caminhada.
Pe. Antônio Manzatto é doutor em Teologia pela Univerdade de Lousanne, na Bélgica. Atualmente, é o diretor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Arquidiocese de São Paulo.

A Comissão Arquidiocesana de Diáconos da Arquidiocese de São Paulo parabeniza o Pe Manzatto por essa data tão importante em sua caminhada ministerial.

Viver numa "Democracia" exige discernimento cristão!

Muitas leis democráticas exigem objeção de consciência, explica Stefano Fontana, diretor do Observatório Internacional Cardeal Van Thuân.
VERONA, terça-feira, 6 de novembro de 2007 (ZENIT.org).- «Os casos de aborto e de eutanásia não são os únicos que exigem a objeção de consciência», adverte Stefano Fontana, diretor do Observatório Internacional Cardeal Van Thuân (www.vanthuanobservatory.org), foco de promoção da doutrina social da Igreja.
O último boletim do Observatório, de sexta-feira passada, converte-se em porta-voz dessa realidade, publicando um comentário com o título «A objeção de consciência é um problema político. Sociedade democrática, relativismo e objeção de consciência». «O relativismo que guia freqüentemente a legislação nos países ocidentais situa o cristão diante de novos problemas de consciência – constata. É o caso de leis que legalizam o aborto ou a eutanásia.»
Recorda que João Paulo II indicou que «leis desse tipo não só não criam nenhuma obrigação de consciência, mas, pelo contrário, estabelecem uma grave e precisa obrigação de opor-se a elas mediante a objeção de consciência («Evangelium vitae», 73). Mas estes casos «não são já os únicos que exigem a objeção de consciência», aponta Fontana, aludindo ao recente discurso no qual Bento XVI sublinhou «a obrigação da objeção de consciência para os farmacêuticos». «Pensemos em uma enfermeira que trabalha em um hospital no qual se praticam abortos», ou nos «funcionários de um município onde se registram uniões civis de pessoas do mesmo sexo», ou «em um empregado de um laboratório no qual se realizam seleções de embriões humanos», ou os trabalhadores de «editoras ou televisões que produzem material pornográfico», ou «em muitos advogados ou juizes que já se encontram com freqüência diante de situações-limite», exemplifica o diretor do citado Observatório Internacional.
Assim, «a objeção de consciência já é um problema político», considera. Daí que seja necessário, em sua opinião, «empreender uma profunda reflexão sobre a objeção de consciência em política, vista como ‘resistência’, mas também como ‘renovação’, isto é, como um empenho não só negativo, mas também positivo e propositivo». Stefano Fontana denuncia que, ao mesmo ritmo em que se «ampliam os casos nos quais se está chamado à objeção de consciência, assiste-se também a freqüentes negações desse direito». «Ambas coisas se devem ao relativismo, que mostra assim sua íntima contradição», sintetiza.
O relativismo – explica – «propõe uma liberdade de consciência quase total, mas se um funcionário municipal rejeita registrar um casal homossexual, esse mesmo relativismo o impediria»: «denunciaria essa liberdade de consciência como imposição e violência para a liberdade de consciência». Trata-se «de um dos aspectos mais sutis da ‘ditadura do relativismo’», conclui.

Em nosso cotidiano como diáconos casados, enfrentamos muitas vezes situações do tipo acima enunciado. Isto exige muita determinação e cuidado pois, apesar de necessitarmos do trabalho para obter o pão de cada dia, precisamos agir como cristãos frente à visão "democrática" da vida humana. Ao nos deparamos com essas dúvidas, nada melhor que recorrer ao nosso Mestre dos mestres e fazer a pergunta: Como agiria Jesus nesta situação?
Com o conhecimento da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja sempre teremos respostas coerentes aos nossos dilemas. Paz e Bem!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Padre Júlio Lancelotti - Nota à Imprensa

NOTA À IMPRENSA A RESPEITO DE PE JÚLIO LANCELOTTI
A Arquidiocese de São Paulo manifesta sua satisfação pelo trabalho de investigação da Polícia, que resultou na prisão de várias pessoas acusadas de atos de chantagem e extorsão contra o Padre Júlio Lancelotti. Esse era um passo muito esperado e necessário para o prosseguimento das investigações e para que a verdade sobre as suspeitas levantadas contra o Padre possa aparecer.
Por outro lado, causam grande perplexidade as acusações levianas feitas contra o Padre Júlio, que é bem conhecido, há muito tempo, e sempre esteve em evidência na cidade de São Paulo; seu trabalho social foi sempre devidamente monitorado por quem de direito. Com seu valioso trabalho social em benefício de numerosas pessoas que vivem em condições de total exclusão social e, muitas vezes, em situações de marginalidade, e com seu trabalho religioso, ele sempre buscou ajudar essas pessoas a recuperarem sua dignidade, para uma adequada re-inserção social. Para isso, ele teve e tem o incentivo e o apoio da Igreja e também de grande parte da sociedade.
É bom recordar que foi o próprio Padre Júlio quem apresentou a denúncia à polícia de ele que estava sendo vítima de extorsão e, para isso, era chantageado, mediante a ameaça da acusação de pedofilia. Sobre isso foi recolhido farto material comprobatório. Lamentavelmente, de vítima, agora ele está sendo transformado em réu. Toda pessoa deve ser considerada inocente, até provas em contrário. Aos acusadores cabe a responsabilidade de apresentar provas convincentes para suas acusações. E ninguém pode ser condenado, mesmo na opinião pública, antes do processo formal e sem ter tido a possibilidade ampla de defesa.
Padre Júlio tem a solidariedade da Arquidiocese de São Paulo, que confia no trabalho da justiça e estará acompanhando as investigações.
São Paulo, 27 de outubro de 2007

D. Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo

Caros Irmãos, este é um momento para conscientizarmos nossas comunidades de como a Igreja Católica é atacada por todo tipo de pessoas que só pensam em enriquecer às custas da exploração. Como servidores de Cristo, os diáconos permanentes aliam-se à comunidade cristã, apoiando o Padre Júlio nesta passageira tormenta em sua caminhada como homem de Deus.

Entrevista de Dom Odilo - Cardeal


Nova missão como cardeal


BRASÍLIA, segunda-feira, 29 de outubro de 2007 (ZENIT.org).

No próximo dia 24 de novembro, em Roma, acontece o Consistório no qual Bento XVI criará os 23 novos cardeais anunciados no dia 17 de outubro, entre os quais o arcebispo de São Paulo (Brasil), Dom Odilo Pedro Scherer.

Em entrevista à Assessoria de Imprensa da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o novo cardeal fala sobre sua nomeação e sobre as funções que lhe caberão como membro do colégio de conselheiros do Papa.

Quais são as funções do cardeal?

Dom Odilo: Os cardeais formam um colégio de auxiliares diretos do papa que o assistem em função de sua missão universal diante da Igreja. Podemos dizer que os cardeais são um colégio de consultores, de conselheiros. A função principal do colégio cardinalício é eleger o novo papa quando for o momento.

Quando o colégio cardinalício se reúne?

- Dom Odilo: Não há reuniões periódicas, mas sempre quando o papa convoca como no Consistório que é a reunião dos cardeais com o papa. O único ato do qual eles automaticamente participam é o conclave. Para os sínodos, por exemplo, precisam ser eleitos por suas respectivas Conferências Episcopais. Quando isso não acontece, a maioria é convocada para participar do sínodo.

Como é o Consistório durante o qual são criados os novos cardeais?

Dom Odilo: Em Roma existe todo um ritual e a cidade participa muito. Hoje o colégio cardinalício é universal, mas antes, quando ainda existia o Estado Pontifício, o colégio era quase só italiano e, sobretudo, romano. Por isso o povo romano considera os cardeais como parte do clero de Roma. Isso fica configurado na entrega simbólica de uma paróquia de Roma a cada cardeal ou de uma Igreja de Roma como igreja titular sobre a qual, teoricamente, o cardeal deve velar. Simbolicamente isso significa que cada cardeal é membro do clero de Roma e, na eleição do papa, o clero da diocese de Roma, na pessoa dos cardeais, escolhe o seu bispo.

Que critérios o papa usa para anunciar os cardeais? Existem sedes cardinalícias?

Dom Odilo: A nomeação dos cardeais é estrita decisão do papa. Mas existem algumas situações que tornam previsível esta nomeação. Não existem, propriamente, sedes cardinalícias. O título é da pessoa e não da sede, tanto assim que, quando o cardeal é transferido, ele leva consigo o título de cardeal. Porém, existem sedes e funções de serviços, por exemplo, a cúria romana, onde por tradição e pela história sempre houve um cardeal. Por exemplo, ficaria muito estranho, para a opinião pública ou para tradição, que de repente não houvesse mais cardeal no Rio de Janeiro ou em Milão ou em Paris. Portanto, embora não se possa falar em sedes cardinalícias, existem sedes que normalmente sempre terão cardeais.

Quais seriam as do Brasil?

Dom Odilo: No Brasil, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo são sedes que, desde há várias décadas, tiveram cardeais e, certamente, sempre terão.

O Brasil poderia ter mais cardeais?

Dom Odilo: O Brasil tem nove cardeais, mas cinco deles já são arcebispos eméritos, inclusive já tendo passado dos 80 anos e, por isso, de acordo com as normas atuais, não participam mais da eleição do papa. Então o Brasil tem quatro cardeais eleitores. Dizer que o Brasil poderia ter mais ou menos cardeais, isso é uma decisão que depende do Santo Padre. Há grandes arcebispos no Brasil que evidentemente poderiam ser cardeais, mas não se trata disso. Tradicionalmente existe um equilíbrio de número de cardeais. O número dos eleitores do colégio cardinalício não deve estar abaixo de 120 cardeais e não vai muito além desse número. O número é distribuído com muito cuidado para que haja representação dos vários países e dos continentes. Existem alguns países que têm de fato um maior número de cardeais, como os Estados Unidos e a Itália. Isso faria pensar: o Brasil, um grande país católico, poderia ter mais cardeais? Naturalmente são reflexões que podem ser feitas, mas isso não é o determinante. Na verdade, o tempo é que foi levando ao fato de na Itália, por ser também um país de antiga tradição católica, haver muitos cardeais e, no Brasil, menos. É difícil mudar a tradição. De repente, diminuir o número de cardeais da Itália para nomear mais cardeais para o Brasil poderia se tornar uma situação complicada. O tempo é que vai mudando e adequando o equilíbrio da representatividade dos cardeais.

Como o senhor recebe esta nomeação e outras funções que tem assumido na Igreja? Não foi rápido demais?

Dom Odilo: Isso tudo me coloca diante dos misteriosos planos de Deus. Posso dizer com toda tranqüilidade que essas nomeações não vêm da vontade da gente, mas por decisão superior do papa. Ponho-me diante dessa consideração: o que Deus quer de mim? Reconheço que tudo está indo muito rápido e, às vezes, me espanto com isso, mas procuro me colocar diante da interpelação de Deus e participar das responsabilidades da vida da Igreja.

A nomeação cardinalícia me colocou, além da responsabilidade pela arquidiocese, também diante da Igreja no mundo inteiro porque o papa é responsável pela igreja no sentido global e os cardeais o auxiliam. Passando de um plano pessoal, minha nomeação é uma forma como o Brasil é chamado a dar uma contribuição para a Igreja no mundo. De minha parte, recebi tudo com muita simplicidade e muita humildade. Isso não muda meu jeito de ser exceto o sentimento de uma maior responsabilidade e a consciência de maior empenho e seriedade em tudo o que faço e digo porque agora será sempre: o cardeal disse. Isso pesa.

O que significa para uma diocese e para a Conferência Episcopal de um país ter um cardeal?

Dom Odilo: O título cardinalício está ligado, certamente, a uma consideração particular na opinião pública e na Igreja. Por isso quando uma cidade tem um cardeal, isso honra a cidade, a diocese e o país, sobretudo os países de cristianismo mais recente. Existe, sim, uma consideração particular para o país, para sede, a diocese, a conferência episcopal e para a própria pessoa. Não há como negar isso. O papa ter escolhido um cardeal do Brasil entre os 23 anunciados é um fato que honra. A gente pode dizer: o papa se lembrou do Brasil, de São Paulo, da CNBB. O fato de eu ter trabalho na CNBB até esse ano e o papa, depois de poucos meses de minha nomeação para São Paulo, ter me nomeado como membro do colégio cardinalício é motivo de alegria particular.


Esta entrevista esclarecedora foi aqui reproduzida, para que cada Diácono possa divulgar estas informações às suas comunidades. A Igreja do Brasil está em festa e devemos todos participar com muita alegria deste momento!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Candidatos ao Diaconato recebem os Ministérios


No domingo dia 28 de outubro, tivemos a alegria de participarmos da Santa Missa presisida por Dom Odilo na Catedral da Sé, onde onze candidatos ao Diaconado receberam os ministérios do Acolitado e do Leitorado.

Pedimos que todos incluam em suas orações, o pedido para que, estes homens chamados ao serviço da Igreja, perseverem na caminhada.

Em março de 2008, esperamos a Ordenação de pelo menos 12 Diáconos Permanentes, que com certeza, vão encontrar muito trabalho nesta Arquidiocese.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Igreja faz a primeira Festa de São Frei Galvão



Novena preparatória do dia do santo brasileiro (25) teve participação de bispos






Diante da imagem de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, dom Odilo
e padre Armênio (dir.) durante novena do 1º santo brasileiro

Diácono Francisco Gonçalves/O SÃO PAULO

Na comemoração da primeira festa de frei Antonio de Sant´Ana Galvão - frei Galvão -, o primeiro brasileiro nato a merecer a grande honra dos altares, a ser realizada na quinta-feira, dia 25, o Mosteiro da Luz de São Paulo (avenida Tiradentes, 676, na Luz, centro de São Paulo) está promovendo novena em louvor ao santo, que era sacerdote da Ordem dos Frades Menores Descalços, e que foi beatificado pelo papa João Paulo 2º, no dia 25 de Outubro de 1998, em Roma, e canonizado pelo papa Bento 16, em São Paulo, dia 11 de Maio de 2007.
A novena se iniciou, dia 16, com pregação de dom Francisco Manuel Vieira, bispo emérito de Osasco (SP), sobre o tema “Frei Galvão, o homem movido pelo Espírito Santo”.
A programação, sempre às 20h, obedeceu ao seguinte calendário: dia 17, dom Pedro Luiz Stringhini, bispo na Região Belém, falou sobre “Frei Galvão, o homem que conheceu a colher de pedreiro”; dia 18, dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, abordou o tema “Frei Galvão, o homem da Palavra de Deus”; dia 19, diácono permanente Benedito Camargo, “Frei Galvão, o homem da fé”; dia 20, diácono permanente Pedro Alexandre Coscelli, “Frei Galvão, o homem da família”; dia 21, dom Antonio Celso Queiros, bispo de Catanduva (SP), “Frei Galvão, o homem enviado por Deus a São Paulo”; dia 22, dom Tomé Ferreira da Silva, bispo na Região Ipiranga, “Frei Galvão, o homem vocacionado do Pai”. Hoje, dia 23, dom Fernando Legal, bispo de São Miguel Paulista (SP) abordará o tema “Frei Galvão, o homem escravo perpétuo da Imaculada”; e amanhã, dia 24, a novena se encerra com pregação de dom Mathias Tolentino Braga, abade do Mosteiro São Bento, que falará sobre “Frei Galvão, o homem que ensina o caminho de Deus”.
Dia 25, dia de Santo Antonio de Sant´Ana Galvão, as missas serão presididas segundo a seguinte programação: 8h padre Antonio Alexandre de Oliveira; 10h – padre Sidnei Fernandes Lima; 12h – padre Jose Renato Ferreira; 14h – cônego Celso Pedro da Silva; 16h – dom Cláudio da Silva Correa, do Mosteiro São Bento; 18h – padre José Antonio Pires de Almeida, e, às 20h, dom José Benedito Simão, bispo na Região Brasilândia, encerra as festividades presidindo a celebração eucarística.
Dom Odilo, em sua pregação, dia 19, salientou que Frei Galvão procurou não só conhecer, mas praticar a Palavra de Deus, e ao acolhê-la, buscou difundi-la através da catequese, em missões junto ao povo, sempre mostrando o seu próprio testemunho. O arcebispo ressaltou que Frei Galvão era um amigo de Deus, título esse a que todos batizados são convidados a portar, e que por ter vivido em São Paulo, evidencia que essa cidade uma cidade de santos, começando por Anchieta, madre Paulina e Antonio de Sant´Ana Galvão. Dom Odilo sinalizou que os santos amigos de Deus proclamam a Palavra de Deus e contam as maravilhas que Deus faz.
Ao final da celebração, padre Armênio Rodrigues Nogueira, capelão do Mosteiro da Luz, agradeceu a presença do arcebispo, e explicou que colocou na programação da novena também os diáconos permanentes da Arquidiocese para destacar essa nova vocação que começa a ser conhecida na cidade.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Documento de Aparecida e Educação (2)

Os Centros Educativos Católicos

Itens 331 a 340.

Na primeira análise do tema da Educação enfocada no Documento de Aparecida, resultante dos trabalhos realizados na 5ª Conferência Episcopal Latino Americana (CELAM), constatamos a precária situação do ensino do conhecimento, que visa apenas o objetivo individual e, raramente, a coletividade. Destacamos a importância de se recuperar o componente religioso da formação, propiciando consciência aos educandos, no sentido da partilha dos frutos do trabalho e do conhecimento adquirido.

Para enriquecer este trabalho, transcrevemos um trecho do livro “Superando o Cárcere da Emoção” do psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Augusto Cury: “Tenho dado conferências e cursos a centenas de educadores, por isso tenho sentido de perto o caos em que está a Educação. A Educação no mundo inteiro está passando por crise. Estamos formando homens cultos, mas não homens que pensam. Estamos formando homens que dão respostas ao mercado, mas não homens maduros, completos, que sabem se interiorizar, pensar antes de reagir, expor e não impor as suas idéias, trabalhar em equipe, homens que amam a solidariedade, que sabem se colocar no lugar do outro.”

O item 331 do documento de Aparecida confirma: “A missão primária da Igreja é anunciar o Evangelho de maneira tal que garanta a relação entre a fé e a vida tanto na pessoa individual como no contexto sócio-cultural em que as pessoas vivem e se relacionam entre si.”

Com estas considerações, reafirmamos a importância do componente religioso na formação da pessoa humana. As escolas católicas, por sua própria identidade, conduzem seus educandos a trilhar os caminhos do saber, amparados pelo projeto de um ser humano configurado ao Cristo servidor. O educador cristão procura transmitir, mediante a força da Palavra de Deus, critérios de juízo e de valores condizentes com o modelo apresentado e vivido pelo Cristo, filho de Deus, irmão e amigo vivo no meio de nós. Ora, os valores cristãos do Evangelho germinarão dentro da vida profissional, proporcionando soluções aos problemas da vida cotidiana, de tal forma que respeitem os critérios de respeito à vida e a dignidade humana.

“A Igreja é chamada a promover em suas escolas uma educação centrada na pessoa humana que é capaz de viver na comunidade oferecendo para esta o bem que a Igreja possui” (Aparecida 334). Será que esta não será a solução ao problema detectado pelo escritor Augusto Cury? Procura-se, a todo instante, novas formas de conhecimento para reconduzir o ser humano ao seu propósito maior. Temos observado que a cada dia surgem novas “teorias pedagógicas” tentando justificar e buscar as origens das mazelas cometidas pela humanidade contra toda a criação, destruindo até o meio em que vivemos! Está na hora de recuperarmos as bases da vida cristã através da Bíblia, a rica Tradição e no Magistério da Igreja.

“Contudo, também no nosso trabalho no campo da educação é necessário sermos realistas, para não ficarmos nas nuvens, para não nos iludirmos e, sobretudo, para não nos esforçarmos em vão. É preciso que haja realismo, evidentemente iluminado e sustentado pela fé”. (homilia do Cardeal Zenon Grocholewski, no Congresso Europeu sobre "Os Desafios da Educação” de 3 de Julho de 2004).

A evolução do conhecimento exige diariamente avanço na busca do conhecimento, para atender aos novos desafios da sobrevivência humana, porém até que ponto esses avanços produzem melhoria na qualidade de vida das pessoas? Será que todos se beneficiam das descobertas da medicina, da agricultura e da ciência de maneira geral? Se estivermos melhorando a vida de apenas alguns grupos sociais em detrimento de outros, com certeza perdemos a missão evangélica do verdadeiro fim último do homem.

“Na verdade, o modelo de sociedade, de desenvolvimento adotado, concentrador de renda, segregacionista, baseado no acúmulo de capital das elites, acabou por influenciar o modelo de ensino e de educação do país. E a Educação não tem conseguido influenciar a sociedade como um todo no sentido de transformá-la, pois está condicionada a manter o ‘status quo’. Nesse contexto, os planos de educação foram vários e diversas foram as iniciativas colocadas à prova como resultado de esforços de educadores como Francisco Campos, Anísio Teixeira e Darci Ribeiro. No entanto, as políticas implementadas por sucessivos governos, em diferentes esferas de poder, não conseguiram romper com o paradigma da sociedade que vem se reproduzindo ao longo das décadas.” (Estrutura do Ensino - Breve Histórico e Considerações Profª. Ms. Joana Maria R. Di Santo).

Meditando sobre essa situação voltamos ao documento de Aparecida, no item 336: “...a meta que a escola católica se propõe com relação às crianças e jovens, é a de conduzir ao encontro com Jesus Cristo vivo, Mestre e Pastor misericordioso, esperança, caminho, verdade e vida, e dessa forma colaborando na construção da personalidade dos alunos, tendo Cristo com referência no plano da mentalidade e da vida”. E como resposta à situação apresentada pela Profª. Joana prossegue o documento: “Como conseqüência (da referência cristã), amadurecem e parecem co-naturais as atitudes humanas que levam a se abrir sinceramente à verdade, a respeitar e amar as outras pessoas, a expressar sua própria liberdade na doação de si e no serviço aos demais para a transformação da sociedade.”

Daí, a missão da Escola Católica em resgatar a identidade cristã dos centros educativos, atuando pastoralmente nas atividades do Ensino, formando a pessoa integralmente. A qualidade do ensino, concatenada aos princípios básicos do cristianismo permitem a todos, educadores, educandos e suas famílias, viverem em solidariedade como verdadeira comunidade eclesial.

O documento destaca ainda, no item 339, a liberdade do ensino e o direito à educação, que todos os pais devem ter claros na criação de seus filhos. Os pais, como geradores da vida, tem a responsabilidade de encaminhar seus filhos para condições favoráveis ao crescimento físico e intelectual. Socialmente, são os primeiros e principais educadores.

O poder público, por delegação, precisa garantir a liberdade para que os pais escolham o melhor projeto educativo para seus filhos, independente da condição social em que vivem. “Portanto, a nenhum setor educacional, nem sequer ao próprio Estado, se pode outorgar a faculdade de se reservar o privilégio e a exclusividade da educação dos mais pobres, sem com isso infringir importantes direitos”. (Aparecida 340).

Neste breve estudo, procuramos enfatizar a importância de se divulgar e adotar as informações contidas no Documento de Aparecida, visto que sua elaboração partiu da experiência adquirida das populações do continente latino americano. O agir dependerá do empenho de cada cristão consciente de sua missão evangelizadora na área da Educação, pois isto resultará em profissionais dignos e solidários, que vivam pacificamente e partilhem os frutos do progresso com a sociedade.

Elaborado pelo Diácono Franco Abelardo da Arquidiocese de São Paulo e Assessor da Pastoral da Educação da Região Episcopal Brasilândia - Outubro de 2007.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Diaconia Universitária na Arquidiocese de São Paulo



A Igreja Católica está cada vez mais presente na formação integral da pessoa humana. Em muitas faculdades paulistas, funciona a Pastoral Universitária: um espaço onde os estudantes refletem sobre a importância do conhecimento e de sua finalidade para o bem estar da sociedade.
Em reunião no dia 10 de outubro de 2007, na Cúria Arquidiocesana de São Paulo, estiveram presentes os Diáconos Permanentes Francisco Carlos Pereira Kumagai, Franco Antonio Abelardo, Lácio Leonel e Luiz Carlos de Laet. Com a presença e orientação do Bispo Dom José Benedito Simão, Assessor da Pastoral da Educação e da Pastoral Universitária da Arquidiocese de São Paulo, tem início a Diaconia Universitária na Arquidiocese.
Tem esta, o objetivo principal de concatenar as atividades desenvolvidas pelas diversas Pastorais já existentes nas Escolas de Ensino Superior da Arquidiocese. Lembrou-se que existem experiências com excelentes resultados que precisam ser aproveitados para toda a Arquidiocese. Compete à Diaconia (comissão formada por diáconos), levantar todas as ações positivas desenvolvidas nessas escolas pelas pastorais, orientadas por seus coordenadores. A partir dessas informações, serão estabelecidos critérios para um projeto de trabalho em todas as escolas da Arquidiocese, inclusive as que ainda não tem a Pastoral implantada. Compete aos diáconos, elaborarem esses levantamentos e proporem um plano de trabalho condizente com as orientações apresentadas nos documentos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Esperamos assim conscientizar, cada vez mais, nossos futuros profissionais a se utilizarem do saber humano para levar vida e dignidade às pessoas, principalmente aos menos favorecidos por nosso atual sistema social. A Igreja procura assim configurar o universitário ao Cristo servidor.

Texto redigido pelo Diácono Permanente Franco Abelardo da Arquidiocese de São Paulo – outubro de 2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A Biotecnologia não pode violar a Dignidade Humana

Ao receber o novo embaixador Ji-Young Francesco Kim, da Coréia do Sul no Vaticano, o papa Bento XVI no dia 11 de outubro de 2007, alertou sobre a tentação de que a pesquisa científica viole a dignidade fundamental do ser humano, como acontece com os experimentos com embriões humanos que depois são destruídos, ou com a clonagem.
Por outro lado, o pontífice apoiou a pesquisa e o uso de células-tronco adultas, pois neste caso a vida humana não fica em perigo.
Ao reconhecer os enormes passos tecnológicos dados pelo país asiático, o pontífice destacou em particular "os avanços em biotecnologia, que tem a possibilidade de tratar e curar doenças de forma que se melhore a qualidade da vida". "As descobertas neste campo convidam o homem a ter uma consciência cada vez mais profunda das sérias responsabilidades envolvidas em sua aplicação", explicou em seu discurso pronunciado em inglês. "Antes de tudo está a dignidade do ser humano, que não pode ser manipulada em nenhuma circunstância ou tratada como mero instrumento de experimentação."
"A destruição de embriões humanos para obter células estaminais ou com qualquer outro propósito contradiz o pretendido intento de pesquisadores, legisladores e funcionários da saúde pública de promover o bem-estar humano", denunciou o papa. "A Igreja não vacila em aprovar e estimular a pesquisa com as células-tronco adultas, não só pelos resultados favoráveis obtidos com estes métodos alternativos, mas porque – e é o mais importante – esta pesquisa se harmoniza com a tentativa já mencionada, respeitando a vida humana em cada etapa de sua existência", declarou.
O papa Bento XVI assegurou suas orações "para que a sensibilidade moral que é inerente ao povo coreano, como evidenciou em sua firme rejeição à clonagem humana e aos procedimentos relacionados, ajude a comunidade internacional a aderir às profundas implicações éticas e sociais da pesquisa científica e de sua utilização".

Fonte: Zenit.org

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Por que o Aborto não Choca Tanto?

Este artigo foi escrito pelo Padre Norberto Savieto da Paróquia N.S. Aparecida no bairro do Varjão em Jundiaí – SP. A matéria foi extraída do JORNAL DE JUNDIAI, edição Nº13474 do dia 06.10.2007. Recebemos este texto por gentileza do Diácono Benedito Pedro de Jundiaí.


Temos lido e ouvido diversas noticias que nos chocam e nos deixam estarrecidos. Repetem-se os casos de mães que têm abandonado os filhos no mato, no lago, em rio, latas de lixo, etc. Além desses fatos chocarem, trazem até uma revolta na maioria das pessoas. Muitas vezes costuma-se até julgar tais mulheres, desejando a elas a pena de morte.
Os pais nunca são lembrados nesses julgamentos. Se eles estivessem juntos, aceitando os filhos, muito provavelmente as mães não tomariam tal atitude. Em todo caso, não há dúvidas que são situações gravíssimas que não podem ficar sem punição com orientação , uma punição corretiva.
Agora, porque é que o crime de aborto não é tão condenado e por que muitas pessoas, inclusive estudadas e esclarecidas defendem e querem legalizar o aborto?
Tenho certeza de que todos os que são favoráveis ao aborto condenaram com veemência essas mulheres que abandonaram os filhos. E qual é a diferença? Ficaram chocados porque essas crianças choraram? E aqueles milhares e milhões que são mortas dentro do útero por acaso não choram? Elas não gritam quando são espetadas com aqueles instrumentos cortantes que vão dizimando-as e arrancando-as aos pedaços? Nós não as ouvimos, mas elas até são ouvidas depois de tiradas e amontoadas em latões. Já assisti reportagens assim. Vejam o tamanho da hipocrisia de grande numero de pessoas do nosso país. Pensam certamente: o que os olhos não vêm, o que os ouvidos não ouvem o coração não sente. O que é feito escondido não escandaliza quase ninguém.
Abandonar crianças, sem dúvida, é extremamente grave, mas no meu modo de entender abortar é mais grave ainda porque as abandonadas puderam gritar mais alto e muitas foram salvas, enquanto que aquelas que foram agredidas covardemente em salas fechadas e sufocadas para não serem ouvidas, nunca têm chance. Nenhuma pôde ser salva. São torturadas e mortas por facínoras inescrupulosos. Muitos deles até fizeram juramento que defenderiam até as últimas conseqüências a vida humana.
As barbáries aumentam cada vez mais: seqüestros, assassinatos aos milhares, violências sexuais a maiores e menores, corrupções incontáveis e muitas outras. Nem assim, nada pior que o aborto.
Se fosse filmada alguma pessoa quebrando os ovinhos nos ninhos dos passarinhos, certamente ficaríamos revoltados porque deles nasceriam lindas aves. Por que se permite, então, tirar com violência as lindas crianças que estão crescendo nos ninhos do amor de Deus, que são os úteros das mães? Se imaginássemos os milhões de rostinhos sorridentes que iriam chegar, não ficaríamos mais omissos diante da tentativa insistente de muitos e péssimos governantes nossos que são a favor do aborto ou que pelo menos não se posicionam contra os famosos urubus de cima do muro.
É preciso lembrar aqui o exemplo de uma médica italiana, a bem aventurada, a mulher forte, Giovana Bereta Mola, que adoecida na gravidez do 4º filho, não hesitou em nenhum momento e afirmou com segurança: "entre a minha vida e a de minha filha, que ela seja preservada". E de fato dias após ter dado a luz em 1962 ela partia para a eternidade, deixando quatro crianças órfãs. Todos pensariam: de que adiantou ter mais uma e deixou as 4 sem mãe? Não seria melhor sacrificar uma para cuidar das outras três? Ela não esteve presente, mas o seu espírito forte, seu gesto de amor e de doação sempre ficaram presentes na vida do pai e de toda a família que se tornou muito mais unida e solidária. Um exemplo como esse é sem dúvida, muito mais forte do que a presença. Bem aventurada Giovana, reze a Deus por nós para que jamais se aprove no Brasil a lei do aborto.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O Nascituro - Artigo de Dom Luciano Mendes

O direito de decidir sobre o nascituro -D. Luciano*

A quem cabe o direito de decidir? A Comissão Tripartite apresentou suas conclusões sobre a despenalização do aborto propondo o Projeto de Lei 1135/91 que estabelece no artigo 1º o 'direito' da mulher de recorrer ao aborto, com toda liberdade, durante os três primeiros meses de sua gravidez.

O debate sobre o aborto tem se estendido na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos deputados Federais em Brasília. A votação estava marcada para o 19 de outubro no Congresso Nacional e ainda não se realizou. Multiplicam-se, nestes últimos dias as mensagens aos deputados solicitando em nome da 'Campanha em defesa da vida' que votem contra o projeto da Lei que liberaliza o aborto.

São conhecidos os argumentos a favor da vida e contra a interrupção voluntária da gravidez Acaba também de circular pelo país uma série de considerações por parte da Organização não Governamental "Católicas pelo poder de decidir", que não correspondem, no entanto, à doutrina da Igreja Católica. Nesta publicação apresenta-se uma 'visão' teológica, católica e 'feminista'.

Com todo respeito, reconheço , o direito do grupo manifestar as próprias argumentações. Permito-me, no entanto, notar que todos conhecemos a posição católica que é clara e constante em favor da vida nascente, com firme rejeição do aborto provocado. Em discordância e numa outra perspectiva, a representante da ONG escreve suas reflexões, procurando que sejam compreendidas as mulheres que decidem interromper a gravidez.

Apresentam três argumentos:

- O primeiro refere-se à liberdade de decidir de acordo com a própria consciência. Quem assim julgasse deve ter presente que a pessoa humana não possui; autonomia absoluta em relação ao exercício da liberdade. A consciência deve ser reta e portanto, normada pelo bem objetivo. A autonomia plena levaria ao absurdo de decidir sem se orientar pelo bem objetivo, mas unicamente pela própria decisão que poderá ser arbitrária e totalitária.

- O segundo argumento alegado em favor da livre escolha da interrupção abortiva baseia-se no princípio do probabilismo, que em caso de dúvida sobre o que fazer aceita a liberdade de opção ('Ubi dubiun ibi libertas'). O princípio não se aplica pois se trata de uma dúvida superável e ninguém pode agir com risco de cometer um homicídio.

- Terceiro motivo aduzido é o direito das pessoas tomarem decisões com responsabilidade e elaborar seus projetos pessoais, mas há limites na aplicação deste direito; pois a decisão pessoal não pode ir contra a justiça, eliminando a vida do nascituro inocente e indefeso.

É importante que as futuras mães, diante de Deus, reconheçam os direitos e deveres que possuem, todo apreço que de nós merecem, e por outro lado saibam assumir com carinho, sacrifício e generosidade a vida que Deus lhes confia.

A sociedade que se fecha no individualismo fará leis egoístas e nunca compreenderá a beleza e a dignidade da vida.

Para acolher o nascituro, temos que aprender a amar.

*Dom Luciano Mendes de Almeida, sj

(Este artigo foi escrito por Dom Luciano dia 05 de novembro de 2005)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O Documento de Aparecida e a Educação (1)


Uma primeira análise

Itens 328, 329 e 330.

O documento elaborado pela 5ª Conferência Episcopal Latino Americana e Caribe, realizou uma varredura da situação da Educação no Continente. A conclusão básica é que vivemos numa situação de emergência. Todas as indicações levam a uma forma educacional que, ao adaptarem-se às necessidades globais, priorizam a aquisição de habilidades e conhecimentos em detrimento de valores éticos e religiosos. A educação passa por mudanças onde o principal objetivo é atender às demandas do mercado de consumo, priorizando a produção e a competitividade no mercado de trabalho.

Os valores humanos como vida digna, família e uma sexualidade sadia são combatidos em nome de uma pretensa modernidade social. A violência tem dominado os mais diversos setores da sociedade que, estupefata, não visualiza sua motivação. A religião passa ser um item de menor importância na vida dos jovens, submetidos a uma mídia consumista que despreza as virtudes e enaltece os vícios. Constatamos que a política educacional vigente em diversos países, principalmente sul americanos, tende a seguir numa perigosa dicotomia com o ensino religioso.

No item 329 do documento, firma-se um objetivo concreto: ”pensando em uma educação de qualidade à que tem direito, sem distinção, todos os alunos e alunas de nossos povos, é necessário insistir no autêntico fim de toda escola.” Somos convidados, na qualidade de educadores e pais, a inserir em nossas formações valores perenes da doutrina de tal forma que complemente o conhecimento dos jovens estudantes. A aquisição do patrimônio cultural deverá inserir-se nos problemas do tempo no qual se desenvolve a vida do jovem. O educador ao ministrar o conteúdo programático das diferentes disciplinas, precisa “apresentar não só um saber por adquirir, mas valores por assimilar e verdades por descobrir.”

Constitui responsabilidade estrita da escola, enquanto instituição educativa, destacar a dimensão ética e religiosa da cultura, precisamente com o objetivo de ativar o dinamismo espiritual do sujeito e ajudá-lo a alcançar a liberdade ética que pressupõe e aperfeiçoa a psicológica (Aparecida 330). O educador católico inserido na instituição educativa tem a missão evangélica de destacar a dimensão ética e religiosa da cultura, independente do credo ou doutrina de seus alunos. Sem essa dimensão, todo o conhecimento adquirido resulta em mesquinho proveito do sujeito que, individualizando-se, deixa de praticar o verdadeiro modelo de relacionamento humano ensinado pos Cristo. O indivíduo perde o sentido e o valor da vida do ser humano, tornando-se escravo de sua própria visão materialista da existência humana.

Uma educação adequada possibilita que o ser desenvolva plenamente sua capacidade de trabalho, pensamento e liberdade. A sociedade transforma-se numa cultura onde todos tem as mesmas oportunidades segundo sua própria capacidade, socializando os resultados para proveito de todos.


Elaborado pelo Diácono Franco Abelardo, da Arquidiocese de São Paulo